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André Cruz foi apresentado como reforço do Sporting em dezembro de 2022, após passagens pelo basquetebol universitário dos EUA
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André Cruz foi apresentado como reforço do Sporting em dezembro de 2022, após passagens pelo basquetebol universitário dos EUA

Sporting CP

André Cruz foi apresentado como reforço do Sporting em dezembro de 2022, após passagens pelo basquetebol universitário dos EUA

Sporting CP

"A NBA ainda é um objetivo. É muito cedo para desistir desse sonho": entrevista com André Cruz, basquetebolista do Sporting

A época em Alvalade, as operações, a falta de bem-estar emocional e a campanha no Europeu ao lado de um português apontado à NBA. André Cruz conta ao Observador uma história de altos e baixos.

Uma lesão, duas operações e um sonho adiado. Apesar de tudo, tem dois metros e é ambição da cabeça aos pés. O desejo de jogar na NBA levou André Cruz a voar até ao basquetebol dos EUA, onde no primeiro treino que fez na Universidade de Incarnate Word partiu um dedo. Fez uma primeira cirurgia que não correu bem e que o obrigou a uma nova intervenção médica. No final do processo de recuperação que durou três meses e no qual foi a sua própria companhia, o dedo estava recuperado, mas a felicidade estava à distância que separa o território norte-americano e o conforto de casa. Para recuperar a saúde mental e voltar a ter boas sensações com a bola de basquetebol nas mãos, regressou a Portugal e assinou com o Sporting.

Aos 20 anos, o extremo tem sido um aposta sólida dos leões e vai reafirmando progressivamente o estatuto que adquiriu no Europeu de Sub-20 (Divisão A) que o consagrou como um dos maiores talentos do basquetebol português ao lado de Rúben Prey (apontado por muitos analistas como o próximo português a entrar na NBA apesar de ter apenas 17 anos). Incarnate Word, equipa da Divisão 1 da NCAA, o campeonato universitário dos EUA, foi a segunda experiência internacional de André Cruz que já tinha estado em Wyoming, onde o plano para o qual mais vezes era convidado passava por ir à caça.

No Sporting, ganhou a Taça Hugo dos Santos após derrotar na final a Ovarense e já pensa na conquista da Liga. André Cruz diz mesmo que os leões são, de momento, a equipa em melhor forma em Portugal.

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Que balanço fazes da experiência que estás a ter nesta segunda passagem pelo Sporting?
Depois de ter estado a jogar cerca de um ano e meio no estrangeiro, nos EUA, que é um país de basquetebol, sinto que evoluí muito. Nos EUA aprendi muitas coisas. Estou melhor fisicamente e acho que estou mais do que pronto para ajudar o Sporting. Os últimos jogos têm-me vindo a correr melhor e a partir de agora é lutar pelo Campeonato, que é o troféu mais importante da época. Estou pronto para ajudar a equipa nos momentos mais altos, nos playoffs e na final, se tudo correr bem.

Já tens entrado no cinco inicial…
Nestes últimos jogos, não todos, o treinador [Pedro Nuno] tem-me dado a confiança para entrar no cinco inicial. Acho que tenho feito um trabalho decente, tenho feito bons jogos. É continuar a trabalhar e fazer o que tenho feito até agora e só vai melhorar.

Na Liga Portuguesa, normalmente, os jogadores jovens têm um papel muito específico, com minutos limitados. Tu chegaste ao Sporting e já estás a conseguir crescer na equipa. Qual foi o papel que o treinador te deu dentro da equipa?
Quando estava ainda nos EUA e já tinha tomado a decisão de voltar para Portugal, comecei a falar com as equipas. Falei com o treinador do Sporting e ele foi claro: queria contar comigo a sério. Já tinha tido uma experiência no Sporting em que não tinha jogado e não queria passar pelo mesmo. Também sentia que já era um jogador diferente e sabia que isso não ia acontecer, mas queria ter a confiança para mostrar que conseguia jogar e o treinador do Sporting deu-me a palavra. Até agora, tem cumprido, tem-me dado as oportunidades e tenho-lhes dado bom uso.

O Sporting conquistou a Taça Hugo dos Santos, classificou-se para a segunda fase do Campeonato em segundo lugar. Está a ser uma época positiva e em crescendo?
Quando cheguei ao Sporting perdemos dois jogos que não devíamos ter perdido, contra o Imortal e contra o V. Guimarães. Desde aí, tem sido sempre a crescer. Neste momento, estamos com nove vitórias seguidas. Claro que temos que nos focar em nós, mas temos visto o FC Porto a perder jogos, o Benfica também a perder alguns jogos e, neste momento, somos a equipa com mais confiança e que está a jogar melhor em grupo. A seguir à pausa da Seleção, temos tudo para lutarmos pela Taça de Portugal e lutarmos pelo Campeonato.

Têm um conjunto de jogadores que passam essa mentalidade de se superarem mesmo nas dificuldades. É um grupo muito sólido nesse sentido?
Temos jogadores como o Travante Williams, como o Diogo Ventura, que é um jogador experiente na Liga. O Travante já ganhou o Campeonato três vezes, o Ventura ganhou duas. Eles todos os dias nos dizem que custa, mas que ganhar um Campeonato vai ser um dos melhores momentos da nossa vida. A mentalidade vencedora que eles têm passa para o resto do grupo e isso tem ajudado a ganharmos os jogos todos que estamos a ganhar.

Referiste que, quando decidiste regressar dos EUA, falaste com várias equipas. Quando regressaste já tinhas algum convite ou só depois de estares em Portugal é que começaste a pensar no teu futuro em termos de basquetebol?
Nas últimas duas semanas em que estive nos EUA falei com o meu agente. Não queria estar a regressar sem ter nada concreto. Queria continuar a jogar, não queria parar a meio da época. Só tomei a decisão de voltar quando tive algo concreto. Quando cheguei, passados três ou quatro dias, já estava a treinar no Sporting.

"Voltar dos EUA podia ser visto como um flop. Aprendi que tenho que jogar para mim e para o meu bem-estar e não pensar nos outros. [...] Os EUA não foram a melhor experiência para mim"

Foste de Lisboa para Wyoming. Em que aspetos se verificou mais a diferença entre as duas cidades?
Sempre vivi na zona de Lisboa, que é uma cidade grande. Quando cheguei a Wyoming, era uma cidade super pequena, sem muitas distrações. Gosto de jogar basquetebol, mas também gosto de ter momentos para me distrair…

O que é que fazias nos tempos livres?
Wyoming é um estado muito rural. A malta lá convidava-me para ir à caça, mas isso não é muito do meu interesse, por isso, acabei por nunca ir. Era estar com amigos e, às vezes, ia dar passeios à neve, mas não podia ser muito tempo porque, caso contrário, congelava. Não podia ficar muito tempo na rua.

Foste bem acolhido?
Os EUA têm uma cultura muito diferente. O meu treinador e as pessoas da minha cidade tentaram-me acolher o melhor possível. Fiz boas amizades com os meus colegas de equipa.

Como é que as pessoas à tua volta, nomeadamente os teus pais, reagiram à mudança para os EUA?
Toda a gente me apoiou na decisão, porque confiam nas minhas capacidades e acabou por correr bem. Os meus pais já sabiam que eu queria ir para os EUA desde que percebi o que é que era o basquetebol universitário. Tinha o bichinho de ir experimentar…

Quando é que conheceste essa realidade?
Por volta dos meus 14/15 anos, vi o meu primeiro March Madness e fiquei com aquilo na cabeça. Queria jogar ali um dia.

Tiveste que conciliar o basquetebol com os estudos…
Nos EUA é obrigatório estudares. Tens que ter notas mínimas para estares na equipa, caso contrário nem podes jogar.

O que é que estavas a estudar?
O curso chamava-se Business Administration, a tradução seria Gestão.

Se mudasses de universidade, como veio a acontecer, tinhas equivalências?
Sim. Dentro dos EUA é super tranquilo. Quando mudei para Incarnate Word tive equivalências a todos os créditos que tive na outra universidade. Se quiseres usar créditos dos EUA aqui em Portugal ou de Portugal nos EUA, fica mais complicado.

Tentaste prosseguir a tua formação académica em Portugal?
Não tentei, mas já que fiz um ano e meio lá, gostava de acabar. Estou a ver algumas opções online para conseguir acabar, porque acho que é uma coisa importante que fica para o resto da tua vida. Agora, com os treinos e com os jogos é muito difícil. Não ia conseguir ir a aula nenhuma.

Uma das questões que melhoraste com a ida para os EUA foi a capacidade física. Tiveste algum “momento de boas-vindas”?
Os primeiros meses em que estive lá vi logo que o estilo de jogo era muito mais físico. Às vezes, tentava tirar faltas atacantes aos adversários e ficava quase sem conseguir respirar. Aí, percebi que tinha que ganhar algum caparro para continuar a jogar lá e se quisesse ir para voos mais altos.

Depois, tens o Campeonato da Europa de Sub-20, jogado em Montenegro, onde foste um dos elementos em destaque na Seleção. Foi um momento importante para te projetares e conseguires chegar à Divisão 1 da NCAA?
Sem dúvida. Fui para o Europeu a saber que lá a vida podia mudar. Olhavas para a bancada e vias scouts da NBA e treinadores da Divisão 1. Sabia que, se fizesse jogos sólidos, ia ganhar muita visibilidade. Na verdade, ganhei. Tive algumas propostas. Jogar bem no Europeu foi mais importante do que jogar bem no campeonato junior college [NJCAA], porque tem muito mais visibilidade.

Tiveste logo alguma abordagem durante o Europeu?
Depois do jogo contra Itália, que me correu minimamente bem [22 pontos, seis ressaltos e três assistências], recebi aí a proposta de Incarnate Word. Após o primeiro jogo, as equipas já se estavam a mexer a recrutar jogadores.

O que é que te disseram?
Disseram que estavam muito interessados em mim. Ficaram surpreendidos com o jogo. Como já era julho, tinham alguma pressa para que eu tomasse a minha decisão. Deram-me alguns dias e lá acabei por escolher Incarnate Word.

Foi a primeira abordagem que tiveste?
Sim, a primeira oferta concreta foi de Incarnate Word.

Na Europa alguém se mostrou interessado?
Apesar de ter tido propostas de clubes na Alemanha até, tinha mesmo o bichinho de ir para os EUA pelo menos tentar. Estava ali a um passo da NBA. Apesar de ter algumas propostas boas, naquela altura da minha carreira, não era o mais importante pensar no dinheiro, mas sim o que seria melhor para o meu futuro. Acho que tomei a decisão certa.

A NBA ainda é um objetivo?
A NBA ainda é um objetivo. Ainda sou novo. Cada um tem o seu percurso. Apesar da experiência nos EUA ter terminado como acabou, acho que ainda é muito cedo para desistir desse sonho. Há jogadores que entram com 18, outros com 25, outros com 30. Cada um tem a sua história e eu ainda tenho muito esse objetivo em mente.

Já te cruzaste com o Dwight Howard…
Já foi há alguns anos. Foi o primeiro jogo da NBA que fui ver. Foi em Orlando, quando fui visitar um amigo meu. Uma experiência surreal. Ainda por cima, fiquei sentado courtside (primeira fila). Vi a velocidade do jogo e o atleticismo que envolve. Foi mesmo incrível.

O Rúben Prey foi teu colega de equipa na Seleção de Sub-20. Diz-se que pode ser o próximo jogador português a entrar na NBA. Onde é que achas que ele pode chegar?
Pelo que ele fez no Europeu de Sub-20, sendo ainda Sub-18 de primeiro ano, tenho quase a certeza que vai ser escolhido na primeira ronda do draft de 2024. Ainda por cima, foi MVP do torneio Sub-18 da EuroLeague [competição mais importante do basquetebol europeu], em Patras, com números incríveis [14 pontos e 14 ressaltos de média]. De certeza que os scouts estiveram a ver e isso só o ajudou. Com as medidas que ele tem e com a fluidez que ele tem a jogar… A NBA está-se a virar para jogadores mais móveis, como se vê pelo Victor Wembanyama, de que toda a gente está a falar. O Rúben tem capacidades que para um jogador da altura dele são incríveis. A NBA está ali à porta para o Rúben.

Jogaste contra algum jogador na seleção que tenha sido particularmente difícil defender?
Quando era Sub-16, joguei contra a Polónia, que tinha um jogador que agora está na NBA, nos San Antonio Spurs, que é o Jeremy Sochan. Lembro-me de haver um momento em que fiquei mesmo impressionado com ele. Ele é um ano mais novo do que eu. Tinha 14, 15 anos, não mais. Há uma falta, o jogador falha o lance livre e o Jeremy Sochan vai ao ressalto e afunda de costas. Fiquei logo impressionado. Pensei ‘Este miúdo tem futuro’. Acabou na NBA, estava certo [risos].

Nessa altura ainda não executava lances livres só com uma mão…
Nessa altura ainda não [risos], mas também nunca foi grande lançador. Só pelas aptidões físicas sabia que ele ia acabar por chegar à NBA.

"O sistema de saúde dos EUA tem muito que melhorar. Não se trata ninguém como me trataram a mim. Acordei da operação com anestesia geral. Ainda estava K.O. e mandaram-me logo para casa"

Depois do Europeu vais para os Estados Unidos já para a Divisão 1 da NCAA. Houve muita diferença entre os Incarnate Word Cardinals e os Western Wyoming Mustangs?
Senti que a minha equipa de junior college – acabámos com 25 vitórias e quatro derrotas, éramos uma das melhores do país – era melhor que a minha equipa de Divisão 1 em termos de talento. Aliás, vários jogadores acabaram por ir para a Divisão 1 também. Em relação às equipas contra quem jogávamos, na Divisão 1, todos os jogos eram mesmo muito competitivos. Havia jogadores com muito mais qualidade. Senti que o nível era muito grande.

Fazes só cinco jogos em Incarnate Word…
Sim. Com a lesão e isso tudo não fiz mais do que esse número…

Que tipo de lesão foi?
Parti o mindinho. Estava com dores terríveis. Primeiro, pensaram que podia não estar partido e disseram-me para treinar, mas só piorou. Acabei por ser operado duas vezes, porque a primeira operação correu mal, então tive que ser operado uma segunda.

Em que momento se dá essa lesão?
No primeiro treino, logo quando cheguei lá, a 15 de agosto. Ao segundo exercício, lesionei-me. Estive duas semanas a tentar treinar. Ainda não tinha feito raio-X. Estava a treinar cheio de dores. Disse mesmo que não dava. Acabei por fazer o raio-X e fui operado pela primeira vez a 7 de setembro. Depois, estive ali duas semanas com gesso. Todas as semanas tinha uma consulta de check up. Quando faço um raio-X na consulta, dizem-me que está partido outra vez. Por isso, fui operado a segunda vez a 21 de setembro. Só mesmo no início de novembro é que comecei a poder driblar uma bola. Até lá, tinha que dar repouso total ao dedo. As operações foram mesmo uma a seguir à outra, tiveram duas semanas de diferença. Depois, só voltei mesmo a treinar a 15 de novembro. Foram três meses sem tocar numa bola de basquetebol.

Só fazias trabalho físico ou nem isso?
No final da primeira operação, comecei logo a fazer trabalho físico. Passado duas semanas, fui ao hospital e descobri que o dedo estava partido outra vez. Na segunda operação, disseram-me para não fazer nada nas primeiras três/quatro semanas porque, como era um osso frágil, qualquer movimento podia levar o dedo a partir-se outra vez. Houve ali um período em que não fiz mesmo nada para ter a certeza que o dedo solidificava bem.

Como foi o período em que tiveste que enfrentar as lesões sozinho?
Foi muito difícil. O sistema de saúde dos EUA tem muito que melhorar. Não se trata ninguém como me trataram a mim. Acordei da operação com anestesia geral. Ainda estava K.O. e mandaram-me logo para casa. Não tive muitas ajudas. Estava a viver sozinho. Foram momentos difíceis. Quando soube que ia ser operado pela segunda vez, foi muito difícil, porque sabia que ia ter que passar por tudo outra vez.

Escreveste nas redes sociais que passares por essas duas operações sozinho foi um momento difícil para ti e que a determinado momento sentiste que tinhas atingido o limite em termos daquilo que era a tua saúde mental.
Mesmo depois de ter passado pelas operações continuava a pensar que não me podia ir embora sem jogar. Pensava que tudo ia mudar quando começasse a jogar. A realidade é que o treinador não me tratou de forma correta. Passado alguns jogos, não estava a melhorar o meu bem-estar, estava só a piorar. Decidi que o mais certo era voltar a Portugal. Estar ao pé da minha família ia ajudar. Não me arrependo da decisão, foi a decisão certa.

Tomaste essa decisão sozinho?
Tomei. Só eu é que sabia o que estava a passar lá, o que é que eu sentia todos os dias. Claro que falei com a minha mãe, com amigos e com o meu agente. Acabei por decidir que o melhor para mim era mesmo voltar. Sempre tive o apoio de toda a gente.

Quando dizes que o treinador não te tratou bem, em que aspetos é que achas que a experiência podia ter corrido melhor?
Não me estava a dar o tempo necessário que precisava para me voltar a adaptar a jogar basquetebol depois de três meses sem lançar uma bola e para me adaptar a uma equipa que já estava a treinar há cinco meses. O treinador estava à espera que, passado uma semana, eu estivesse dentro do estilo de jogo da equipa, que soubesse tudo o que eles estavam a fazer. Não achava que ele me estivesse a tratar da forma como eu achava que ele me devia tratar.

Estava a castigar-te por esperar que estivesses ao nível dos restantes colegas?
Dizia-me coisas que me deixavam parvo. Estava à espera que eu soubesse as jogadas todas passado uma semana. Eram coisas que eu achava que eram absurdas. Ninguém podia estar à espera disso depois de estar tanto tempo de fora. Eu via os treinos, mas sou um jogador que só mesmo a fazer é que vou aprender. Muitos jogadores são assim. Podes estar a ver de fora a jogada que só mesmo quando estiveres a fazer é que vais ter a memória muscular e te vais lembrar das coisas. Uma semana é muito pouco para me lembrar de 50 jogadas.

"Temos visto o FC Porto a perder jogos, o Benfica também a perder alguns jogos e, neste momento, somos a equipa com mais confiança e que está a jogar melhor em grupo"

Já te sentes a 100% de novo?
Há coisas em que ainda tenho que melhorar, nomeadamente o lançamento. Foi uma das coisas que a operação me tirou. Preciso de mais repetições para voltar a ter a memória muscular do lançamento. Vai começar a fluir naturalmente.

Acredito que o Sporting soubesse da tua situação. O clube ofereceu-te algum tipo de ajuda psicológica, ou tu próprio procuraste, para resolveres a situação?
No passado falei com alguns psicólogos, mas, desta vez, decidi que já tinha algumas capacidades que adquiri no passado para lidar com estas situações. Voltar dos EUA podia ser visto como um flop. Aprendi que tenho que jogar para mim e para o meu bem-estar e não pensar nos outros. Acho que isso me ajudou imenso. Às vezes, lia comentários e pensava ‘É mesmo aí que tenho que chegar’, mas os EUA não foram a melhor experiência para mim. Não me adaptei bem.

Entretanto, já levaste muitas duras do mister Pedro Nuno para te integrar no sistema no Sporting?
mister Pedro é muito duro. Treinamos sempre muito forte. Às vezes, tem as suas piadas. É um treinador interessante, aprendo muito com ele. Gostei da forma como tratou da minha adaptação no Sporting.

Referiste há pouco que a NBA é um objetivo, mas, por exemplo, a EuroLeague é um objetivo? Quais são as tuas expectativas para o futuro?
Até ao final da próxima época, tenho contrato assinado. Depois, logo se vê. O meu objetivo está em voltar ao estrangeiro no futuro. Espanha, França, Alemanha, uma dessas ligas… Portugal não tem nenhuma equipa na EuroLeague e esses países todos têm. Na EuroLeague estás a um passo da NBA, por isso, a EuroLeague também está na minha cabeça.

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