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RODRIGO MENDES/OBSERVADOR

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Acesso ao Ensino Superior. Engenharia Aeroespacial volta a ter a nota mais alta, desta vez no Porto. Em 23 cursos nota mínima foi 18 valores

A nota mais alta é uma vez mais de Engenharia, neste caso Aeroespacial, no Porto, que surgiu nas opções de candidatura pela primeira vez. Há mais cursos com média de entrada de pelo menos 18 valores.

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Veja aqui se entrou no ensino superior

Engenharia Aeroespacial, no Porto, estreou-se em grande. O curso é novo, mas não só preencheu todas as vagas, como ocupa o primeiro lugar da tabela em termos de nota: o último colocado entrou com 19,45. Supera assim, por mais 0,6 valores, a nota mais alta de 2023. A primeira fase do concurso de acesso ao Ensino Superior começou com um aumento do número de admitidos — que só ficou atrás dos mais de 50 mil registados em 2020 — e uma diminuição do número de vagas que sobram para as restantes fases de candidatura. Engenharia volta a liderar o topo da tabela, “empurrando” Medicina para baixo e há mais cursos em que a nota do último colocado é, no mínimo, 18.

Mais uma vez, sem qualquer surpresa, no topo da tabela com a nota mais alta está o curso de Engenharia Aeroespacial, na Universidade do Porto, onde o último colocado entrou com 19,45 valores. E logo atrás, em segundo lugar, novamente Engenharia Aeroespacial. Mas desta vez na Universidade do Minho, onde o último aluno entrou com 19,14.

Em 2023 era este curso, nesta mesma instituição, que ocupava o topo da tabela. Mas à época o cenário era ligeiramente diferente: o segundo lugar era ocupado por Medicina no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, onde o mínimo de entrada foi de 18,68. No concurso deste ano, este curso surge apenas em 8.º com uma média ligeiramente mais baixa.

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No topo da tabela dos cursos com média de entrada mais alta só há espaço para um curso da área de Humanidades: Arquitetura. Em 2023 a representatividade era um pouco maior, havendo espaço para a formação em Línguas e Relações Internacionais, na Universidade do Porto.

Analisando os 10 cursos com as notas mais elevadas deparamo-nos com cinco formações da área das Engenharias, dois cursos de Medicina, um de Arquitetura, um de Matemática e um último relacionado com Inteligência Artificial e Dados. Só nestes cursos foram admitidos 1.039 candidatos (2,08% do total de colocados) e nem um lugar sobrou para a segunda fase.

Mantendo a tendência do ano anterior, o topo da tabela volta a ser liderado por cursos nas duas grandes áreas metropolitanas, Lisboa e Porto, às quais se juntam Minho e Aveiro.

Este ano, o número de candidatos colocados logo na primeira fase aumentou e só ficou atrás dos 50.964 que se registaram em 2020. Falamos de 49.963 estudantes, 1,1% a mais que em 2023. Este é também o 5.º ano em que mais alunos se candidatam ao Ensino Superior.

Face a 2023 houve ainda um aumento das notas mais elevadas: em 23 cursos a nota do último colocado foi no mínimo de 18 valores, enquanto que em 2023 este número era apenas 14.

Onde se entrou com as notas mais baixas?

Na outra ponta da tabela, ao olharmos para os 10 cursos com as piores notas de entrada, o último lugar é ocupado por Gestão de Empresas (em regime pós-laboral), na Escola Superior de Tecnologia e de Gestão da Universidade de Beja. Nesta formação, o último (e, aliás, único) colocado entrou com 9,5 valores, sendo que esta é a nota mínima necessária para qualquer candidatura ao Ensino Superior.

Mas este distrito alentejano não é caso único. No total, destes 10 cursos com as notas mais baixas, em quatro o último colocado entrou com 9,5. E apenas dois cursos tiveram o último candidato colocado com 10 valores. No fim da tabela estão representados distritos que se distribuem por todo o país. Além de Beja, está Bragança, Castelo Branco, Guarda, Santarém, Viseu e Évora.

Contudo, o cenário melhorou face a 2023, ano em que, nos 10 cursos com a nota de entrada mais baixa, o último candidato a entrar teve uma média abaixo de 10 valores. Indo ao detalhe, em seis destes 10 cursos o último colocado entrou com 9,5 valor. Por outro lado, este ano há menos cursos com nota mínima de entrada de 9,5. Em 2023, a tabela fechava com o curso de Enologia, na Universidade de Évora, que este ano ficou de fora, já que o último colocado entrou com 11,69.

Educação Básica sem vagas e com mais colocados

Perante um cenário difícil na área da Educação, os candidatos ao Ensino Superior responderam. O número de colocados em licenciaturas em Educação Básica aumentou 8% (74) face a 2023 e atingiu os 997. Além disso — mantendo-se a tendência do ano anterior — não sobrou uma única vaga nestes cursos. A última nota de entrada mais alta registou-se no Instituto Politécnico do Porto, na Escola Superior de Educação, e foi de 15,60 valores. Em 2023 foi de 15,28, na Universidade do Minho.

“Nos últimos três anos o número de colocados em licenciaturas em Educação Básica aumentou 56,3%, o que demonstra o crescente interesse dos estudantes por estas formações”, explica o Ministério da Educação em nota. No entanto, há um fator que pode ter despertado o interesse dos futuros universitários: em junho o Governo anunciou um pacote de 15 medidas de emergência para a educação. Nesta lista inclui-se a atribuição de “duas mil bolsas anuais para a frequência de cursos na área do Ensino”, com um impacto de 1,4 milhões de euros.

Os números, as soluções e as metas. “Plano de emergência” para as escolas custa 20 milhões de euros

Nos novos cursos restam 51 vagas

No concurso deste ano, anunciou logo em julho o Ministério da Educação, constavam cinco novos cursos em cinco regiões diferentes: Porto, Coimbra, Aveiro, Trás -os-Montes e Alto Douro e Cávado e Ave. Contas feitas, isto representava um total de 147 vagas, das quais sobraram 51 (no curso de Biologia Marinha e Cidades Sustentáveis e Inteligentes).

Foi na Universidade do Porto que se registou a última nota de entrada mais elevada, não só desta mão cheia de cursos como de toda a tabela. O curso, que se estreia agora em 2024, começou em grande. Atrás, surge Medicina, na Universidade de Aveiro, em que o último colocado entrou com 18,20 valores. Por outro lado, destes novos cursos, aquele que teve pior desempenho foi Cidades Sustentáveis e Inteligentes, uma vez que apenas ficaram colocados dois candidatos.

Menos interesse em Saúde e Ciências Empresariais

Numa análise por áreas, a tendência mantém-se: Engenharias, Saúde e Ciências Empresariais são aquelas em que os candidatos mais tentam a sua sorte. Mas o interesse nas diferentes áreas de estudo alterou-se.

Ciências Empresariais é aquela que mais foi escolhida como primeira opção, mas despertou, ainda assim, menos interesse do que em 2023 (menos 139 candidatos). Este ano de 9.036 candidato que escolheram um curso da área como primeira opção, 7.377 conseguiram colocação (mais 33).

Em Engenharia e Técnicas Afins ficaram colocados 8.547 candidatos dos 8.955 candidatos que escolheram a área como primeira opção. O interesse aumentou, tendo mais 320 candidatos colocado um curso desta área de estudos como primeira opção.

Já na área da Saúde — que este ano se destaca pelo número recorde de colocados em Medicina — ficaram colocados 7037 candidatos, mas eram a primeira opção de 8.240. Em comparação, este ano houve menos 452 interessados em cursos de Saúde.

Por outro lado, as áreas onde ficaram colocados menos candidatos foi Serviços de Segurança (apenas 20 foram admitidos), Serviços de Transporte (94) e Agricultura, Silvicultura e Pescas (261).

E as áreas onde mais candidatos foram admitidos são Serviços de Transporte e Informação de Jornalismo, sendo que não sobra uma única vaga por preencher. E Direito (sobrando apenas 2 vagas).

As instituições com 100% de ocupação…

A tendência já vem de 2022: todas as Escolas Superiores de Enfermagem (Coimbra, Lisboa e Porto) ficaram no máximo das suas capacidades, preenchendo todas as vagas disponíveis logo na primeira fase do concurso. No total, 848 candidatos ficaram nestas instituições, número exatamente igual ao de 2023.

De entre as universidades, apenas o ISCTE (uma vez mais) ocupou todos os lugares: 1524. No total, 2.308 alunos colocaram um curso desta instituição como a sua primeira opção. Por outro lado, é no Politécnico de Bragança que ficaram mais vagas por preencher (975) e logo a seguir o Politécnico de Viseu (416 lugares).

…e os cursos que ninguém quis

De um total de 1.119 cursos, há 31 que ninguém quis — ficando todas as vagas por preencher. O número diminui face a 2023 (38), mas não se compara a 2022, quando nenhum curso ficou sem colocados.

A instituição com mais cursos “vazios” (9) é o Politécnico de Bragança, em cursos como Engenharia Agronómica, Engenharia do Ambiente, Engenharia Química e ainda Informática e Comunicações. O número, no entanto, reduziu face a 2023 (em que esta situação se verificou em 10 cursos). Atrás surge o Politécnico de Tomar e da Guarda, com dois cursos nesta situação cada.

Todos os cursos sem qualquer colocado estão inseridos em Politécnicos, à exceção de quatro: Física e Aplicações (Universidade da Beira Interior); Física e Química e Ecologia e Ambiente (Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora) e Engenharia de Computadores (Faculdade de Ciências Exatas e da Engenharia da Universidade da Madeira).

 
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