Assumimos facilmente que um jovem com 15 anos que ande na escola saberá ler, mas será que consegue interpretar corretamente a informação que lhe é fornecida? O Programa Internacional de Avaliação de Alunos, mais conhecido por PISA, definiu como objetivo para 2018 fazer uma análise aprofundada das competências em leitura dos alunos dessa idade, tal como já tinha feito em 2000 e 2009. Ao mesmo tempo, embora com menos detalhe este ano, o PISA avalia também as competências em ciências e matemática.
O PISA é uma rede mundial de avaliação de desempenho escolar promovida pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). A ideia da avaliação internacional começou a ser estudada em meados dos anos 1990 e a primeira sondagem foi realizada no ano 2000. Em 2018, mais de 600 mil alunos de 15 anos — de um universo de 32 milhões —, de 79 países e economias, participaram no estudo agora divulgado.
Todos os países que integram o PISA podem enviar perguntas que gostassem de ver no questionário, mas é a equipa do PISA que analisa as propostas e que escolhe quais serão incluídas. Depois disso, todas as perguntas são revistas e testadas pelos países que vão participar no levantamento para garantir que podem ser usadas em diferentes contextos culturais.
Inicialmente, o PISA criou quatro cenários diferentes, mas um deles nem sequer chegou a ser testado — “The Galapagos Islands” (“Ilhas Galápagos”) —, por conter itens que não garantiam muita diversidade. Os outros três foram testados antecipadamente, para validação pelos vários países e economias, mas apenas um deles foi selecionado para o questionário oficial: o “Rapa Nui”. Os cenários “Chiken Forum” (“Fórum sobre Galinhas”) e “Cow’s Milk” (“Leite de Vaca”) foram testados, mas não entraram no estudo principal porque houve algumas objeções em relação aos conteúdos.
Os testes podem ter perguntas de escolha múltipla ou de desenvolvimento, mas 2018 incluiu uma alteração: textos de várias fontes, para perceber se os alunos são capazes de “encontrar, comparar, contrastar e integrar informações” de diferentes origens e se conseguem distinguir factos de opiniões. Porquê? Porque esta é a realidade atual dos alunos — e bem diferente da de 2009 —, especialmente quando a maior parte das fontes de informação que consultam se encontra online.
O Observador escolheu dois dos cenários fictícios criados para a avaliar as competências em leitura em 2018. Não é o teste completo que foi apresentado ao alunos, mas, em baixo, pode responder a algumas das perguntas colocadas (selecionadas dentro daqueles dois cenários) e conhecer os resultados no final. Também pode responder a um conjunto de perguntas selecionadas no site da OCDE.
Antes de saltar para as perguntas, leia os textos que as antecedem. É aí que vai encontrar a informação que precisa para dar as respostas corretas.