Índice
Índice
“É claro que é um grande romance, fui eu que o escrevi”
“É fácil falar de Literatura porque me estou borrifando para a opinião dos críticos encartados e dos escritores encartados”
“Pergunto-me se um homem que nunca fodeu pode ser bom escritor”
“Estar vivo é o contrário de estar morto”
Facto: quase todas estas frases são de um único autor. O mesmo que afirma que Álvaro de Campos é uma imitação de Walt Whitman, versão santos populares, e que Saramago já era uma merda, mesmo antes de se terem conhecido.
Falo de António Lobo Antunes, claro, que já quis arredondar a obra mas que vai sempre acrescentando mais um ponto, mais um romance, mais uma entrevista. O pretexto para este artigo tem a ver com um exercício do jornal Expresso, que pediu a António que apontasse um escritor português para o futuro. Escolheu o poeta João Luís Barreto Guimarães, nascido em 1967, à falta de prosadores como ele próprio. E porquê? “Porque escritores não temos”.
Dando de barato que um poeta não é um escritor, ainda assim a declaração provocou-me perplexidade, a mesma perplexidade que senti quando li pela primeira vez um livro do António, no caso As Naus. É que nem tudo o que o escritor diz (escreve) é o que parece. Razão pela qual na altura procurei confrontar opiniões com outros leitores em torno dos retornados Vasco da Gama e Fernão Mendes Pinto; motivo pelo qual fui em busca do sentido da boutade “Porque escritores não temos”, e eu que julgava que eles pululavam. Primeiro passo: percorrer uma mão-cheia de ruas no coração de Lisboa, em busca dos escritores perdidos. Debalde.
Do Chiado ao Café Gelo, passando pelo Martinho da Arcada
Desloco-me ao Chiado, actual Babel de línguas e costumes só batida por um serviço de urgência de hospital. Por lá abundavam os escritores e as tertúlias, as bengaladas e os provocadores, as trocas de ideias e os tirares de esforço. Parte desse património acabou convertido em estátuas, imortalizando (e cristalizando) uma ideia de cidade e de convivência. Se o poeta – logo, não-escritor – com a alcunha Chiado passou a ser ponto de encontro de amigos e de breakdance, o Camões ficou com vista para hotéis de charme, guias turísticos, parques de estacionamento e croissants brioche.
Já o imitador de Whitman e de Horácio tornou-se mestre na arte da selfie-com-gente-ao-colo, assumindo a tarefa com galhardia e no mais profundo silêncio cúmplice. Continua a não praticar o coito, o que pode ser mau para a sua obra, mas posa muito bem para o retrato, de perna traçada e borsalino sem vincos. Olho à minha volta e nem sombra dos manifestos do Almada, muito menos bengalas no lombo de um Dâmaso Salcede de ocasião, apanhado de smartphone numa mão e sandálias com meia branca nos pés. Nesta Lisboa de 2018, o outrora centro nevrálgico da intelectualidade depôs as armas aos pés das cadeias de lojas e das McMultinacionais. Menos alimento para o espírito, mais encher da pança. Por alguma razão, Álvaro de Campos escreveu “o Chiado sabe-me a açorda”. Hei-de ir conferir às Folhas de Erva qual foi o verso que deu origem a isto.
Desço entre saldos e azáfama de veraneio e a saturação de línguas não abranda até chegar ao Terreiro do Paço. Por lá, reconheço no Martinho pouco mais que a Arcada. Mantém-se no mesmo lugar e há mesas baptizadas com os nomes de Fernando Pessoa, Eduardo Lourenço e José Saramago (espero que não estejas a ler isto, António) mas as circunstâncias impuseram uma maior atenção às ementas trilingues do que às homenagens. E sim, há manifestamente menos escritores do que portadores de mapas sentados na esplanada, embora eu continue convencido da existência contemporânea de escribas.
É possível, portanto, que se acoitem ali bem perto, em lugares menos glamorosos mas carregados da mesma patine. Ilusão de grandeza que se desfaz quando me acerco do Café Gelo, ao Rossio. Frequentado por Aquilino Ribeiro e tornado ponto de encontro de carbonários, republicanos e anarquistas, seria mais tarde o poiso de autores como Mário Cesariny, Luiz Pacheco e Ernesto Sampaio, trocando bombas incendiárias e atentado por prosas e versos surrealistas (descubra as diferenças). Acabou por fechar, trocando então ideias por hambúrgueres com cogumelos e rebaptizando-se Abracadabra, altura em que o frequentei com mais assiduidade. A mesma altura em que gastava as coroas na Valentim de Carvalho, hoje loja de sapatos, e pedia muitos livros emprestados a amigos e bibliotecas. Como As Naus, por exemplo.
Há coisa de dez anos o Gelo regressou mas só no nome. Actualmente, oferece menus de almoço/lanche/jantar e sumos de laranja a preços escandalosos à massa de turistas que enxameia a praça. Ou seja, se houver escritores, hão-de parar noutros lugares e eu nem sequer tenho saldo no cartão Lisboa Viva, muito menos ajudas de custo pagas pelo Observador (um problema recorrente). Por isso resolvi socorrer-me da ajuda de especialistas, nesta demanda pelo sentido das palavras de António e pelos engenheiros de almas do século a que temos direito.
Onde é que pára a polémica?
Para seguir a pista das bengaladas e dos duelos de palavras, entre outros demónios, procurei aconselhar-me com pessoas que, curiosamente, já publicaram livros. Mas que não apelidarei de escritores, por dever de combate ao facilitismo e respeito aos chistes Antonianos. Refiro-me à editora Maria do Rosário Pedreira, à cronista Inês Pedrosa, ao consultor Paulo Ferreira e ao crítico e “arrumador de poemas” José Mário Silva (infelizmente esta formulação tão original não me pertence).
“Gostaria de poder dizer que essas polémicas foram parar ao sótão das recordações da infância, e que a maturidade acabou com elas. Mas a realidade é outra: os escritores tornaram-se uma espécie desprezada, e isso une-os”. Palavra de Inês Pedrosa, que lê na ausência de sururu e salsifré literário uma atitude defensiva e de auto-protecção. Já Paulo Ferreira não sabe onde pára a querela: “Honestamente, não sei. Mas dado que neste momento tudo se torna num Benfica-Sporting, em que se confundem polémicas intelectuais com ataques pessoais, acho que estamos bem assim”.
É verdade que na época das redes sociais essas dimensões se confundem mas é precisamente aí que José Mário Silva encontra o rasto à sarrafada e às polémicas: “Foram parar ao Facebook, que é um lugar onde se discute muito, mas quase sempre mal. É uma pena. Os jornais deixaram de ter espaço para diatribes, com réplicas e tréplicas, daquelas que se arrastavam durante meses”. Maria do Rosário Pedreira concorda: “Com o aparecimento das novas tecnologias e o desaparecimento da correspondência entre pares, com a perda de importância dos jornais (ou a sua transformação em jornais digitais e de consulta rápida), também essas polémicas deixaram de ter espaços indicados para poderem acontecer”.
Uma e outra coisa serão sinais dos tempos – a rarefacção de verdadeiras querelas e o encolher de espaço nos meios de referência – mas Mark Zuckerberg e amigos proporcionam um caldo de cultura que está mais próximo do pasto em chamas do que do debate. “A velocidade da comunicação mudou muito. Uma polémica hoje dura alguns dias, no máximo; às vezes só umas horas, até ser substituída pela próxima indignação”. Quem o diz é José Mário Silva, que lamenta a “prevalência da maldadezinha e do veneno sobre a inteligência”, para a qual contribuirá uma espécie de proletarização/democratização do debate. “O peso é outro porque não são os intelectuais a polemizar, é toda a gente – e isso torna a polémica muito menos interessante, as mais das vezes completamente básica”, sentencia Maria do Rosário Pedreira.
Portanto, the plot thickens. Faltam verdadeiros debates literários. Faltam intelectuais. Faltam escritores?
Todos os nomes
“Fernão Lopes, Gil Vicente, Bernardim Ribeiro, Fernão Mendes Pinto, Luís de Camões, Padre António Vieira, Alcipe, Bocage, Almeida Garrett, Camilo Castelo Branco, Júlio Diniz, Antero de Quental, Eça de Queiroz, António Nobre, Camilo Pessanha, Ana de Castro Osório, Raul Brandão, Teixeira de Pascoaes, Cesário Verde, Wenceslau de Moraes, Aquilino Ribeiro, Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Irene Lisboa, Almada Negreiros, Florbela Espanca, António Botto, Ferreira de Castro, José Gomes Ferreira, José Régio, Vitorino Nemésio, José Rodrigues Miguéis, António Gedeão, Miguel Torga, José Marmelo e Silva, Manuel da Fonseca, Ilse Losa, Ruy Cinatti, Mário Dionísio, ergílio Ferreira, Jorge de Sena, Sophia de Mello Breyner Andresen, Carlos de Oliveira, Maria Judite de Carvalho, José Saramago, Natália Correia, Eugénio de Andrade, Mário Cesariny, Alexandre O’Neill, José Cardoso Pires, Augusto Abelaira, David Mourão-Ferreira, António Alçada Baptista, Ana Hatherly, Nuno Bragança, Graça Pina de Morais, Herberto Helder, Maria Gabriela Llansol, Maria Ondina Braga, Ruy Belo, Fernando Assis Pacheco, Fiama Hasse País Brandão, Luiza Neto Jorge, Vasco Graça Moura, Manuel António Pina, Al Berto, Luís Miguel Nava e Agustina Bessa-Luís, para só mencionar alguns dos grandes que já concluíram as respectivas obras”.
Ufa. Pela lista gargantuesca apresentada verificamos que Inês Pedrosa acredita piamente na existência de escritores portugueses, embora conclua a resposta com cautela e caldos de galinha. “Quanto aos contemporâneos, logo se verá. Cada um de nós está certamente a dar o seu melhor, e a tentar não enganar a freguesia”. Reflexo condicionado de espécie desprezada?
Maria do Rosário, apelidada nos mentideros* de Mourinho da literatura, afina pelo mesmo diapasão de prudência. “Como editora, prefiro não avançar nomes, pois ainda me esqueço de alguém e arranjo uma crise… Mas os leitores de literatura sabem quem são: tanto os mais antigos como os mais novos”. A verdade é que há uma série de figuras que estão a fazer um percurso à vista de todos, rompendo com o isolacionismo e a auto-referencialidade e contrariando a ideia de que as letras portuguesas se fazem apenas de estátuas. Como se diz no hip-hop, “preach”, Maria do Rosário: “Os prémios, as traduções, as críticas, os convites para irem ao estrangeiro ou publicarem em revistas importantes lá fora, as teses universitárias à volta da sua obra – enfim, tudo isto junto mostra que temos vários escritores bons – o que não quer dizer que não se publiquem centenas de livros medíocres todos os anos, claro”.
Mas disso não vamos falar aqui, porque apesar de o suporte ser digital, não há espaço nem enquadramento para outros tipos de Chiado. Paulo Ferreira, que negoceia direitos e acompanha de perto carreiras literárias e tendências editoriais, responde de forma mais ilustrativa: “Destacaria dos ‘mais novos’ (acho que se pode ser jovem até perto dos 50 anos) e sem hesitar Gonçalo M. Tavares, Afonso Cruz, Valter Hugo Mãe, Ricardo Araújo Pereira [na opinião de Ferreira, RAP é mais escritor do que humorista ou comentador], Pedro Mexia e Dulce Maria Cardoso”. Mas também Bruno Vieira Amaral, “que escreveu dois romances que só deveriam aparecer quando já se escreveu e deitou fora 20 livros. Mas decerto estou a esquecer-me de mais meia dúzia de nomes. Estas listas são sempre muito injustas”.
José Mário Silva, quando não está a arrumar poemas, põe os olhos nos prosadores que vão dando forma ao zeitgeist. Se lhe pergunto quem são os autores do momento, o crítico não hesita. “Ui, são tantos. Entre os mais novos, por exemplo, a Ana Margarida de Carvalho (que já foi elogiada justamente pelo António Lobo Antunes), o Bruno Vieira Amaral, o Afonso Cruz, a Patrícia Portela, o Alexandre Andrade, a Isabela Figueiredo, o João Ricardo Pedro, o Sandro William Junqueira, o Rodrigo Magalhães. E há muitos outros. Sem falar dos autores mais velhos e consagrados: Mário de Carvalho, Hélia Correia, Luísa Costa Gomes, Dulce Maria Cardoso, Rui Nunes, Teresa Veiga, A. M. Pires Cabral, etc. E o Gonçalo M. Tavares, que ainda é novo mas já está entre os maiores. A lista é interminável”.
Bom, parece que afinal the plot thins. Até porque o trabalho de garimpagem levado a cabo pelos editores continua. No entender de Inês Pedrosa, “o trabalho fundamental dos editores é o de descobrir, publicar, promover e incentivar o talento”, opinião secundada por Paulo Ferreira. “Creio que o fazem. Existem diversos editores que fizeram essa aposta que tem sido claramente vencedora. Destacaria dois nomes: Zeferino Coelho e Maria do Rosário Pedreira”. E já que Ferreira a chama à colação, ouçamo-la admitir que o risco nem sempre compensa. “Às vezes, de 100 originais, não se aproveita um único – e o tempo é dinheiro, nesta profissão como em qualquer outra. Mas, se se encontra uma agulha no palheiro, esquecemos logo o tempo perdido com mil coisas más. Pena ser tão raro”.
José Mário Silva louva o esforço. “Nos últimos anos, apareceram vários novos escritores que vale a pena seguir, muitos deles “garimpados” por editoras grandes, ou de prestígio. Creio que esses autores tiveram mais facilidade em publicar um primeiro livro do que teriam há 15 ou há 20 anos. E isso só pode ser um bom sinal.” Seja como for, use-se uma malha mais ou menos fina, percebemos que existe um módico de escritores contemporâneos que dão vitalidade à literatura portuguesa. Embora este ramalhete de talentos mais ou menos óbvios não comova um dos nossos maiores escritores, que continua a publicar livros e a lançar chistes e invectivas a uma velocidade invejável.
Depois de mim mais nada, nem sol nem madrugada
José Mário adverte à cabeça. “António Lobo Antunes gosta de provocar. É um jogo em que ele é bom. Como se vê pelo pretexto para este artigo. Mas basta escavar um bocadinho para percebermos que ele está só a brincar connosco”. Uma brincadeira que já leva anos de aprimoramento, coincidindo em duração com a longa carreira de escritor do homem que dividiu boa parte da vida profissional entre os romances e as consultas de psiquiatria no desactivado Miguel Bombarda.
Maria do Rosário Pedreira parece levar a pilhéria um pouco mais a sério. “Para começar, estranho que António Lobo Antunes não considere os poetas escritores… Os escritores são só os ficcionistas porquê? Depois, não há nenhum país que só tenha um escritor de qualidade. Portanto, claro que há escritores de qualidade, pobres dos leitores portugueses se só tivessem um autor (ALA) para ler, por muito prolixo que ele seja”.
Quando lhe perguntei se afinal havia ou não escritores, Inês Pedrosa respondeu de forma lapidar “evidentemente que sim”, opinião partilhada por Paulo Ferreira que reconhece a existência de outros escritores de gabarito nos dias que correm mas alerta para a excepcionalidade de António, o provocador: “Acho que existem grandes escritores; continuamos a ter grandes escritores. Se são todos como o António Lobo Antunes, não creio. Mas também ninguém é como ele. Basta abrir um livro do autor para perceber que estamos a olhar para outra coisa”.
E se para José Mário Silva “uma boutade é uma boutade é uma boutade. Vinda de António Lobo Antunes, a probabilidade é alta de que seja uma boutade ao quadrado”, para Maria do Rosário este tipo de afirmações elevadas a uma potência resvalou para o campo da saturação. “Já em 2000, quando Portugal foi o país-tema do Salão do Livro de Paris, foram convidados cerca de 40 escritores (incluindo poetas); mas ALA ficou sozinho num outro hotel, alegando que não havia 40 escritores em Portugal. Já ouvi tantas vezes a frase que, sinceramente, nem entendo porque continua a fazer correr tanta tinta…”. Touché. Mas essa é a grande vantagem das publicações digitais. Poupamos o arvoredo e gastamos pouco dinheiro em zeros e uns, apostando tudo nos movimentos de scroll dos leitores.
A hora do Lobo
Não se pode dizer que António Lobo Antunes tenha perdido relevância, apesar das vendas mais baixas, da atomização dos interesses dos leitores ou do emagrecimento dos suplementos culturais. Continua a arrendondar a obra com um fôlego literário sem par (o saudado Até que as pedras se tornem mais leves que a água foi lançado em Outubro de 2017) e a fazer manchetes que espoletam artigos de ressaca. E isto porquê? Porque o nome António é legião mas é sobretudo estatuto?
Paulo Ferreira acha que sim. “Tem esse estatuto e ainda bem. Porquê? Porque é o António Lobo Antunes”, forma sintética de ir ao encontro da opinião de José Mário Silva sobre o assunto. “O Lobo Antunes tem um estatuto que lhe permite dizer o que lhe apetece. E se o entendermos ‘cum grano salis’ não vem mal ao mundo. Um grande escritor tem a obrigação de escrever grandes livros. E isso Lobo Antunes continua a fazer. Os disparates e provocações são coisas menores, meras provocações que são levadas demasiado a sério”.
É necessário virar muitos frangos literários para se alcançar a posição do António, até porque no entender do crítico “não é Lobo Antunes quem quer. E Luiz Pacheco, ainda menos”. E se ponho a questão em termos de António sinónimo de última das enfants terribles, Maria do Rosário Pedreira crê que a fonte não se esgota no autor de Manual dos Inquisidores. “Não, outros virão certamente – a literatura está cheia de enfants terribles em todas as épocas”. Inês Pedrosa prefere saudar o regime político que vigora desde antes da estreia de António com Memória de Elefante. “Numa democracia, felizmente, toda a gente pode dizer o que lhe apetece. A democracia é uma deliciosa infância que é importante preservar”. Sobretudo não se procure nas declarações públicas de António Lobo Antunes um dogma ou uma cruzada pela coerência.
Entre o arredondamento da obra que nunca se cumpre e a indisponibilidade para entrevistas que continua a ser adiada, não há linha marcada ou ideologia rígida que balize as granadas de mão do autor, situação que o equipara a muitas das suas personagens. Gente tantas vezes atormentada, irónica e salutarmente contraditória. José Mário Silva remata: “Numa entrevista a Anabela Mota Ribeiro, o Rui Cardoso Martins conta o primeiro encontro que teve com António Lobo Antunes: «a primeira vez que estou com o António Lobo Antunes (eu não o conhecia) chegou-se a mim e disse: ‘Boa noite, escritor’.» Em que é que ficamos?”.
[*Pelava-me por usar este palavra. Melhor do que um mentidero só um “passarinho do mundo editorial”.]
Pedro Vieira é pivô de televisão e ilustrador relutante.