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Guiado pelo sonho de criar o seu próprio negócio, Alessandro funda a Berlineta em 2014.
Com espaço físico no Gate 32 da estação de Santa Apolónia, em Lisboa, a marca dispõe de vários canais de venda.
Agora com mais produtos no menu, as bolas de Berlim, de vários sabores e cremes, são a especialidade.
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Mafalda Pombo Lopes

Mafalda Pombo Lopes

Berlineta: mais do que um negócio, a realização de um sonho

Depois de um verão a vender Bolas de Berlim, Alessandro percebeu que este poderia ser o seu caminho. Com a ajuda do Banco Credibom, a Berlineta é a bola na qual pensamos quando ouvimos “olhá bolinha”!

É com o som dos comboios e do movimento da estação de Santa Apolónia, em Lisboa, como pano de fundo, que ficamos a conhecer melhor Alessandro e a sua Berlineta. Numa pequena loja situada no Gate 32, a montra e o cheiro a pastelaria transportam-nos de imediato para as tardes de praia a saborear a famosa Bola de Berlim. Até porque foi precisamente neste contexto que tudo começou para Alessandro Iuliano, o fundador e CEO da marca.

“Eu tenho um grande amigo e a mãe dele é cabo-verdiana, daquelas senhoras que ainda carrega as coisas na cabeça, muito old school. E houve um verão, quando eu tinha 19 anos, em que ela me convidou para ir vender umas bolas de Berlim com ela para a praia, para ganhar um dinheirinho extra. E eu fui. Achei a ideia muito interessante e nesse verão fiz um bom dinheiro. E a ideia ficou-me na cabeça”, começa por nos contar. O que é certo é que a vida de Alessandro seguiu o seu rumo e só em 2011, altura em que começou a frequentar a licenciatura em Marketing e Publicidade, a ideia de ter um negócio seu começou, de facto, a tornar-se real. “Durante a faculdade o meu objetivo era desenvolver um projeto meu. Visitei uma feira de vendedores. Contactei uma empresa, perguntei qual era o investimento, e achei – como faço surf há muitos anos e estou relacionado com o mar – que tinha tudo que ver comigo ter um projeto street food. Relacionar a street food com um produto de praia e estar na praia. E foi assim que começou”, partilha o fundador.

Ainda que tivesse de parte algum dinheiro, a verdade é que criar um negócio do zero traz consigo vários desafios. Foi durante a fase mais crucial de todas, o início de um projeto, que o Banco Credibom surge na sua vida, tornando possível dar vida a este seu sonho. “Começámos devagar e foi aí que entrou o Credibom para me auxiliar nessa fase inicial do negócio. Tinha algum dinheiro de lado, mas depois apercebi-me de que não estava a ser rápido o suficiente. Quando tens uma ideia, uma das coisas mais importantes a fazer é concretizá-la porque depois as coisas acabam por morrer. E o mercado, hoje em dia, anda tão rápido que se tu não avanças, alguém o vai fazer por ti. As ideias são globais, todos nós temos a base da informação do nosso lado. Eu tenho uma ideia agora e provavelmente alguém, do outro lado do mundo, está a ter a mesma ideia que eu. Portanto, para concretizar a coisa mais rápido, pedi um crédito pessoal para poder avançar com o projeto. Demorou cerca de 1 ano para que tudo fosse montado”, afirma.

Na hora de criar um negócio, que conselho fica?

O que é certo é que já lá vão quase 10 anos desde o início deste negócio. Sempre de olhos postos na inovação, no progresso e na qualidade do seu produto, as Bolas de Berlim da Berlineta já não deixam ninguém indiferente. “Hoje vivemos num mundo muito rápido. As pessoas têm necessidade de receber constantemente coisas novas. Seja na comida ou noutros setores. Há muitos negócios que abrem, são um Boom durante algum tempo, e depois vão abaixo. O que fica é o senhor Manuel do restaurante tradicional. Temos vários sabores e fizemos isso, desde o início, por várias razões. Temos um leque de pessoas muito diferentes, no mundo. As pessoas vegan, por exemplo, é preciso oferecer-lhes essa resposta. Eu quando lancei a bola de carvão ativado, que era uma bola preta, as pessoas diziam que eu era maluco. Eu lancei para chocar. E a verdade é que eu tinha pessoas de 60 anos que vinham comprar essa bola”, partilha Alessandro, falando em seguida na importância de se experimentar, de arriscar, de fazer diferente, mesmo – e principalmente – em áreas como a pastelaria: “As cores, na pastelaria, são importantes porque nós éramos muito tradicionais. Era o amarelo porquê? Porque o ovo estava relacionado com o bolo. Quando eu era miúdo não gostava de ervilhas, porque eram verdes. Nós temos uma bola de cor verde, de menta, e houve uma mãe que me disse que por causa dessa bola verde, o filho começou a comer ervilhas. O impacto psicológico da comida, nas pessoas, é muito importante para nós também abrirmos portas para outras coisas. Há pessoas que, quando lhes apresentamos algo diferente, elas demoram algum tempo até aceitar. É uma espécie de resistência à mudança. Eu acho que a Berlineta acabou por contribuir, com estas ideias e com estas cores, para que algumas coisas na alimentação – e na cabeça das pessoas das zonas por onde passámos – se modificasse”.

Porquê a escolha do nome?

Com vários canais de venda – que vão desde eventos, catering, os espaços físicos, o street food, as ações, as praias -, o objetivo tem sido sempre o de “chegar às pessoas, levar a marca até às pessoas. As pessoas não têm de se deslocar até nós, nós vamos até elas”, reforça Alessandro. Para o empreendedor, o sucesso do projeto tem sido este, o de se aproximar dos seus clientes, e o feedback que recebe fala por si: “Não somos bons para todos, mas eu diria que 90% das pessoas que conhece a Berlineta, quando se lembra de comer uma bola de Berlim, lembra-se de nós. Isso para mim é um prazer. Significa que confiam em nós, no nosso produto”. Ainda assim, na sua opinião, existem muito mais coisas que fazem da Berlineta aquilo que é: diferente e inovadora. “A Berlineta tem várias coisas diferentes. Começando pelo facto de ser um pequeno empreendedor que começa do zero e que quer vencer. Começa ao pé da praia, numa mota, com um negócio pequeno. Depois tem de diferente o modo como vende, fomos dos primeiros street fooders. Torna-a diferente os sabores que lança, a qualidade, a simpatia, a presença nos media. A Berlineta são pessoas. E é isso que a torna diferente, acima de tudo.

E o segredo para uma boa Bola de Berlim, existe?

O caminho tem sido longo, mas prazeroso, e é de olhos postos no futuro que o fundador da marca partilha os próximos projetos, com a promessa de que se há uma coisa que não mudará, é a Bolinha. “Temos uma nova loja que vai abrir agora na Rua do Vigário. Vamos ter as nossas Bolas de Berlim, como é óbvio, mas vamos ampliar, vai ser um novo conceito. Será um mini brunch com bebidas, também. Vamos abrir o leque a outras coisas. Temos ainda um projeto de revenda. A Berlineta vai aparecer aí pelos cantos da cidade”.

Olhando para trás, Alessandro acredita não se arrepender de nada. Com todos os desafios, obstáculos e provações, o que é certo é que hoje a sua marca está de pé e todos os dias é injetado nas Berlinetas o ingrediente principal de qualquer negócio: o amor. Porque nada se faz sem esforço e dedicação, esta é a marca que nos mostra como é possível tornar os nossos desejos realidade.

Com creme, sem creme, com chocolate ou nem por isso, não existe limites para o recheio dos seus sonhos. O Banco Credibom ajuda-o dar crédito à felicidade. Concretize o desejo que tem guardado na gaveta. Saiba mais, aqui!

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