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Comentando o desempenho de Harry e Meghan, Morris é perentório: "No fim de contas, estas pessoas são familiares próximos da chefe de estado e neste país espera-se que a chefe de estado seja politicamente imparcial. É um atributo essencial."
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Comentando o desempenho de Harry e Meghan, Morris é perentório: "No fim de contas, estas pessoas são familiares próximos da chefe de estado e neste país espera-se que a chefe de estado seja politicamente imparcial. É um atributo essencial."

Comentando o desempenho de Harry e Meghan, Morris é perentório: "No fim de contas, estas pessoas são familiares próximos da chefe de estado e neste país espera-se que a chefe de estado seja politicamente imparcial. É um atributo essencial."

Bob Morris e a entrevista-escândalo de Harry e Meghan: "é um teste à monarquia, mas não é fatal"

Constitucionalista e perito em monarquia britânica, Bob Morris elogia resposta de Buckingham, admite que "há lições a reter", mas não poupa Meghan: "queria ter a fama numa mão e a monarquia na outra".

“Aposto que aí faz sol”, arrisca Bob Morris no arranque da conversa. Mais a norte, na sua ilha, pelo contrário, imagina-se céu cinzento e possível ribombar dos trovões no pico da agonia. As previsões não são as melhores (que o digam aqueles que tweetaram que não confiam em Meghan Markle nem para lhes ler “o boletim meteorológico“). Mas, no final de contas, confia o constitucionalista, especialista na monarquia britânica, e professor da City, o efeito da entrevista dos duques de Sussex a Oprah Winfrey, “não será fatal” para a monarquia.

Com Robert Hazell (conselheiro do Parlamento e fundador e primeiro diretor da Unidade da Constituição da londrina University College), assinavam em setembro de 2020 a coordenação de “The Role of Monarchy in Modern Democracy” (ou O Papel da Monarquia na Democracia Moderna”), o livro que compila material produzido por peritos da Bélgica, Dinamarca, Luxemburgo, Países Baixos, Noruega, Espanha, Suécia e Reino Unido. Que poder real tem uma monarquia? De que autonomia goza? Quem regula a dimensão da família real, as suas finanças ou regras de sucessão? Estas são apenas algumas das perguntas consideradas nesta edição da Hart, na qual o regime se apresenta como garante de “continuidade e imparcialidade”, provavelmente um conceito de relíquia face ao estilo de vida norte-americano. “Meghan vem de um cultura de celebridades em que qualquer pessoa pode dizer tudo o que lhe apetecer. Parece que queria ter a fama numa mão e a monarquia na outra”, diz Morris, que rejeita que o racismo seja um problema no seio da Coroa, apesar da reflexão não ser dos exercícios mais correntes. “Nós não pensamos sobre a monarquia, nós apenas olhamos para ela”.

A meio da conversa, chegava por fim a resposta do palácio de Buckingham às acusações de Markle e do príncipe Harry. “Contém tudo o que precisa ser dito neste momento. Na verdade é uma reação cristã, dá a outra face”.

Como é que tem seguido esta história, enquanto súbdito ou como autor que estuda a família real há vários anos? Pergunto-lhe no sentido de perceber se é possível formar uma opinião distanciada e sobretudo clara.
Estamos todos ainda a reagir à coisa, penso que não é possível ter uma opinião fechada sobre isto, sobre que partido tomar. Parece que os mais jovens tendem para a Meghan e os mais velhos para a rainha, mas penso que isso já acontecia antes da entrevista.

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As sondagens mais recentes apontam para isso, de facto. Mas será possível resumir a discussão a uma questão geracional?
Há sempre um problema com os membros da família real que sobram, ou seja aqueles que são muito próximos mas nunca vão ser os principais. Na Noruega, por exemplo, só há quatro pessoas ativas, a família real é muito pequena. Na Dinamarca também são limitados. No Reino Unido passou de 15 para 13 elementos ativos devido às saídas de Andrew e de Harry. Como se lida com isto? Sabe-se que o príncipe de Gales deseja uma família mais reduzida mas ainda não explicou como o vai fazer. E obliquamente isso vem à baila quando mencionam que Archie não é príncipe.

O protocolo entretanto esclarece isso.
Correto. As regras não são são extensíveis a Archie para o incluir. E isto não tem nada a ver com a cor dele mas sim com uma convenção de 1917.

Da entrevista dos Sussex a Oprah saíram acusações graves, alegadamente sobre as questões levantadas sobre a cor de pele do filho, ou sobre a falta de resposta quando Meghan se sentiu mais fragilizada. Como se lidam com questões como estas?
É difícil lidar com acusações como estas, particularmente de racismo. Porque é uma acusação fácil de fazer e difícil de rebater, mesmo que a pessoa não seja racista. Andamos todos a pensar nisto. Ainda no outro dia aprendi uma palavra nova, “colorist”. Um jornalista brasileiro explicou-me que no Brasil o termo está disseminado e gera imensa especulação. No passado, a família real optou por não entrar em confrontação porque isso apenas serviria para estender a agonia. Nestas situações não há vencedores. Acredito que tenham pensado muito cuidadosamente sobre o que fazer.

"Foi quase impossível de sobreviver", defende Markle na entrevista a Oprah. Dos pensamentos suicidas às acusações de racismo, a entrevista dos Sussex foi seguida por mais de 17 milhões

A rainha terá pedido mais tempo de reflexão antes de ser divulgada a posição oficial do palácio. Como avalia a reação que acaba de ser conhecida?
Contém tudo o que precisa ser dito neste momento: mostra simpatia pelo casal; reconhece a seriedade – especialmente no aspeto racial – das questões levantadas; regista que o relato do casal sobre os eventos não é inteiramente aceite; revela como a família abordou em privado o que foi levantado; e ressalta que o casal continua a ser muito amado enquanto membros da família. Não há menção de quando, ou se, haverá novos anúncios. Evita assim alimentar o frenesim atual com refutação detalhada ou recriminação. Na verdade, é uma reação cristã, dá a outra face.

Mas continuamos a não ter alternativa a escolher entre heróis e vilões?
Acontece sempre que há conflitos como estes, de alguma forma passou-se o mesmo no tempo de Diana. É a maneira como o tema tende a ser retratado na imprensa. E depois a história da princesa triste é o queixume mais antigo do universo. É salva por um príncipe que neste caso a leva para a sua casa, em vez de a acordar com um beijo.

Não acredita que possa ser demasiado simplista alinhar nessa linha de pensamento? A atriz que está apenas a representar, a falsa vítima, etc?
Sugiro que vejam um vídeo do corresponde real Valentine Low, do The Times. Ou recordem Germaine Greer e os seus comentários antes do casamento [de que os Sussex iriam cair na obscuridade se abandonasssem a família real]. Ela previu que Meghan não ficaria, que iria sair em cinco anos. Imagino que tivesse um plano B se tudo corresse mal. Aí está.

"A verdade é que Meghan podia ter feito muito pela população negra deste país mas parece que ela não estava interessada em dar atenção aos outros, o que é uma pena. Penso que uma das razões pela qual foi tão bem recebida é que ajudaria a monarquia a ser vista como mais recetiva à questão racial, mas isso não vai acontecer."

Um episódio como este abala o longo fascínio de que tanto fala ao ponto de ser fatal ou é mais um teste à monarquia?
Teremos que ver. É certamente um teste à instituição mas não acredito que venha a ser fatal. Com o tempo, penso que a entrevista será vista com outros olhos, mas veremos.

Há pouco mais de um ano, em janeiro de 2020, escreveu que “estar meio dentro, meio fora não é uma opção para um elemento da realeza”. Estas pessoas mantêm vidas de grande privilégio mas também se veem privadas de vários direitos que muitos podem considerar fundamentais. Que margem existe para um meio termo quando falamos das suas funções e responsabilidades?
Bom, no fim de contas estas pessoas são familiares próximos da chefe de estado e neste país espera-se que a chefe de estado seja politicamente imparcial. É um atributo essencial. A opinião do chefe de estado não corre livremente.

Mas falando de conceitos como por exemplo a tolerância, empatia. Um elemento como Meghan espera demasiado dos que a rodeiam quando se queixa da falta dessa empatia? Quando, por exemplo, naquele outro documentário por África, desabafa frente às câmaras “ainda bem que perguntou como é que eu estou”?
O que a família real pode fazer e costuma fazer muito é dar atenção ao bom trabalho dos outros. É disso que se trata. A família real visita hospitais, instituições sociais, aparece num cenário de um incêndio quando centenas perderam as suas casas. A isso chamo empatia.

Suponho que as queixas neste caso são dirigidas à família que a acolheu. 
Mas uma coisa é empatia outra é a busca de atenção. Fazer parte da família real é sobre dar empatia, não sobre receber. É essa a grande diferença. Meghan vem de um cultura de celebridades em que qualquer pessoa pode dizer tudo o que lhe apetecer. Já ouvi até especulações de que podia vir a ter um papel político…

Admite que a cultura associada à sua nacionalidade adquira aqui um peso extra?
Eles são republicanos, a constituição é muito difícil de emendar. Eles estão presos ao que foi inventado há 200 anos, enquanto a nossa é muito mais fluída. A família real mudou muito durante a vida da rainha, um exemplo disso é a forma como fala. A dicção mudou. A rainha falava de forma muito aristocrática enquanto jovem e entretanto, com a idade, tornou-se muito mais democrática. Isso favorece a relação de proximidade com os súbditos.

Serão porventura métodos mais fáceis de atualizar. Só neste reinado, a coroa lidou com vários escândalos e a todos foi sobrevivendo. Na sua opinião, quais são os derradeiros tabus? Admite que a questão racial possa ser um dos temas difíceis em cima da mesa?
Não vejo porque a raça possa ser um problema. A rainha tem uma relação muito próxima com a Commonwealth, muito mais do que muitos ministros. Muitos dos líderes com quem se encontra são negros, desde jovem que assim é. Como é que se consegue manter esta relação com a Commonwealth sendo racista?

Mas neste caso o casal, através de Oprah, até exclui a rainha e o duque de Edimburgo das acusações. Refiro-me a uma estrutura muito mais pesada que a figura da soberana.
Claro que excluem a rainha porque sabem que se o fizerem ficam em sarilhos! Mas todos os outros são um alvo. Ao excluírem a rainha e o duque ainda é pior porque eles conseguem criar um quadro em que todos os demais passam por racistas!

"Costuma-se dizer que não importava como a família real se comportava porque a instituição era maior que o indivíduo. Penso que em tempos mais democráticos e em que boa parte da mística e da magia se desvaneceu, isso já não é verdade."

No seu livro mais recente elegeram como foco do trabalho comparativo as democracias europeias “porque estão entre as mais avançadas do mundo”. Olhando para a história deste casal e a sua relação com a coroa é possível dizer que a máquina está suficientemente avançada para assimilar o que é novo, diferente, desconhecido? Quais são as verdadeiras perspectivas para um outsider que chega à família real em 2021, por exemplo?
Bom, Meghan sustenta que não sabia o que a esperava. Acho muito difícil de acreditar nisso. Ela é uma pessoa inteligente, não é possível que não pudesse pegar no telefone e saber o que esperavam dela. Ela vem de um mundo de celebridades, algo que amplifica muitíssimo bem, como é natural, porque é atriz. Não sei se pensava que iria amplificar uma conexão com a família real. Como toda a gente, fico triste de ouvir que não sabia ao que ia. Parece que queria ter a fama numa mão e a monarquia na outra.

Descreve a ausência de literatura que existe sobre as monarquias atuais, do mesmo modo que destaca o fascínio e lealdade que o público em geral cultiva pelo regime, um nível de popularidade aliás, e cito-o, “pelo qual os líderes políticos dariam a vida”. Que consequências espera um líder político quando rebenta um escândalo real?
É difícil para os políticos fazer todo o trabalho sujo que envolve governar um país. Há um compromisso a fazer e tenho muito respeito pelo que fazem. É o que explico no livro: no fim de contas é o governo que decide as regras sobre a família real, que decide o dinheiro que recebem e como devem ser admitidos. E não pode ser de outra forma. A não ser que queiram ter um presidente com poder executivo, mas que não é um chefe de estado imparcial. Isto dá-lhe força mas também é a sua fraqueza na sociedade enquanto um todo. A discussão sobre o republicanismo no Reino Unido não é sobre se vamos ser uma república, porque nós somos uma república, é uma discussão sobre o chefe de Estado que queremos.

Quando se vê tingida por estes casos e quando se disseminam pedidos e hashtags como #abolishmonarchy que argumentos tem a monarquia? Que tem para oferecer quando a classificam de caduca?
Penso que a monarquia oferece continuidade e imparcialidade. Numa crise, o monarca pode falar de uma maneira que os líderes políticos não podem. Lembro-me de como a rainha fez um curto mas acutilante discurso sobre a crise pandémica e Macron, por sua vez, fez um discurso redondo e a falar de guerra. A rainha não falou de guerra mas disse “vamos voltar a ver-nos”, citando versos de uma popular canção do Reino Unido. Não precisou de citar a guerra. Ao ter a atenção e apoio da sociedade promove a resiliência. Também apresentam uma continuidade na família com que todas as gerações, a diferentes níveis, se conseguem relacionar. Ajuda as pessoas a identificarem-se. Não surpreende que o que fazem seja compatível com a governação democrática. Oito monarquias foram ocupadas durante a II guerra e sobreviveram. É um franchise popular no qual não se vota.

Olhando para a linha de sucessão ao trono, Morris diz que "o príncipe de Gales tornou-se mais popular nos últimos tempos", nomeadamente devido ao empenho em causas como as alterações climáticas

Não sabemos ao certo se Isabel II vê The Crown mas sentimo-nos a assistir a um episódio da série. Admite que haja uma abordagem diferente depois de tudo isto?
Bom, penso que há certamente lições a reter daqui. Apesar de ter sido dito que o staff do palácio tentou acomodar e receber bem Meghan, esta jovem charmosa e inteligente que vai casar com um príncipe muito adorado, muito popular no palácio…talvez isso não tenha sido suficiente; perceber se ela queria mesmo, mesmo, participar disto.

O começo trouxe a promessa de fadas conto de fadas, do refrescar da imagem da própria monarquia.
Sim, e a verdade é que Meghan podia ter feito muito pela população negra deste país mas parece que ela não estava interessada em dar atenção aos outros o que é uma pena. Penso que uma das razões pela qual foi tão bem recebida é que ajudaria a monarquia a ser vista como mais recetiva à questão racial, mas isso não vai acontecer.  A rainha ou alguém através dela iriam sempre responder. Calculava que admitissem que  foram cometidos erros, que há coisas a lamentar, mas não faço mesmo ideia como irão lidar com as acusações de racismo.

Especulou-se que se negassem as acusações correriam risco de ver os nomes dos supostos culpados identificados.
Muito bem, que os identifiquem então, porque não fizeram ainda? É muito melhor do que a suspeição recair sobre todos. Que mais balas ainda têm na sua espinguarda?

Oprah avançou que há tempo de entrevista que não foi editada para o formato exibido.
Meu Deus, lá vamos ver isso tudo.

"A família real visita hospitais, instituições sociais, aparece num cenário de um incêndio quando centenas perderam as suas casas. A isso chamo empatia. (...) Outra coisa é a busca de atenção. Fazer parte da família real é sobre dar empatia, não sobre receber. É essa a grande diferença."

Que peso teve a imprensa, outro dos alvos dos Sussex, em toda esta equação?
A imprensa está lá para desafiar. É certo que nem sempre o faz com grande dignidade aqui mas cumpre uma função perfeitamente legítima. A última coisa que faria é culpar a imprensa.

Imprensa que, por regra, tem grande reverência pela figura da rainha, aliás genericamente respeitada e consensual. Que futuro depois de Isabel II? Carlos será o senhor que se segue? William?
Ter-se-ia que mudar a  lei para alterar a regra de sucessão e não vejo isso a acontecer no parlamento. O príncipe de Gales tornou-se mais popular nos últimos tempos, diria. Algumas causas como as questões climáticas põem-no num lugar de projeção. Bom…vamos ver. Ainda estamos a olhar para o jubileu de platina da rainha. Carlos tem sido de grande lealdade à família, a família apoia-o. É verdade que a sua vida pessoal não foi a mais feliz, mas aqui estamos, a família real não é perfeita. Oh, que choque!

É um bom ponto. Os britânicos perdoam melhor esses pecados íntimos? Diria que a transigência do público varia consoante a natureza do problema?
Costuma-se dizer que não importava como a família real se comportava porque a instituição era maior que o indivíduo. Penso que em tempos mais democráticos e em que boa parte da mística e da magia se desvaneceu, isso já não é verdade. O comportamento deles importa. Mas também é verdade uma outra coisa. Nós não pensamos sobre a monarquia, nós apenas olhamos para ela. Mas isto faz-nos pensar sobre ela, sobre a utilidade de ter um chefe de estado imparcial e como ele emerge além do comportamento mediano.

Casos como o dos Sussex podem ter um impacto positivo no fim de contas?
Sim, penso que sim. Esperemos que uma das coisas seja pensar mais sobre a questão do racismo, como respondemos a isto. Não tanto saber se há ali racistas ou não mas o que o racismo significa para as pessoas e como resolver isto. No outro dia escutava um dos speakers numa intervenção, diretor de um centro de meditação. Dizia ele que muitas vezes o racismo é um resultado do que pensamos e que muitas alegações devem ser desmontadas. Não há dúvida que Meghan pensa que são verdadeiras.

Provavelmente não é a única.
Teremos que pensar nisto… Penso que ainda não chegamos ao fim desta história mas também penso que a monarquia sobreviverá.

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