Arrumar a casa do Chega parece uma tarefa sem à vista fim para André Ventura. Depois de controlados os problemas internos para travar as intenções da oposição na última convenção, tudo parecia estar no bom caminho para o líder do Chega, mas a reunião magna que foi vista como um ponto de viragem acabou invalidada pelo Tribunal Constitucional. E antes da realização de uma nova, o Chega vai (tentar) resolver o imbróglio das eleições internas no próximo dia 10 de setembro — mas já se levantam dúvidas sobre a legalidade das convocatórias.

A ida às urnas nas distritais tem agitado o partido internamente, com Lisboa e Porto no topo das atenções — onde dois deputados tentam não perder a liderança. Pedro Pessanha e Rui Afonso, deputados eleitos pelo Chega por Lisboa e Porto, respetivamente, estão a recandidatar-se às distritais e têm concorrência — entre eles adversários que não só representam alas diferentes do partido como refletem divisões entre membros do núcleo duro de Ventura, desde elementos da direção a deputados. A luta mais acesa é no Porto, onde José Lourenço, que criticou duramente Ventura nos últimos anos, é protagonista ao lado de Israel Pontes e Aníbal Pinto, que debatia com o agora líder na CMTV.

As acusações de ingerência ao núcleo duro

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