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Um fulano com barba e cabelo hirsutos brandindo um cartaz onde se lê “O mundo vai acabar”, perante a troça ou a indiferença dos transeuntes, tem sido uma figura satirizada pelos cartoonistas durante décadas, mas o estereótipo do profeta do apocalipse lunático e solitário sofreu uma recente renovação com a visibilidade pública do movimento Extinction Rebellion. O movimento, fundado na Grã-Bretanha há um ano e que ganhou notoriedade com as manifestações e actos de desobediência civil que paralisaram parcialmente Londres em Abril deste ano – e que teve um eco luso na interferência no discurso de António Costa na festa do 46.º aniversário do PS – tem como símbolo uma ampulheta, colocando ênfase na urgência de tomada de medidas urgentes para contrariar as alterações climáticas, antes que o clima do planeta chegue a um ponto de não-retorno (ver Os protestos em Portugal, as detenções em Londres e as ligações ao BE: Quem são os activistas que interromperam o discurso de Costa?).

“Os fins do mundo: apocalipses vulcânicos, oceanos letais e a nossa demanda para compreender as extinções em massa”, de Peter Brannen, foi publicado originalmente nos EUA em 2017, mas surge em Portugal, pela mão da Bizâncio (com tradução de Cristina Carvalho), numa altura que não poderia ser mais oportuna.

“Os Fins do Mundo”, de Peter Brannen (Bizâncio)

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