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O secretário-geral do Partido Socialista (PS) , António Costa, acompanhado pelo presidente do partido, Carlos César, durante a Reunião da Comissão Nacional do Partido Socialista, para análise da situação política, aprovação do Relatório e Contas de 2021, aprovação do calendário dos Congressos Federativos de 2022 e do Regulamento para a eleição dos presidentes das federações e dos delegados aos Congressos Federativos de 2022. Na reunião, vai ser ainda aprovado o Regulamento para a eleição das presidentes e das Comissões Políticas das estruturas federativas das Mulheres Socialistas-Igualdade e Direitos (MS-ID), e a deliberação sobre proposta de recomendação de datas para a realização das eleições das Comissões Políticas Concelhias e Secções e das estruturas concelhias das MS-ID. Ílhavo, 9 Julho 2022. MANUEL FERNANDO ARAUJO / LUSA
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PS está "muito nervoso" com situação do Governo, admitem dirigentes

MANUEL FERNANDO ARAUJO/LUSA

PS está "muito nervoso" com situação do Governo, admitem dirigentes

MANUEL FERNANDO ARAUJO/LUSA

Costa preparado para alterar apenas "membros do Governo que estão agora em falta"

César diz que mexidas passarão só por substituição de quem saiu. No PS há quem suspire por remodelação profunda, mas com dúvidas de que haja condições para isso. Eurico e Jorge Delgado são falados.

O sinal foi dado por Carlos César, presidente do PS e fonte sempre bem informada das intenções de António Costa: apesar do “nervosismo” que vai tomando contado do aparelho socialista, e da pressão de muitos para que existam mudanças profundas no Governo, o primeiro-ministro não vai aproveitar este momento para avançar com uma remodelação alargada. Carlos César indicia isso mesmo e é essa a interpretação que está a ser feita no topo do Governo e do PS.

No Facebook, onde além dos elogios rasgados a Pedro Nuno Santos, o presidente do PS fixou um calendário para Costa arrumar a casa (já para a semana) e sugeriu que o partido espera pela “posse dos membros que estão agora em falta no Governo” para voltar ao trabalho.

Por outras palavras: na semana saíram quatro governantes, Pedro Nuno Santos e três secretários de Estado; na próxima semana, vão entrar quatro. Troca direta, portanto, não uma dança de cadeiras generalizada.

A indicação dada pelo presidente socialista e um dos principais conselheiros de António Costa surge quando muitos no partido reclamam por um abanão até na estrutura do Governo com o reforço da capacidade política. No entanto, não deve ser a orientação a ser seguida pelo primeiro-ministro, que, até agora, tem sempre limitado as mexidas que faz no elenco governativo a respostas a necessidades imediatas e não avançando com mudanças estruturais.

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A mudança mais significativa será a substituição de Pedro Nuno Santos, um ministro de peso no elenco de António Costa e que agora passar para a Assembleia da República. Para o seu lugar circulam nomes como o do atual líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, ou ainda o de Jorge Delgado, secretário de Estado da Mobilidade Urbana, que no último Governo já trabalhou com Pedro Nuno nas Infraestruturas.

Mesmo que a substituição de Pedro Nuno possa passar por alguém que estivesse em condições de manter alguns membros da equipa que o acompanhou, isso dificilmente acontecerá. Começando por Hugo Mendes: o agora ex-secretário de Estado esteve no centro da polémica da TAP, uma vez que tinha conhecimento do acordo de saída de Alexandra Reis e não terá comunicado os valores envolvidos a Pedro Nuno Santos — o que precipitou a saída do ministro.

Já Marina Gonçalves é um elemento muito próximo de Pedro Nuno Santos. Foi sua chefe de gabinete na secretaria de Estado dos Assuntos Parlamentares, e dificilmente aceitaria trabalhar de perto com outro ministro. Além disso, segundo apurou o Observador, a área da Habitação era uma das que impacientava Costa, por ter uma uma gestão marcadamente ideológica e resistente à inclusão dos privados nas soluções para dinamizar o mercado. O primeiro-ministro vai querer sangue novo.

Uma intervenção profunda significaria "pôr na rua" mais ministros num Executivo que ainda nem um ano de existência tem, nota fonte socialista, o que "confirmaria" e validaria a sensação de caos, desorganização e "desconstrução do Governo" que se vai espalhando (e não só na "bolha mediática", como Costa tem dito)

PS nervoso mas com dúvidas sobre “condições” para remodelação

No PS, a tensão em relação ao momento frágil que o Governo vive é palpável, com o aparelho a confessar-se nervoso e a “tentar perceber qual será a próxima ordem do dr. Costa”, como resume um dirigente. Entretanto, a desorientação, nota a mesma fonte, sente-se na variedade de “propaganda” e contrapropaganda positiva que se multiplica pelos Whatsapps e redes sociais dos socialistas, ora com elogios aos feitos de um Governo fragilizado, ora com homenagens ao legado de Pedro Nuno Santos.

E há, naturalmente e em particular neste contexto, socialistas que desejam uma solução que ponha ordem na casa e que passe por uma remodelação mais profunda. Mesmo assim, até entre os que desejam essa nova roupagem, existem “dúvidas de que se consiga” concretizá-la nesta altura do campeonato.

Além disso, uma intervenção dessa natureza significaria “pôr na rua” mais ministros num Executivo que ainda nem um ano de existência tem, nota fonte socialista, o que “confirmaria” e validaria a sensação de caos, desorganização e “desconstrução do Governo” que se vai espalhando (e não só na “bolha mediática”, como Costa tem dito).

Por isso, a ideia que vai ganhando mais força no aparelho socialista é que o primeiro-ministro pode aproveitar para fazer alguma mudança pequena na orgânica do Governo ou, por exemplo, no Ministério que cai agora, para dar alguma ideia de “reorientação política“. Nada mais.

António Costa, de resto, não tem um histórico de alterações extensas do Governo nestes sete anos como primeiro-ministro — a que se seguirá deverá acontecer nos mesmos moldes. As maiores remodelações que levou a cabo aconteceram em 2018 e em 2019. Na primeira saíram quatro ministros: Adalberto Campos Fernandes (Saúde), Manuel Caldeira Cabral (Economia), Azeredo Lopes (Defesa) e Castro Mendes (Cultura).

Na segunda, houve sobretudo trocas, para colmatar a saída de Pedro Marques que estava nas Infraestruturas e Planeamento e foi escolhido para candidatar-se às europeias desse ano. Nessa alteração saiu também a ministra Maria Manuel Leitão Marques, que também se candidatou às europeias, que era ministra da Presidência.

Para os cargos deixados vagos passou Pedro Nuno Santos (que foi substituído nos Assuntos Parlamentares, onde estava, por Duarte Cordeiro) e Mariana Vieira da Silva. Nesta altura foi também alterada a orgânica, já que o Ministério onde estava Pedro Marques foi dividido em dois e surgiu o Ministério do Planeamento, para onde seguiu Nelson Souza. Resta saber o que fará agora António Costa.

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