Jacques Marescaux, psicólogo, antigo diretor de vários hospitais psiquiátricos em França, quer “reduzir a ignorância” em torno da saúde mental. Para isso implementou naquele país um programa de Primeiros Socorros direcionado especificamente para este tema, para assim contrariar o atraso no acesso a cuidados de saúde especializados. Baseado no modelo australiano MHFA (Mental Health First Aid), que já foi implementado também no Reino Unido e no Canadá, o projeto arrancou em 2019 e já formou 46.500 socorristas. A meta é chegar aos 75 mil até ao fim de 2023 e aos 750 mil até 2030. Trata-se, acima de tudo, de “satisfazer uma necessidade sanitária essencial”, defende o antigo presidente da Santé Mentale France.
O que são Primeiros Socorros em Saúde Mental (PSSM)?
É a assistência prestada por uma pessoa formada pelo programa com o mesmo nome – um “socorrista em saúde mental” – a alguém que está a começar a sofrer de um problema dessa ordem, cujo distúrbio ou doença está a agravar-se ou que está a passar por uma crise aguda. É a adaptação da abordagem cidadã dos primeiros socorros não-profissionais à saúde mental.
O modelo em que o PSSM France se baseia é o MHFA, criado em 2000 na Austrália. Como surgiu a ideia de o implementar em França?
O programa MHFA foi descoberto em 2017 por um formador do INFIPP – uma organização criada em 1975, na região de Lyon, especializada na formação contínua de profissionais de saúde mental. O INFIPP queria adaptar este programa a nível nacional e alargá-lo a toda a população, mas não tinha capacidade organizativa ou financeira para o fazer. Então, o Diretor Geral do INFIPP e este formador abordaram a Federação Francesa de Saúde Mental (SMF), a que eu presidia na altura [a SMF é uma federação de organizações diversas dedicadas à saúde mental], e na primavera de 2017 avançámos com o processo. Propusemos envolver a União Nacional dos Amigos e Familiares de Pessoas com Doença Mental (UNAFAM) e em junho de 2018 foi criada por estes três parceiros uma associação sem fins lucrativos para adaptar o programa internacional, de origem australiana, e para o difundir em França. Nascia assim a PSSM France.
E como foi feita esta adaptação?
Um delegado australiano veio em julho de 2018 para formar uma equipa com elementos das três organizações fundadoras, que depois traduziu e adaptou o programa de primeiros socorros em saúde mental, em conformidade com o contrato com o MHFA.
Começaram logo a formar estes socorristas?
A primeira formação de formadores teve lugar em setembro de 2019.
Que potencialidades viu no projeto, quando lhe foi apresentado?
Imensas. Acima de tudo, este programa visa satisfazer uma necessidade sanitária essencial. As perturbações psicológicas afetam um grande número de pessoas: a Organização Mundial de Saúde estima que uma em cada quatro pessoas sofrerá de uma perturbação psicológica temporária ou crónica durante a sua vida. A ignorância e os conceitos errados sobre estas doenças, sobre as pessoas que delas sofrem, sobre o seu círculo familiar — e mesmo sobre aqueles que as tratam — levam, para a grande maioria dos doentes, à negação da doença, à recusa de cuidados e a enormes atrasos no acesso aos cuidados.
Que custos tem esse atraso no acesso aos cuidados?
A falta de cuidados ou o atraso no acesso aos cuidados constitui uma fonte de sofrimento e perda de oportunidades para as pessoas com problemas de saúde mental, sendo a sua recuperação mais difícil, mais incompleta, menos estável do que a das que lhes acedem rapidamente. Por outro lado, mesmo quem gostaria de ajudar pessoas que apresentam sinais de sofrimento ou problemas de saúde mental, não sabe como o fazer, como abordar, que perguntas fazer, que palavras usar para a confortar.
E são estas lacunas que os primeiros socorros em saúde mental podem ajudar a resolver?
Sim. Durante quase trinta anos, houve uma “Semana de Informação sobre Saúde Mental” em França, mas este tipo de iniciativas tem um impacto limitado e não oferece formação ao “público em geral”. Permita-me uma nota pessoal: durante quase trinta anos, fui diretor de instituições e associações na área da psiquiatria. Quantas vezes vi doentes chegarem em crise aos cuidados, sem consentirem tratamento, com as famílias destroçadas e a sofrer? E, no entanto, em muitos casos, estas pessoas poderiam ter sido tratadas de forma mais pacífica e eficaz, se tivesse existido uma intervenção mais rápida e precoce. É importante ter noção de que os doentes partilham dos mesmos preconceitos e ideias erradas que o resto da população. As pessoas que sofrem de depressão, por exemplo, consideram frequentemente que lhes falta coragem e força de vontade, que se deixam afundar na sua desgraça, sentem-se inúteis ou culpadas, e pensam que, se tiverem a força de vontade para “continuar com as suas vidas”, sairão da doença. É por isso que não procuram tratamento quando necessitam dele. E é, por isso, útil que alguém próximo – um familiar, um colega, um vizinho – esteja lá para ajudar.
Sem essa ajuda, a doença pode instalar-se e agravar-se. De que forma é que os primeiros socorros em saúde mental podem ajudar a prevenir isso e facilitar o acesso aos cuidados?
Os PSSM não são, estritamente falando, um programa de prevenção primária. O socorrista intervém quando toma consciência de que uma pessoa já está em sofrimento, com problemas de saúde mental, comportamentais ou emocionais, e que estes estão a perturbar seriamente a sua vida pessoal, social, familiar, profissional, etc, e que já ocorrem há várias semanas (exceto em situações de crise). Com os PSSM, pretendemos, por um lado, permitir que um grande número de pessoas adquira conhecimentos sobre saúde mental, distúrbios psicológicos, cuidados e os profissionais que podem fornecê-los, e, por outro lado, saiba como ajudar a pessoa afetada e orientá-la para os profissionais de saúde. Por isso, os socorristas são ensinados a utilizar um plano de ação.
Não se trata, portanto, de prestar cuidados, mas sim de encaminhar a pessoa para cuidados especializados, é isso?
Trata-se de prestar primeiros socorros. Mas o grande objetivo é reduzir a ignorância, que é fonte de preconceitos, estigmatização e auto-estigmatização, e principal razão do atraso no acesso aos cuidados de saúde. E, assim, facilitar e acelerar o acesso a estes cuidados.
Quem é que pode tornar-se socorrista em saúde mental?
O programa destina-se ao público em geral: o padeiro, o trabalhador da caixa do supermercado, o engenheiro, o polícia, o professor, o assistente social, o estudante, toda a gente. Inicialmente, em 2019, os que procuravam esta formação eram pessoas já conscientes dos problemas de saúde mental: profissionais de saúde, da educação e das áreas sociais ou pais e familiares de pessoas com problemas de saúde mental. Depois, gradualmente, pequenas e grandes empresas, como a Manpower ou a Novartis, por exemplo, ou municípios, como Nantes ou Bordéus, contrataram formação para os seus trabalhadores e começou também a verificar-se procura por parte de muitas pessoas, a título individual.
A saúde mental não é uma área fácil. Qualquer pessoa pode tornar-se socorrista de saúde mental ou tem de preencher determinadas condições?
Esta formação é aberta a todos. Não há requisitos prévios. É claro que é preciso ter a vontade de ajudar pessoas em dificuldades ao nível da saúde mental. E é óbvio que alguém que não esteja estabilizado (em crise ou cuja patologia psicológica ainda esteja muito ativa) não será capaz de seguir a formação. Mas pessoas que tenham recuperado de problemas de saúde mental podem perfeitamente tornar-se socorristas, formadores de primeiros socorros e mesmo formadores de formadores (a quem chamamos instrutores).
O programa já tem cobertura nacional?
Já temos formadores em todas as regiões e em quase todos os departamentos, incluindo as ilhas (Antilhas, Reunião). E é possível acompanhar a evolução destes números todos os meses: a 1 de fevereiro havia mais de 800 formadores acreditados (mais de metade deles em 2022). Estas pessoas já formaram 46.500 socorristas de saúde mental. Nos últimos cinco meses verificou-se uma forte aceleração: os formadores estão a formar três a quatro mil socorristas por mês.
E estes formadores trabalham todos para a PSSM France?
Não, não são todos nossos funcionários. Se tiverem passado na avaliação no final da formação como formadores, são acreditados, comprometendo-se a respeitar as regras estabelecidas pelo PSSM France, com respeito pelo conteúdo e métodos de ensino, sendo dado a cada socorrista o Manual do PSSM. Mas depois organizam livremente os cursos de formação no âmbito das suas instituições ou propõem cursos de formação abertos a todos.
E em que consistem esses cursos de formação?
Temos atualmente disponíveis dois módulos de formação, com a duração total de 14 horas: o “standard”, que se destina a adultos para socorrer adultos, e o “jovens”, que se destina a adultos para socorrer adolescentes e jovens. Estamos a trabalhar num módulo “adolescentes”, que se destina a adolescentes que queiram ajudar outros adolescentes. Será divulgado em 2024, em locais onde o módulo “jovens” já tenha sido aplicado. Nos próximos anos, queremos adaptar outros módulos do MHFA (Mental Health First Aid), como o “seniores” ou “idosos”. É também possível que, tal como fizeram os canadianos, australianos e ingleses, o PSSM France adapte módulos MHFA a populações específicas (exilados, refugiados, residentes no estrangeiro, agentes da polícia, agricultores, etc).
A PSSM França tem ainda como meta a formação de 750 mil socorristas em saúde mental até ao final de 2030. É possível?
Sim, sim. Este objetivo pode parecer ambicioso, mas os canadianos formaram seiscentos mil socorristas em dez anos, os britânicos meio milhão e a Austrália formou um milhão em vinte anos. Estamos a falar de uma população de 26,5 milhões de habitantes (a França tem mais de 68 milhões). Seria igualmente interessante, no futuro, que a formação em PSSM fosse incluída na formação inicial de profissionais de saúde, da educação e da área social.
Qual tem sido o feedback das pessoas que frequentaram esta formação?
Após a formação, o socorrista preenche uma avaliação da formação e do formador numa plataforma digital. Uma das questões é: “Recomendaria esta formação a outros? Desde 2019, as respostas são “sim” em mais de 97% dos questionários.
E como estão a aplicá-la? Há já alguma avaliação de resultados?
Ainda não dispomos de um inquérito nacional. Mas no 1.º Fórum Nacional de Primeiros Socorros em Saúde Mental, que organizámos em Lyon, em maio de 2022, três socorristas deram o seu testemunho sobre a aplicação das competências adquiridas e os resultados positivos da sua ação. Evidentemente, não se trata de um inquérito nacional, mas duas metanálises internacionais validaram a contribuição da formação em termos de conhecimentos e capacidade para lidar com uma pessoa que sofre de perturbações mentais. Para França, precisamos de desenvolver estudos de impacto destes cursos de formação, com a ajuda do nosso conselho científico e educativo.
Alguns organismos públicos, como o município de Nantes, já adotaram o programa. Que aplicações pode ter?
Não só a cidade de Nantes, outras instituições públicas fizeram-no, como a Direção Geral da Saúde e a Direção de Recursos Humanos do Ministério da Saúde, as cidades de Nice e Bordéus e muitos “conselhos locais de saúde mental”, dependentes dos municípios, o Departamento Judicial para a Juventude e a Direção da Administração Penitenciária (ambos do Ministério da Justiça), muitos hospitais públicos. Em fevereiro do ano passado, os ministros da Saúde e da Função Pública convidaram todos os organismos públicos a implementar o programa para os seus funcionários e trabalhadores contratados. Alguns serviços públicos, como a Direção Judiciária da Juventude, querem que vários agentes sigam o curso de formação de formadores a fim de divulgar internamente a formação de primeiros socorros em saúde mental. Foi isto que fez a cidade de Nantes, que mencionou: entre os seus funcionários públicos, há dois formadores acreditados que podem formar os seus colegas, mas também formar cidadãos do município, se a câmara municipal assim o desejar.
Em que contextos diria que é mais vantajoso aplicar este programa?
Não existe um contexto mais favorável do que outro. Um socorrista tanto pode ajudar um vizinho como um colega de trabalho, um membro da família ou um membro de um clube desportivo ou cultural. Não existem pré-requisitos, exceto a vontade de ajudar pessoas que sofrem e de mostrar bondade e empatia. Como a grande maioria das perturbações mentais ocorre antes dos 25 anos, é aconselhável prestar especial atenção aos adolescentes e jovens adultos.
Existe formação específica adaptada a diferentes contextos, patologias ou grupos-alvo?
É uma formação “generalista”. Quatro categorias principais de perturbações são apresentadas no módulo “standard” (pessoas adultas formadas para ajudar outros adultos): as chamadas perturbações do humor (depressão e perturbação bipolar), as perturbações da ansiedade, as perturbações psicóticas e as perturbações relacionadas com o abuso de substâncias psicoativas (álcool, drogas e medicamentos desviados do seu uso terapêutico). Contudo, o manual PSSM padrão também inclui capítulos sobre distúrbios do comportamento alimentar, as adições não ligadas ao uso de substâncias (dependência do jogo ou da internet e novas tecnologias) ou sobre automutilação não suicida.
E dizia há pouco que também queriam adaptar a populações específicas. Pode dar exemplos?
Os nossos amigos canadianos adaptaram especificamente o módulo padrão para a população Inuíte e para os “povos do Norte” [do Canadá]. Com o acordo do MHFA, podem ser previstas adaptações (por exemplo, para as populações francesas do Oceano Pacífico ou das Índias Ocidentais). Os canadianos também adaptaram o módulo padrão para a polícia. Os soldados franceses que se encontram em operações no estrangeiro (em África ou no Médio Oriente) sofrem muito frequentemente de stress pós-traumático no seu regresso a França: por que não pensar em adaptar também a este contexto específico? Os psicólogos da Direção Geral da Polícia Nacional (Ministério do Interior) querem que adaptemos o módulo “standard” aos agentes da polícia francesa. Mas todo este trabalho requer tempo e recursos financeiros e os desenvolvimentos futuros ainda não estão programados com precisão. E há uma coisa que é importante esclarecer e que repetimos muitas vezes na formação: o objetivo do PSSM é formar socorristas e não prestadores de cuidados baratos. O socorrista não está habilitado a fazer um diagnóstico médico.
Não se trata portanto de formar prestadores de cuidados baratos, mas um programa como este, já percebemos pelos exemplos que deu, poderá significar a longo prazo maior eficácia no acesso aos cuidados, prevenção e, portanto, poupança na despesa pública em saúde mental. Que apoio tem sido dado por parte do Estado francês?
O apoio do Estado foi imediato, sem necessidade de lobby político. Ainda antes de terem sido iniciados os trabalhos de adaptação do programa de formação do MHFA, o Conselho Interministerial para a Saúde, presidido pelo primeiro-ministro, anunciou, a 26 de março de 2018, que “a formação de estudantes em primeiros socorros em saúde mental” seria uma das 25 medidas emblemáticas do programa nacional de prevenção sanitária. Em junho do mesmo ano, a ministra da Saúde incluiu esta medida no roteiro em matéria de saúde mental. O apoio do governo e dos serviços ministeriais da saúde tem sido constante. Em setembro de 2021, no encerramento da Conferência Nacional sobre Saúde Mental e Psiquiatria, o Presidente da República anunciou o objetivo de formar 60 mil socorristas em saúde mental até ao final de 2023. Estamos no bom caminho para atingir e talvez ultrapassar este objetivo. Outras instituições importantes como a Caisse Nationale d’Assurance Maladie e a Fondation de France foram também céleres no apoio a este projeto.
Qual é a avaliação global do programa por parte dos decisores políticos?
Os responsáveis pelas políticas públicas de saúde mental são muito favoráveis a este programa. A sua construção tranquiliza-os, uma vez que se alicerça na “medicina baseada na evidência” e todos os conhecimentos fornecidos na formação são validados por grupos quadripartidos compostos por académicos e investigadores, associações de pessoas que sofrem de perturbações mentais, associações de cuidadores (famílias) e profissionais de saúde. A União Europeia elegeu por duas vezes o PSSM como “boa prática” em matéria de saúde mental em dossiês apresentados pelos Países Baixos e pela Finlândia. Mas é demasiado cedo para fazer essa avaliação em França e o programa ainda não foi implementado em escala suficiente para medir o seu impacto no acesso aos cuidados.
Qual é a escala necessária?
Este programa só faz sentido se for aplicado a um número grande de pessoas e o impacto real só pode ser medido quando uma proporção significativa da população (pelo menos três a quatro por cento, ou seja, mais de dois milhões de pessoas, em França) tiver recebido formação em primeiros socorros no domínio da saúde mental.
Que conselhos daria às organizações portuguesas para a implementação de um programa semelhante em Portugal?
O programa PSSM só funciona em França há três anos e meio, não atingiu a velocidade cruzeiro e está muito longe de atingir os objetivos fixados. Seria um pouco presunçoso dar conselhos. Mas o PSSM França já aprendeu algumas coisas nestes primeiros anos, com o que tem funcionado bem e o que não tem.
O que é que tem funcionado bem?
A organização em dois níveis é fundamental. A PSSM France adapta os módulos de formação MHFA e forma os formadores e estes organizam-se livremente para formar os socorristas no cumprimento do conteúdo e da pedagogia. Isto funciona bastante bem, mesmo que o sistema seja um pouco pesado e a PSSM France devesse ter investido num sistema de feedback mais eficiente desde o início. Por outro lado, há quatro componentes que devem ser envolvidos no desenvolvimento do programa desde o início: associações de pessoas que sofrem de perturbações mentais, associações de cuidadores (famílias), profissionais de saúde e académicos e investigadores. Também é importante procurar o apoio das autoridades responsáveis pela saúde pública, antes de mais a nível nacional, porque se trata de um programa que diz respeito a todo o país. Uma vez obtido este apoio, é útil encontrar parceiros locais e regionais.
A questão da avaliação também é fundamental?
Sim, desde o início do programa, é necessário criar um sistema de avaliação da qualidade e do impacto social do mesmo. E, se o programa for bem recebido pela população, é também necessário pensar muito rapidamente em apoio e formação contínua para os socorristas e formadores. A PSSM França talvez não tenha conseguido antecipar completamente estes dois últimos pontos. É fundamental ainda comunicar massivamente utilizando todos os canais (meios de comunicação tradicionais, redes sociais, instituições…) Os intercâmbios com os nossos amigos suíços e luxemburgueses, por exemplo, foram muito enriquecedores. Não devemos hesitar em fazer o mesmo entre França e Portugal.
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