Quando estamos no escritório ou em casa de um amigo e ficamos sem bateria no computador portátil ou no smartphone, procuramos uma tomada elétrica e ligamos lá o aparelho. Não queremos saber se o fornecedor da energia é a EDP, a Endesa, a Iberdrola ou outro operador qualquer — é absolutamente indiferente. Só precisamos de saber que alguém se assegurou de que a energia que vai sair da tomada tem 220 volts e não 5.000 (a regulação/supervisão que evita que o aparelho expluda) e, de resto, não temos preferência por esta ou por aquela “marca” de energia elétrica.
Vai passar-se o mesmo com os bancos, avisa Edwin Van der Ouderaa, da Accenture. Ou, pelo menos, vai passar-se o mesmo com os bancos que não encontrem formas de inovar, reforçar a relação com um cliente moderno que “quer ir ao banco com tanta facilidade como vai ao Instagram” e que, muito brevemente, vai deixar de aceitar fazer uma transferência e o dinheiro só aparecer no dia seguinte ou pedir um crédito e estar vários dias ou semanas à espera.
O Senior Managing Director de FS Digital e Analytics da Accenture veio a Lisboa no final de maio, para participar no SAS Forum, onde deu uma palestra em que deixou um aviso: os bancos (e seguradoras) que não forem totalmente virados para os dados e que não trabalhem em tempo real não irão sobreviver aos próximos 10 anos. Em entrevista exclusiva ao Observador, confessa que, na verdade, acha que será menos de 10 anos, mas não quis assustar a audiência em demasia.
Veio a Lisboa, ao SAS Forum, dar uma apresentação com uma mensagem sugestiva: que só os bancos e seguradoras orientados para os dados digitais, a trabalhar em tempo real, “vão sobreviver à próxima década”. Os outros vão morrer?
Antes de começar a falar, na apresentação, admiti que era um título provocador, mas é realmente aquilo em que acredito.
Porquê?
Porque tenho visto a evolução dos últimos anos, todo e cada aspeto da nossa vida a tornar-se digital. E o desafio para as instituições financeiras é continuarem a ser relevantes num mundo mobile, em que já não falamos no home banking que fazemos ao domingo à tarde com um par de folhas ao lado do computador. Estamos a falar de um mundo em que, onde quer que se esteja, se vai ao banco com tanta simplicidade quanto a de se ir ao Instagram — em que se entra, se dá três toques no ecrã, e está feito.
O que quer dizer com a banca continuar a ser “relevante”?
Vamos ser sinceros: ninguém quer saber de bancos, ainda menos de seguradoras, ninguém quer saber como funciona um crédito. As pessoas querem é ter as coisas que lhes permitem fazer a sua vida — e na hora, se for possível. Eu não quero que o meu banco esteja sempre a melgar-me com ofertas comerciais que não fazem sentido para mim, sempre as mesmas, padronizadas, impessoais. Quero que o banco tenha uma conversa comigo, uma conversa que seja relevante e em tempo real, com bons conselhos que mostram que me conhece e que usa os dados que tem sobre mim de forma inteligente.
Dê-me um exemplo prático do que estamos a falar.
Imagine que encontro um corta-relva novo que estou a ponderar comprar. Vejo que custa 2.000 euros portanto talvez seja boa ideia comprar a crédito. Acho que consigo pagar, mas não tenho a certeza se a prestação vai ou não pesar em demasia no meu orçamento mensal. Bem, estou a pensar nestas coisas todas e, claro, não é hora de expediente, é sábado à tarde.
Quem é Edwin Van der Ouderaa?
↓ Mostrar
↑ Esconder
Edwin Van der Ouderaa é Senior Managing Director de FS Digital e Analytics da Accenture. Em termos mais simples — e com menos estrangeirismos clássicos das consultoras — é um dos mais destacados especialistas da Accenture em serviços financeiros e analítica aplicada à banca e finanças.
A experiência de Van der Ouderaa, nascido na Bélgica, na área das tecnologias de informação remonta aos anos 80, quando se tornou mestre em engenharia informática e se virou para o doutoramento em filosofia aplicada à teoria da informação eletrónica. Está ligado à Accenture desde o final dos anos 90, trabalhando de perto com o setor da banca e dos seguros. O trabalho desenvolvido nessa altura valeu-lhe o convite para participar nos trabalhos que levaram à criação da regulação de Basileia III, a partir de 2009.
Hoje vive em Londres, com a mulher, Smita Joshi, que é autora de livros de auto-ajuda.
Não pode ir ao banco…
Não posso ir ao meu banco. Ou, melhor, posso “ir” ao meu banco se for cliente do novo banco digital do Goldman Sachs, nos EUA (um banco que quer virar-se cada vez mais para o mercado do retalho, porque já há pouco dinheiro a ganhar na banca de investimento). Em poucos meses, o Goldman Sachs criou um sistema chamado “Marcus”, que é um banco totalmente digital virado para o crédito ao consumo — quando o mostro a presidentes de outros bancos, por vezes, ficam quase em choque com o que se consegue fazer.
Os banqueiros sentem que têm de investir mais para acompanhar essa tendência?
Os bancos investiram muito dinheiro na Internet, que foi importante, mas isso só criou uma “camada” eletrónica moderna em cima da tecnologia antiga, que são os mainframes [servidores centrais] gigantes que não conseguem acompanhar a instantaneidade que os tempos exigem. O grande investimento está por fazer, para acompanhar a inovação nesta área — é preciso novas arquiteturas que me respondam, de imediato, 24 horas por dia, e que me digam: “Aqui está o empréstimo, aqui estão as condições, aqui está a adequação ao seu perfil e se carregar neste botão tem o dinheiro na conta em segundos”. Essa é uma área cada vez mais importante: o crédito ao consumo para pessoas e pequenas empresas totalmente digital e em tempo real. Todos estão a investir nisso e daqui a dois ou três anos passará a ser a norma: crédito na hora, à distância de dois toques no smartphone.
Os bancos estão disponíveis para esse investimento?
Além de serem lentos, os mainframes foram caros e, apesar de serem pouco flexíveis e precisarem de muita manutenção, há quem não queira ouvir falar em mudar para sistemas novos. Portanto, a conversa que temos com os banqueiros é sobre o caminho que eles querem fazer para, gradualmente, abandonarem os mainframes monolíticos e avançarem para um sistema de IT [tecnologias de informação] que é mais simples, mais barato e capaz de se adaptar de forma mais ágil a funcionalidades em tempo real. No imediato, não se trata de acabar com os mainframes — o que algumas tecnologias fazem é fazer cópias instantâneas de tudo o que está na mainframe, como um clone, e trabalhar sobre esses “lagos de dados”.
Em que áreas da banca é que essa inovação está cada vez mais presente?
Onde já estamos a ver e vamos ver cada vez mais isso é na área do crédito ao consumo. Como dizia, nos próximos anos esta é uma área que se vai tornar totalmente digital, totalmente em tempo real, no momento.
E, além do consumo, noutros segmentos, como o negócio do crédito à habitação?
Acabará por passar-se o mesmo. Já existem sistemas para se poder tratar de um crédito à habitação a um domingo de manhã — porque é ao domingo de manhã que finalmente temos tempo para dar um passeio a pé pelo bairro, pensar na vida e encontrar uma casa que nos pode interessar. É quando estou com a minha mulher, na rua, à frente da casa — é nesse momento que eu pergunto quanto custa a casa. Na realidade, a pergunta que realmente quero fazer é “posso pagá-la”? O banco tradicional não vai responder a essa pergunta, naquele momento, porque está fechado — tenho de esperar por um dia de semana, encontrar tempo para ir ao banco. Na banca moderna, eu tiro uma fotografia da casa, com algumas informações sobre ela, e recebo em minutos uma oferta personalizada — vinculativa — do banco para um crédito à habitação.
Isso já acontece? Já estão a implementar sistemas como esse em alguns bancos?
Sim, em vários. Crédito à habitação em tempo real, que nos diz, naquele momento, se eu tenho ou não condições para comprar aquela casa. Sem perder tempo: antes de o encanto com a casa desaparecer, ou antes de a própria casa desaparecer [do mercado]. Com essa oferta vinculativa na mão eu posso tocar à campainha e mostrar ao proprietário: “Olhe aqui, eu tenho crédito para comprar a casa, não estou aqui só para fazê-lo perder tempo”.
Há negócios imobiliários que deixam de se fazer por razões onde a tecnologia pode ajudar?
Em Londres — e falamos de um mercado hipotecário altamente sofisticado — metade dos negócios imobiliários acaba por cair por terra porque, em 80% desses casos, o banco demora vários dias e acaba por decidir não dar o crédito. E durante esses dias a minha mulher e eu estamos a sonhar com aquela casa, o proprietário a sonhar com o dinheiro ou com a outra casa que vai comprar a seguir… Quando o banco recusa dar o crédito, o proprietário tem de voltar a pôr a casa no mercado, sujeito a ter de baixar o preço, e o comprador tem de voltar a iniciar todo o processo. Isto são exemplos de porque é que as coisas têm de ser feitas no momento. Tudo na nossa vida já é assim — mas a banca nunca deixou que isso também fosse a norma.
Mas vamos falar sobre o que é preciso haver (ou acontecer) para haver essa mudança. O que é essencial?
É necessário recorrer mais à análise de dados e a capacidades preditivas, para saber que pessoas vão querer o quê, em que momento. É preciso usar tecnologia para saber “personalizar” ofertas comerciais e para calcular o risco (de crédito) prévia e automaticamente. Os bancos estão sempre a fazer análise de risco de crédito a posteriori, ou seja, quando se pede um crédito, por exemplo. É idiota! Os bancos já conhecem a pessoa, porque é que precisam de fazer contas e incomodá-lo com formulários? É preciso mudar este paradigma e passar a usar a imensa informação que os bancos já têm sobre nós para nos serem oferecidas propostas comerciais de crédito, poupança e investimento personalizadas e relevantes.
É uma transição fácil de fazer para os chamados bancos tradicionais?
Não há muito tempo para recuperar o tempo perdido — basta ver que uma empresa como a Ant Financial (dona da Alipay) já vale 150 mil milhões de dólares e ainda nem intensificou a expansão para fora da China. Para os bancos mais tradicionais, esta não é uma transição fácil de fazer. Se estivermos a falar de um banco com “legado”, com uma mentalidade e uma cultura conservadoras, tecnologia obsoleta mas cara. O meu trabalho na Accenture é ajudar os presidentes dos bancos a preparar esse caminho que eles têm de percorrer.
Existe alguma inércia?
Sim, a inércia existe, mas a concorrência está a caminho. Um estudo recente mostrou que mais de 15% da receita em atividades bancárias já está a ir para novos players, para pequenos operadores fintech. E um dia destes entra no Reino Unido (e na Europa) o Marcus — que o Goldman Sachs construiu em nove meses, um banco totalmente digital, baseado no smartphone, e o levou de costa a costa. Imagine que aqui na Europa alguém com alguma dimensão monta um banco e no espaço de nove meses esse banco está a funcionar em toda a Europa.
É possível fazer o mesmo na Europa, em nove meses?
A tecnologia é perfeitamente escalável. É como o Uber, que tem apenas 100 pessoas a trabalhar em IT e serve o mundo todo. Qualquer alteração que queiram fazer, uma nova funcionalidade, isso é difundido em poucos minutos pelo mundo todo. Há uns anos, quando eu participava em introdução de novos software [os chamados processos de roll out], era preciso um exército de paraquedistas, uma operação caríssima que demorava dois ou três anos. E quando se terminava esse trabalho, o “novo” software já estava desatualizado e era preciso começar tudo de novo.
Falávamos da “relevância” dos bancos. Como é que os bancos se vão manter relevantes num mundo pós-PSD2, em que posso deixar de ter uma ligação tão frequente com o banco e posso permitir a outras entidades que não só agreguem informação sobre os meus saldos como desencadear pagamentos?
Julgo que vamos ter duas fases na adaptação a isso. Para já, os bancos estão a correr para estarem prontos, construir as API’s abertas (espécie de portais abertos que possam ser acedidos por terceiros, devidamente autorizados). Este é um exercício difícil porque boa parte dos bancos ainda são instituições monolíticas. Mas no contacto que temos com os bancos eles já começam a perceber que a PSD2 vai muito além dessa disponibilização de dados a terceiros — para os bancos isto pode criar muitas novas oportunidades de negócio, desde que estejam dispostos a repensar, fundamentalmente, o seu atual modelo de negócio.
Novas oportunidades? Tais como?
A banca das empresas é um exemplo. Um grande problema das empresas é que trabalham com vários bancos e há um grande esforço, da tesouraria e da administração financeira, só para saber onde é que o dinheiro está, a cada momento. Essa gestão, associada aos recebimentos de clientes e pagamentos a fornecedores, dá uma trabalheira. E que tal se pensássemos numa gestão multi-bancos para as empresas, com uma visão totalmente automática e agregada de tudo o que existe? Com a nova diretiva de pagamentos, a PSD2 (Diretiva dos Serviços de Pagamentos 2, ou DSP2), isso passa a ser possível.
A “nova” banca. O que quer em troca para dar acesso às suas contas?
Com a PSD2, Torna-se possível fazer coisas que antes não se conseguia?
Até agora os bancos acabam por jogar um jogo do prisioneiro com os clientes, em que os mantêm cativos dizendo que têm uma aliança entre uma instituição e outra e, portanto, se trabalhar connosco não vai ter problemas em movimentar dinheiro de um lado para o outro. Mas agora pode aparecer uma fintech que usa os dados da API livre que os bancos têm de criar e dá a esse cliente uma visão agregada de tudo. Os bancos já não podem valer-se de dizer: “Ah, nós é que temos os dados, eles estão connosco“.
Uma sondagem que li dizia que quase metade das pessoas ouvidas consideram que os bancos eram, basicamente, todos iguais. Vai passar a ser cada vez mais assim?
Agora o que vai passar a contar é a agilidade e a capacidade de fazer coisas inovadoras. Um banco ou uma fintech podem ter um conselheiro-robô até para as coisas do dia a dia, como comprar uma casa nova. Pense num cenário em que conversamos com um bot, como se fosse um chat com uma pessoa real, que até toma a iniciativa de contactar a agência imobiliária e reservar a casa para eu ir visitar. As máquinas conseguem fazer tudo isso e muito mais.
E, nesse contexto, o que é o banco, além do financiador?
O banco corre o risco de não ser mais do que o financiador, uma utility, como uma empresa de distribuição de energia. Quando vai a casa de um amigo e quer carregar a bateria do seu portátil, pergunta ao amigo onde está uma tomada que possa usar e liga a ficha. Ou seja, não quer saber se é a empresa a, b ou c [por exemplo, a EDP, a Endesa ou a Iberdrola] que vai disponibilizar aquela eletricidade — só quer ter a certeza de que há uma regulação que garanta que a tomada é de 220 volts e não de 5000, por exemplo, para o computador não explodir quando o ligar à ficha. Mais do que isso, não quer saber — portanto, os bancos têm de reagir, tornar-se relevantes, com uma oferta diferenciadora, ou arriscam transformar-se em utilities indiferenciadas.
Voltando à questão da inércia, mas noutra perspetiva: sente que os bancos estão a “esperar” que o grosso das pessoas continue a trabalhar com as soluções de sempre?
Há, em alguns banqueiros, a expectativa de que a inércia dos clientes seja suficiente para lhes durar até ao fim do seu mandato. E pode-se sempre ir fazendo algumas aquisições aqui e ali para poder dizer, nas festas de cocktail, que se está a investir em inovação. Mas a pressão, incluindo por parte de investidores ativistas, está a subir de tom, porque há quem saiba quão rapidamente as coisas estão a mudar e estão a perder a paciência. Os bancos já não podem ridicularizar o pequeno fintech porque ele tem uma vantagem que ele não tem: custos de expansão muito baixos e a capacidade de conseguir chegar a milhões de clientes muito rapidamente, com o estalar de dois dedos. E consegue dar aprovações de hipoteca em segundos, algo que o banco não consegue…
Já existe o "level playing field" que os bancos pedem
↓ Mostrar
↑ Esconder
Em qualquer fórum sobre fintech, é impossível não ouvir um ou mais banqueiros a dizerem que não têm receio da concorrência das novas empresas que querem entrar no negócio do banca, pela via do digital. Só pedem, então, que tanto uns como outros estejam sujeitos às mesmas regras de supervisão e regulação — o chamado campo de jogo equilibrado, “level playing field“. Edwin Van der Ouderaa defende que ele já existe.
“Eu participei na criação das regras de Basileia III, fizemos todas essas regras de capitalização e o que digo é que existe um campo de jogo equilibrado”, garante o responsável da Accenture.
“O problema é que, reconhecidamente, não é fácil criar um banco, porque as licenças bancárias custam dinheiro, é difícil conseguir essas licenças, é preciso mostrar a uma série de gente que sabemos como é que a banca funciona, depois é preciso capital — que é muito caro. Esse tem sido o grande obstáculo para estes bancos mais pequenos, protegendo os grandes dessa concorrência. Mas o que estamos a ver, sobretudo nos últimos dois anos, é que há algumas empresas com bolsos fundos — sejam bancos maiores ou grandes tecnológicas, algumas que já tinham licenças bancárias há muitos anos e não as usavam. Agora há muitos que estão a querer entrar neste negócio, que antes consideravam demasiado complexo”, acrescenta.
Bill Gates dizia que as pessoas precisam de banca mas não precisam de bancos. Isso ainda é mais verdade hoje?
Como dizia, as pessoas querem é aceder às soluções que o mundo financeiro lhes oferece para poderem ter as coisas que querem para a sua vida. Se precisam de bancos? Bem, sim e não. O que é necessário é uma estrutura de risco bem montada, um balanço de um banco, com capital e ativos capazes de transformar depósitos em crédito, gerindo o risco, e sobreviver a momentos de crise. Tem de haver muita regulação e é por isso que precisamos de bancos, essa continua a ser uma área da nossa vida em sociedade que é especial, até pelos riscos sistémicos. Se calhar, não precisamos do banco com fachada de mármore e um tipo de fato, mas vamos sempre precisar de uma estrutura complexa de gestão do risco.
Bill Gates também dizia que os bancos são dinossauros e podem ser contornados…
Sim, isso é uma declaração que pode ser verdade para muitas empresas, em muitos setores.
Mas há muitos dinossauros na banca europeia?
Não uso a expressão porque não quero que o departamento de marketing se zangue comigo. Mas há muitos bancos sob pressão para extrair valor das operações e remunerar os acionistas. Estão sob pressão para vender operações, fazer fusões, sinergias que acelerem a sua transformação. Há muitos bancos na Europa que estão nessa fase — e o que eu lhes digo é que o melhor é antecipar o mais possível esse trabalho e definir uma estratégia positiva de negócio, evitando cair em pensamentos de que está tudo condenado, porque não está.
Não está?
Não. Nunca houve tanta procura no mundo por serviços financeiros. Mas têm de ser serviços financeiros modernos, não os antigos. E cabe às lideranças dos bancos saber fazer dessa uma transformação positiva, não falando de riscos mas sim daquilo que é preciso fazer para ser um dos sobreviventes, um dos bem sucedidos.