[este artigo foi originalmente publicado em outubro de 2016 e atualizado depois da morte de Diego Armando Maradona, a 25 de novembro de 2020]

Argentinos Juniors: o nascimento de uma estrela

Há um jogo mítico, além do da estreia. Antes de um Argentinos-Boca, em 1980, o excêntrico guarda-redes Gatti atira-se a Diego. “É só um gordito com uma bola nos pés.” Maradona, então com 18 anos, promete quatro golos. Sim, q-u-a-t-r-o. E cumpre: um de penálti, outro de bola corrida e dois de livre direto.

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O primeiro título mundial (sub-20)

Maradona em ombros, ora aí está uma cena comum na sua vida. A Argentina ganha o Mundial do Japão. Revoltado por não ter sido chamado ao Mundial sénior de 1978, Maradona mostra-se ao mundo pela primeira vez e faz seis golos, um deles na final vs URSS. Óbvio, é considerado o melhor jogador da competição.

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Campeão argentino no Boca Juniors

Um ano a jogar na Bombonera garante-lhe o único título de campeão argentino. Dois depois de assinar (23 Fevereiro 1981), marca dois golos na estreia, ao Talleres. No primeiro superclássico com o River Plate, marca um golo icónico ao ultrapassar o central Tarantini e o guarda-redes Fillol com uma classe do além.

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Esse aí é o cara, diz Ardiles

Maradona joga quatro Mundiais. O primeiro é o de 1982, em Espanha. Na estreia, perde com a aaaarghhhh Bélgica. No segundo jogo, marca dois golos à Hungria e apaga-se. Sem chama, ainda aguenta a duríssima marcação de Gentile antes de ser expulso com o Brasil, por falta sem bola sobre Batista.

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Que golo à Itália

Quando se juntam as palavras Maradona e México, a memória leva-nos para o bis à Inglaterra. Atenção, muita atenção: ele também marca dois à Bélgica, nas meias-finais. E ainda assina um outro golo, de categoria extraterrestre, vs Itália. Todo no ar, marcado por Scirea, mete a bola ao segundo poste. F-e-n-ó-m-e-n-o.

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Um Deus em Nápoles

No dia da apresentação, a 5 Julho 1984, qualquer coisa como 75 mil pessoas enchem o estádio San Paolo. “Chegou o nosso salvador”, dizem (e acreditam) os adeptos. Em sete anos de convivência com o argentino, o Nápoles é bicampeão italiano e ainda ganha uma Taça UEFA, uma Taça de Itália e uma Supertaça italiana.

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O doping no Mundial EUA 94

O regresso à seleção, a histeria coletiva e o golo à Grécia, numa jogada sublime, toda ela ao primeiro toque, indiciam uma Argentina superior. Só que Maradona acusa positivo no controlo anti-doping vs Nigéria e é expulso a meio do Mundial-94. Os argentinos perdem os dois jogos seguintes, com Bulgária e Roménia.

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Os altos e baixos do Mundial 2010

A federação argentina aposta n’Ele para o cargo de selecionador na qualificação do Mundial-2010. O apuramento é obtido no último jogo e é célebre a entrada de Maradona em campo para festejar o golo decisivo. Na África do Sul, a Argentina acumula quatro vitórias seguidas antes de ser abalroada pela Alemanha (4-0).

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As Ramblas em Barcelona

Anote aí: 26 Junho 1983. É o dia em que os adeptos do Real Madrid aplaudem pela primeira vez um jogador do Barcelona, durante o clássico. O jogo é para a Taça do Rei e Maradona ultrapassa o guarda-redes Agustín antes de dar um drible memorável sobre Juan José (o defesa bate contra o poste) e marcar o golo.

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O amigo Ardiles (parte 2)

Um mês antes do Mundial-86, o bom do Maradona faz um desvio e visita Londres para participar na despedida do compatriota Ardiles. Com a camisola 10 do Tottenham (cedida por Glenn Hoddle), faz de tudo, até um cruzamento-pontapé de bicicleta. Aplausos, aos montes. É o último momento de empatia com ingleses.

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