Gasta demasiado dinheiro
“Será que dá para a Meghan parar de gastar tanto dinheiro em roupa? Ela gasta mais do que qualquer outra pessoa” @upcycledpink
A revista Marie Claire cita pesquisa do site Love the Sales para noticiar que a Duquesa de Sussex gastou mais de 575.000 euros só no guarda-roupa para a maternidade, um terço do qual foi gasto em joalharia. Segundo a mesma fonte, em média, cada um dos seus looks durante a gravidez terá custado 7.450 euros. No total, o seu guarda-roupa de grávida, “foi oficialmente sete vezes mais caro do que o que de Kate”, compara a publicação – mas voltemos a esta comparação mais abaixo. Meghan Markle não tem uma stylist oficial a escolher o seu guarda-roupa para os muitos compromissos oficiais a que tem de ir, desde visitas de estado a jantares de gala, por isso é fácil apontar o dedo a Meghan e falar de opulência e gasto, sobretudo quando esse gasto é pago pelo contribuinte, neste caso, o Príncipe de Gales que é oficialmente responsável pelos gastos dos seus filhos e noras. Durante todo o ano de 2018, é estimado que o guarda-roupa de Meghan tenha custado meio milhão de dólares, ou seja, mais de 450.000 euros, fazendo da Duquesa de Sussex a figura do clã real a gastar mais dinheiro em roupa. Por mais estapafúrdia que a quantia possa parecer, o site Cheat Sheet levanta questões pertinentes quando explica que “Meghan é um novo membro da família real” e que quando se tornou duquesa “as suas roupas precisaram de um upgrade para estarem ao nível de uma pessoa da sua posição”. O tempo dirá se foi apenas um boost inicial ao guarda-roupa ou um novo hábito.
É uma celebridade (não é da nobreza)
“Estou super confusa (emoji de mulher a dizer que não sabe). Não confio de todo na Meghan. Acho que tudo o que ela faz é por fama e publicidade. Ela comporta-se como uma celebridade, não como uma duquesa” @marta.ahlgren
Em Fevereiro, Jay-Z e Beyoncé receberam o prémio de Melhor Grupo Internacional nos Brit Awards, os prémios de música britânicos. Não podendo estar presentes, os The Carters gravaram um vídeo em que recriaram o momento em que a dupla está diante do quadro da Mona Lisa durante o vídeo de “Apeshit”, mas, em vez do célebre sorriso misterioso, dentro da moldura desta vez estava um mui nobre retrato de Meghan Markle. O mesmo retrato seria depois partilhado no Instagram de Beyoncé onde a Queen B explicou que “a propósito do Mês de História Negra”, tinham decidido “curvar-se diante de uma das nossas ‘Melanated Monas’”, entenda-se monarcas com melanina, o pigmento da pele humana. O post acaba com desejos de felicidade e congratula a Duquesa de Sussex pela gravidez. Receber um shoutout dos The Carters, ter George Clooney e Oprah como convidados no seu casamento, passar fins-de-semana no castelo de Elton John na Riviera francesa, tudo coisas que a grande maioria dos comuns mortais consegue apenas sonhar com que, no entanto, Meghan Markle conseguiu realizar. E, se por um lado parece um conto de fadas, está muito longe de ser o típico diário de uma princesa de verdade. O contraste é notado e tomado contra a Duquesa de Sussex.
É uma alpinista social
“O topo deste pau de sebo. [Meghan] não enriqueceu do dia para a noite, (teve educação privada e o patife do pai ganhou um Emmy por direção de iluminação), mas este farol para a mudança vestido por Ralph & Russo encontrou um papel que lhe assenta na perfeição: uma durona de tungsténio para arrastar a família real para o século XXI” @Tatler
Na tradução do inglês perde-se algum do requinte malicioso, mas continua ainda assim a acidez da descrição que a revista britânica de moda e sociedade Tatler faz da Duquesa de Sussex ao elegê-la como a sua alpinista social do ano – à frente de Jerry Hall que em 2016 casou com o magnata dos media Rupert Murdoch, então com 84 anos, e John Bercow, o speaker (presidente) da Câmara dos Comuns de Westminster. Para além dos comentários depreciativos ao pai e à sua escolha de designers de moda, a revista ridiculariza aqueles que veem em Meghan uma lufada de ar fresco para uma instituição tão conservadora como a Família Real Britânica. E, por falar em conservadora, a Tatler – estabelecida em 1901 e dirigida à chamada “classe alta”- é propriedade do poderoso grupo editorial Condé Nast. Entre os muitos outros títulos que a Condé Nast possui, está a Vogue inglesa cujo número de setembro foi co-editado por nada mais, nada menos que Meghan Markle. Foi a primeira vez na história que um membro da família real participou num projeto deste género. E ainda que a Duquesa de Sussex tenha recusado estar na capa, não escapou às acusações de sede de protagonismo.
É uma má mãe
“Uma pessoa que abandona o seu filho de quatro meses para ir para o outro lado do mundo assistir a um jogo quando podia simplesmente vê-lo em casa com o seu bebé não é uma boa pessoa, muito menos uma nobre. Desculpem-me, mas os boatos de narcisismo e alpinismo social batem certo” @marbellaspain
No dia 6 de setembro, exatamente quatro meses depois de ter dado à luz, Meghan decidiu viajar até ao outro lado do oceano para apoiar Serena Williams na final do US Open. É mais do que sabido que a Duquesa de Sussex e a rainha do ténis são amigas chegadas. Foi Williams que organizou o famoso baby shower em Nova Iorque que, segundo a Vanity Fair, terá custado mais de 180.000 euros – por si só uma razão para os britânicos não gostarem de Meghan. Mas, voltando ao US Open, Serena Williams foi derrotada por Bianca Andreescu de apenas 19 anos no sábado e, no dia seguinte, Meghan regressou a Frogmore Cottage e a Harry e ao bebé Archie. Diferentes meios de comunicação social afirmaram que Meghan está a amamentar, mas não há nenhum documento oficial que o comprove – a família real por norma não discute pormenores tão íntimos. Ainda assim, a viagem de Meghan aos EUA levou algumas mulheres a criticar a Duquesa de Sussex por se separar do filho pequeno. Provavelmente, o mesmo tipo de senhora que considera que uma mulher que vai de férias sem o marido ou que usa uma saia acima do joelho é uma adúltera.
É hipócrita
“Basta de sermões sobre alterações climáticas. Ações valem mais do que palavras” @vintage_thrifted_jewellery
No início de agosto, os Duques de Sussex foram de férias pela primeira vez depois de se terem tornado pais. A ocasião era o aniversário de Meghan que celebrou 38 anos a 4 de agosto e a pequena família decidiu ir passar uns dias a Ibiza. Até aqui, tudo bem. A história começa a complicar-se quando lhe acrescentamos contexto. Se é de esperar que membros da família real se desloquem no maior dos luxos, também é esperado que as pessoas estejam à altura do que pedem aos outros. Como perguntou o jornal britânico The Guardian, “Deve uma pessoa usar um jato privado para ir fazer campanha pela crise ambiental?” A resposta é não, mas foi exatamente isso que Harry fez quando, dias antes das férias para Ibiza, foi até à Sicília para estar presente no Google Camp onde discursou descalço perante um público de poderosos empresários e celebridades sobre os desafios das alterações climáticas. O episódio foi comparado à luz do exemplo de Greta Thunberg, a ativista sueca que foi num veleiro ecológico até à Conferência da ONU em Nova Iorque e alastrou comentários e críticas de hipocrisia nas redes sociais. O mês de agosto acabaria por ser desastroso para a credibilidade dos Duques de Sussex – e para a qualidade do ar – que optaram por viajar de jato privado quatro vezes em 11 dias, um meio de transporte onde a quantidade de carbono produzida por passageiro é cerca de dez vezes maior do que num voo comercial.
É uma sombra da Kate
“A Kate é muito mais nobre e digna do que a Meghan que não passa de uma celebridade de baixo gabarito mimada” @bob33013
O que é que começou primeiro, a comparação entre Kate e Meghan ou os rumores de que havia tensão entre os “Fab Four”, como a imprensa inglesa gosta de se referir ao conjunto dos Duques de Sussex e Duques de Cambridge? A questão é um pouco como perguntar o que veio primeiro, se a galinha, se o ovo. Meghan, uma norte-americana com uma carreira na indústria do entretenimento, divorciada, não tem muito em comum com um típico membro da Família Real Britânica. Durante a sua primeira visita oficial à África do Sul, a Duquesa de Sussex apresentou-se como “mãe, esposa, mulher de cor e irmã” acentuando o seu lado humano numa tentativa de criar empatia com as pessoas a que se estava a dirigir. Meghan está mais próxima da pessoa comum que qualquer outra pessoa da família real e sabe transformar essa desvantagem numa qualidade. Pelo contrário, Kate cresceu entre a mais alta classe da sociedade britânica e representa perfeitamente o que se esperaria de uma futura rainha da Grã-Bretanha, desde o seu comportamento até à sua aparência – com exceção dos sapatos de cunha que Isabel II tanto detesta. Sendo tão diferentes, é normal que Kate e Meghan polarizem diferentes tipos de fãs que pelas redes sociais regularmente comparam uma em detrimento da outra. A esta tensão junte-se a imprensa que, seja tablóide, seja revista feminina, tanto contribui para um clima de desconforto entre as duquesas.
A Meghanmania e o primeiro bebé de uma nova era para a família real britânica
No ranking de popularidade anual realizado pelo Yougov, publicado em agosto, Meghan ocupa a sexta posição no top de membros da família real mais populares, com apenas 46% dos inquiridos a ter uma opinião positiva sobre a Duquesa de Sussex. Harry pode ocupar a segunda posição no coração dos britânicos – depois da Rainha – mas perdeu 6 pontos desde o ano passado, tendo agora uma aprovação de 71%. A nobre mais popular depois da Rainha é Kate, que mantém a sua quarta posição inalterada com 63% do público a ter uma opinião favorável sobre ela. Na batalha da popularidade, a Duquesa de Cambridge sai vitoriosa.
Quer a sua privacidade
“Dá para ver o quanto o Harry e a Meghan são egoístas pela decisão de não partilhar fotos do seu bebé tal como os seus amigos Clooneys! Nobres de verdade não são egoístas… Veja-se a Kate e o William!!” @cindyrella_2020
É comum que o público sinta algum direito sobre a vida das pessoas famosas. Tanto da vida de uma celebridade é vivido publicamente que quando algo é resguardado os fãs sentem que estão a ser enganados. A mudança dos Duques de Sussex para a Frogmore Cottage marcou um afastamento do resto da família real e deixou bem claro que Harry e Meghan querem alguma privacidade. Este, “difícil truque de equilibrismo” entre os deveres de um nobre e a sua vida privada, como lhe chamou Harry, não foi muito bem recebido por alguns membros do público que acreditam que a falta de privacidade é o preço a pagar pelo extraordinário estilo de vida. Sobretudo, quando esse estilo de vida é financiado pelos impostos que todos os contribuintes pagam – recorde-se que só a remodelação da Frogmore Cottage que antecedeu a mudança dos Duques de Sussex custou de 2.7 milhões de euros. Não é só o público que vê o excessivo recato de Meghan e Harry como uma chapada na cara. Num artigo para o The Telegraph, a jornalista Celia Walden defende que “Meghan não pode exigir privacidade para o bebé Archie enquanto pede ao público para pagar o estilo de vida da sua família”. O batizado real foi realizado em privado, deixando especulação em torno dos pormenores. Desde que nasceu, apenas meia dúzia de fotos do bebé Archie, atualmente o sétimo na fila para o trono, foram partilhadas com o público, algo que Walden defende que “longe de acalmar o interesse público, serviu claro para o espicaçar”. Algo que “seria de esperar que Meghan, uma ex-actriz, soubesse”, remata. E com quem é casada Celia Walden? Nada mais, nada menos que Piers Morgan.
Deixou o Piers Morgan pendurado
“Meghan Markle é uma arrivista sem escrúpulos que conseguiu o papel da sua vida e está determinada a tirar desta oportunidade tudo o que puder – e é por isso que o Palácio se está a virar contra ela” @Piers Morgan
Muito antes de a Tatler ter coroado a Duquesa de Sussex como a “top social climber”, ou em bom português, a arrivista de maior sucesso entre todas as pessoas dispostas a tudo para chegar onde querem, já Piers Morgan lhe tinha dado o título. Desconhecido da maior parte do público português, Piers Morgan é uma personalidade televisiva célebre no Reino Unido onde é um dos apresentadores do programa Good Morning Britain. Antes de começar a sua carreira na televisão, Morgan foi jornalista e editor de vários tablóides britânicos, onde deixou clara a sua predileção pelo partido Conservador e o seu gosto por afirmações incendiárias. Num artigo para o Mail online, em Dezembro de 2018, Morgan descreveu em pormenor a sua experiência pessoal com Meghan Markle explicando aos ingleses o significado da palavra “ghosted”. “Se o termo ghosted não lhe é familiar, trata-se de quando alguém que você pensou que era um amigo de repente deixa de comunicar de todo consigo, com zero aviso prévio”. De acordo com Morgan, ele e Meghan trocaram mensagens privadas durante meses até que, um dia quando a atriz estava em Londres para apoiar Serena Williams em Wimbledon, decidiram ir tomar uma cerveja e encontrar-se pessoalmente. “Tivemos uma conversa muito agradável durante cerca de 90 minutes e depois chamei-lhe um táxi”, escreve Morgan que em tom dramático remata a história com “ela conheceu o Príncipe Harry durante o jantar nessa noite, saiu só com ele na noite seguinte e eu nunca mais ouvi nada dela. Pensei que éramos amigos, estava enganado”. Desde então, Morgan continua regularmente e publicamente a expressar o seu azedume contra a agora Duquesa de Sussex na televisão britânica.
Vem de uma família problemática
“Porque é que não mandas fotos do teu filho ao teu pai? Humilhas o teu pai obrigando-o a mendigar! (emoji de cara zangada)” @ilonamajercsik
Entre os cerca de mil convidados para o casamento de Harry e Meghan, estava apenas um membro da família da noiva, a sua mãe, Doria Ragland. A Duquesa de Sussex tem claramente uma relação muito chegada com a mãe que, segundo os media, é a única pessoa em que sente que pode confiar, sobretudo no que toca a cuidados com o seu novo bebé – os Sussex tiveram mais de três nannies diferentes em quase cinco meses. Mas, por melhor que Doria seja, o seu destaque vale tanto ou mais pelo mau que o resto da família de Meghan é. A começar pelo meio-irmão,Thomas Markle Jr, que escreveu uma carta a Harry antes do casamento avisando-o de que casar com Meghan seria “o maior erro da história da nobreza” até ao pai que encenou uma sessão fotográfica pré-casamento para fazer dinheiro, passando pelo sobrinho traficante de droga depois da meia-irmã que vai lançar um livro sobre a sua relação com Meghan, com quem não fala há uma década.
“Arch meets Archie”. Filho de Harry e Meghan conhece o Nobel da Paz, Desmond Tutu
O circo mediático criado pelos Markle é embaraçoso pela constante tentativa de lucrar com a relação com Meghan, mas desgastante pela sua continuidade. Ainda este verão, a partir da sua casa no México recheada de canecas e outra quinquilharia celebratória do casamento da filha, Thomas Markle em entrevista ao Daily Mail achincalhou os duques de Sussex que apelidou de hipócritas e novamente pediu para ter uma foto do neto, que nunca conheceu.
Não obedece à tradição
“Estou farta de a ver a fazer o que quer e a vestir só preto, azul e branco. Ela precisa de se submeter à Família Real. A Meghan sabia no que se estava a meter em termos de regras e disciplina. Não desrespeites a Rainha e a Coroa” @sherrysetzer
Ainda antes de se casar com Harry, começaram os sarilhos porque Meghan não usava collants. Andar de pernas desnudas pode parecer a coisa mais simples e normal do mundo, mas não segundo o protocolo da Família Real Britânica, também conhecido como a lista de gostos e desgostos de Isabel II. A Rainha, por exemplo, acha que as senhoras da nobreza não devem usar vernizes de unhas de cores berrantes, como o preto que Meghan usou durante a sua aparição nos British Fashion Awards em 2018 – Sua Alteza Real gosta de tons nude e o seu verniz preferido é Ballet Slippers, da Essie. Pelo contrário, a Rainha aprecia cor na indumentária e é famosa pelos seus combinados “colour block” em cores vibrantes como atesta o livro Our Rainbow Queen, lançado este ano pela jornalista Sali Hughes. A Duquesa de Sussex, pelo contrário, prefere vestir tons neutros. Moda à parte, o verão de 2019 viu a Família Real juntar-se como é tradição no Palácio de Balmoral, na Escócia, considerado o refúgio de Isabel II. Mas nem toda a família marcou presença já que os Duques de Sussex recusaram o convite da Rainha, preferindo passar férias em Ibiza e no castelo de Sir Elton John no sul de França. Uma ofensa para a Rainha? Muitos dirão que sim.