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Carpool Autárquicas com Basílio Horta: "Não me venham cá com independências, para não enganar o eleitorado"

Basílio Horta entrou no Carpool Autárquicas do Observador e deu uma volta por Sintra, onde se recandidata. Mais de uma hora de trajeto sem batidas. Choques frontais só mesmo com Marco Almeida.

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“Então esta é que é a máquina?”. Dez da manhã, Basílio Horta chega, pontual, para a entrevista a bordo do carro do Observador e curioso com a parafernália instalada no pequeno Smart que se prepara para levar o presidente e recandidato à Câmara de Sintra numa volta pelo concelho. Quatro câmaras instaladas, microfones, tudo para captar mais de uma hora de conversa ao volante, num percurso que começou no edifício da Câmara, mesmo na Vila, passou por Algueirão, Mem-Martins, Mercês, Rio de Mouro, Cacém, meia IC19 (até ao Amadora Sintra) e de volta ao centro histórico.

Basílio Horta mora em Lisboa, ou dorme em Lisboa e vive em Sintra, como prefere dizer. Vai ao contrário de grande parte dos residentes no concelho, que trabalham em Lisboa e dormem em Sintra. Garante que demora não mais de 15 minutos (sem acidentes) a chegar à Câmara diariamente, pelo historicamente caótico IC19. Insiste que não residir por ali “não faz diferença nenhuma” e até se inquieta com a pergunta. Durante a conversa vai revelando pequenas indignações. A maior de todas é com o seu adversário mais direto: Marco Almeida.

É o candidato do PS à Câmara pela segunda vez consecutiva, mas continua a ser um independente. O homem que ajudou a fundar o CDS não é do partido de Mário Soares (até concorreu contra ele, nas presidenciais de 1991), mas foram os socialistas que o desafiaram a representá-los em Sintra, em 2013. Repete a dose agora, com o PSD mais organizado do outro lado do que há quatro anos.

A campanha está a ser “muito agressiva”

Em 2013 ganhou por uma margem de 1.700 votos para Marco Almeida, o candidato independente que saíra do Executivo de Fernando Seara e rompera com o PSD por o partido ter escolhido outro candidato autárquico (Pedro Pinto). Agora volta à carga, mas com o apoio social-democrata. Basílio está desconfiado, mostra-se mesmo agastado por considerar que esse apoio do partido está a ser escondido por Marco Almeida que continua a apresentar-se como independente. A conversa sobre o rival surge quando passávamos pela rotunda da Cavaleira e o autarca vê um cartaz seu rasgado: “Olhe aqui…”.

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Tem muitos outdoors, este está rasgado.
O que é que quer, temos uma oposição muito pouco civilizada…

Mas tem muitos outdoors?
Nem por isso.

"O Dr. Marco Almeida é indicado pelo PSD numa coligação. Há uma diferença muito grande e não vale a pena enganar as pessoas, isso é uma coisa feia"

Vi alguns, na entrada de Sintra e em muitos locais. É um investimento que ainda faz sentido em campanhas eleitorais?
Tenho alguns, sim. Tenho muito menos do que Marco Almeida. O que faz algum sentido. Não pôr outdoors nenhum era uma prova de alguma arrogância e eu não quero.

Mas arrogância porquê?
É entendido assim. Há uma campanha eleitoral, é normal em Portugal e em todo o mundo que haja alguns cartazes. Nós pomos meia dúzia, não é muito, e como sabem tem lá o símbolo do PS.

O PS faz o financiamento?
Com certeza. Modesto, mas faz. Como o financiamento do Dr. Marco Almeida é seguramente feito pelo PSD, de quem ele é candidato. Ele é candidato indicado pelo PSD. Não me venham cá com independências, para não enganar o eleitorado. Quis pôr o nome “Sintrenses com Marco Almeida” à coligação, e o Tribunal Constitucional negou essa possibilidade. Não acho isso correto.

Porquê?
Porque o candidato indicado por um partido é um candidato indicado pelo partido.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Da última vez que se candidatou também disse ser um candidato independente apoiado pelo PS.
Pois claro, o que não pode dizer é que é independente. Quando se candidatou a última vez recolheu assinaturas, isso é um candidato independente. O Vistas é um candidato independente. O Isaltino é um candidato independente. O Dr. Marco Almeida é indicado pelo PSD numa coligação. Há uma diferença muito grande e não vale a pena enganar as pessoas, isso é uma coisa feia. Dizer que é independente como da última vez é mentira. Normalmente não costumo falar, mas a mentira é uma coisa que me incomoda. Ir à televisão dizer que a dívida da Câmara é de 30 milhões, quando o Dr. Marco Almeida sabe que são 12,5 milhões, estão lá 23 milhões mas ele sabe que uma parte é para o fundo municipal de solidariedade. A dívida bancária são 12 milhões e a fornecedores 300 mil euros. A mentira não é uma boa conselheira.

“Sei lá o que é ser rico”

Por esta altura já demos mais voltas do que o inicialmente previsto, uma saída de rotunda falhada, um pequeno desvio (no percurso estabelecido pelo Observador) para o autarca mostrar qualquer pormenor. O lugar é estreito, mas Basílio Horta não pára, mexe-se de um lado para o outro, vai dando toques no ombro para chamar a atenção de qualquer coisa, na conversa, na estrada ou nas ruas. Muitas vezes interrompe mesmo de repente o raciocínio para mostrar obra nas ruas do concelho por onde o carro vai passando. Garante que “trabalha 12, 13, 14 horas” e que o faz “com um gosto enorme”, embora, entre tudo o que já foi na política, seja outro o tempo que mais o marcou. Mas já lá vamos. Aqui a conversa ainda vai nos adversários em Sintra e numa campanha que ainda não começou e de que já tem queixas.

https://observador.pt/videos/carpool-autarquicas/os-melhores-momentos-do-carpool-autarquicas-com-basilio-horta/

Um texto escrito por um jornalista (foi jornalista da SIC), Carlos Narciso, apoiante de Marco Almeida, dá conta de um aumento do património de Basílio Horta desde o momento em que entrou para a AICEP até depois de ter saído. O autarca nega tudo, indigna-se com o que diz ser um “ataque soez” de quem não tem “um projeto, uma proposta”. Não nega que “tem dinheiro” — porque “herdou”, “ganhou”, “trabalhou” –, na Câmara não recebe ordenado porque optou por receber a reforma (é proibida a acumulação de pensões com salários da função pública), e até estranha que a sua vida “seja posta no espaço público”. O texto a que nos referimos tem como título “o autarca rico”. “Sei lá o que é ser rico”, atira o autarca em causa.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

A campanha esta a ser agressiva da parte do PSD?
Muito agressiva.

Aqui há uns dias queixava-se de uma notícia sobre os seus rendimentos.
Claro, acha normal?

Não sei se é normal. Houve uma alteração? As notícias falam de um acréscimo de património em 7 milhões e euros entre 2010 e 2013.
Isso é mentira. Totalmente falso. É uma mentira que vai ser objeto, na altura própria, de queixa crime. Acha normal que, sem nenhum motivo, a vida privada e a vida de uma pessoa seja posta no espaço público?

De um político, não acha isso normal?
Claro que não. Alguma vez se viu a fortuna de Mário Soares ou de Sá Carneiro?

Muitas vezes se falou no financiamento da Fundação Mário Soares ao longo dos últimos anos.
Mas qual é a fortuna, quantos depósitos a prazo teve? Que património? Isso não tem sentido. Todos os meus atos são escrutinados. Todos. Todos aos longo de 40 anos de vida pública. Não tem sentido. Agora evidente que tenho dinheiro, sou independente. Eu não ganho um tostão na Câmara, sou totalmente independente, é verdade. Porque herdei, porque ganhei, porque poupei. Tenho uma vida normalíssima.

É um autarca rico?
Eu sei lá o que é ser rico. Não tenho dívidas e sou independente, não dependendo nem de grupos económicos, nem de ninguém a não ser da minha família e dos meus munícipes. Isso é um ataque soez. E todos os dias sou difamado, injuriado. Como não há um projeto, uma proposta… É o ataque ao homem. Quando não há projetos ataca-se as pessoas. É uma coisa triste e eu lamento imenso ver o PSD e o CDS, que ajudei a fundar, não se demarcarem disso. Que o Dr. Marco Almeida não se demarque já se percebeu… são a cara da mesma campanha. Agora o PSD, o CDS…

Aqui mostra especial mágoa. “Fico mais triste, eventualmente”, diz quando lhe perguntamos se leva especialmente a peito que o partido que fundou em 1974 esteja nesta frente.

Aliás, entre uma curva e outra, entre as pequenas vivendas típicas de Mem-Martins, aos 73 anos, Basílio Horta desabafa que já foi “praticamente tudo na política”. E o que gostou mais de fazer? “Ajudar a fundar o CDS. Gostei muito. Era uma altura em que era necessário fazer a diferença. Foi preciso uma coragem enorme, do Adelino Amaro da Costa e do Diogo [Freitas do Amaral] para fazer a diferença. Nós não éramos de esquerda, éramos democratas cristãos. Aliás é o que eu sou e tenho-o dito sempre”, “o CDS é que o deixou de ser”. Mas logo se fecha em copas, sobre o CDS de hoje. “Não gosto de fazer uma análise crítica do CDS porque é sempre muito subjetiva. Uma pessoa nunca se desprende daquilo que criou”.

"Eu sei lá o que é ser rico. Não tenho dívidas e sou independente, não dependendo nem de grupos económicos, nem de ninguém a não ser da minha família e dos meus munícipes"

Promessas: “Daqui a um ano o investimento vai ser brutal”

A sua vida política tomou conta da conversa, mas é tempo de olhar para fora do vidro. Basílio Horta não gosta quando apontamos o (des)ordenamento do concelho, bem visível quando descemos uma rua principal da Tapada das Mercês. Mas acaba por admitir o “excesso de construção”, embora acrescente logo de seguida que a sua gestão está a “corrigir”essa situação, “através de parques urbanos”.

E aqui dispara com a sua doutrina: ” Recuperámos na Rinchoa, na Riba Fria, o Parque da Quinta da Fidalga. Em Belas recuperámos a Quinta também. Temos tentado dar a esses centros urbanos sítios de lazer. E temos o Eixo Verde-Azul. Vamos fazer na Carregueira um dos maiores parques urbanos da área metropolitana de Lisboa, maior do que esse só o de Monsanto”, promete acenando com este mega-investimento: “É de lá que vai sair o eixo Verde-Azul, um conjunto de 11 milhões de investimento num eixo que vai dali até ao mar. Amadora, Oeiras e o Sintra Monte da Lua“. E ainda outro: “Daqui a um ano o investimento vai ser brutal. Em estradas estamos a investir 10 milhões de euros. É para isso que queremos o dinheiro”. A partir daqui passa a fazer questão de apontar cada obra, grande ou pequena, com que o carpool do Observador se vai cruzando nas ruas: “Vê aqui, tão bonito”.

Os residentes daquela localidade reclamam estas infraestruturas há 20 anos e, nesse ponto, a obra (ou a promessa dela) aparece junto das eleições. A oposição queixa-se, sobretudo referindo o novo hospital de Sintra, que vai nascer até 2021 na Cavaleira. Basílio responde: “Não têm razão nenhuma. Começámos a fazer no terceiro ano do mandato“. Quando chegou à Câmara, garante, “não tinha um único projeto em cima da secretária”, dando a ideia de uma autarquia parada. Agora diz que se recandidata para “colher os frutos” que diz ter semeado nestes últimos 4 anos.

"É preciso ter esse cuidado, quando se fala em descer impostos. No IRS temos de ter muito cuidado"

Passámos junto ao terreno do novo hospital, mas Basílio Horta vai tão lançado a elencar os problemas que herdou do seu antecessor, o social-democrata, Fernando Seara, que nem trava:

O primeiro ano de mandato foi pôr a casa em ordem, fazer as poupanças necessária para poder investir a seguir (…) Era dinheiro que estava a ser mal gasto. Tivemos de encerrar três empresas municipais, que davam 14 milhões de euros de prejuízo por ano. Foi um processo muitíssimo longo e lento, internalizámos 538 pessoas, não despedimos ninguém. Em quatro anos, foram mais de 50 milhões que não foram gastos. Tivemos de acabar com 25 avenças que entendíamos que não eram necessárias.

Sabe para onde estamos a ir? A zona do novo hospital…
Sim, a Cavaleira. E também do grande parque urbano. Mas deixe-me contar: também pagámos as dívidas, poupámos 4 milhões de euros em serviço de dívida. E fizemos um corte nos fornecimentos da Câmara nos 30%, estava acima do mercado. Foi assim.

Milhões, milhões, milhões. É uma das palavras mais repetida nesta entrevista. Durante três anos, Basílio Horta chefiou a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, antes de ir para Sintra. Continua a fazer contas a tudo. Mas uma coisa são as somas que faz quando fala nos seus projetos de investimento, outra é a subtração quando se refere aos cofres do município. Sintra já devolve 1% do imposto cobrado aos seus munícipes e o autarca e recandidato parece pouco inclinado a aumentar esse desconto.

Há alguma margem para descer mais impostos?
Há margem.

E vai fazer isso no IRS?
Vamos ver. Está em 1%.

Há margem para descer ou não?
Não sei, vamos ver. Não lhe posso dizer. Só se baixa impostos depois dos investimentos estarem feitos. E depois da solidariedade estar completa. Não é uma proposta da minha campanha. É muito simples dizer: baixar impostos. Vamos ver. Sabe quanto custa descer o,1 pontos de IRS aqui? 11 milhões. É preciso ter esse cuidado, quando se fala em descer impostos. No IRS temos de ter muito cuidado. O que é melhor, descer 0,1 pontos o IRS ou dar 30 milhões para o Hospital?

“É mais fácil a relação com este Governo porque é mais sério”

Há outro projeto que diz estar adiado, para resolver os problemas do IC19. É por lá que circulamos por esta altura da entrevista e é nessa altura que o presidente da Câmara de Sintra desvaloriza as parcerias de Fernando Seara para o alargamento da via que é a mais movimentada do país. Também fala na sua solução: “A circular por dentro do Cacém, para ligar as duas vias fora do centro e descomprimir o IC 19 e a A16”. “A seguir aos Hospital vamos fazer a circular que vai custar 20 e tal milhões”.

"O anterior Governo foi assinar quatro protocolos comigo para quatro Centros de Saúde, só que esqueceu-se de ter cobertura orçamental"

A volta pela tão badalada estrada segue até ao Amadora-Sintra, um hospital com problemas recorrentes de sobrelotação. Um problema que atravessou várias gestões camarárias e vários governos. Mas Basílio Horta concentra a sua crítica sobretudo na gestão anterior à sua. “O concelho foi completamente abandonado em matéria de saúde, quando cheguei aqui não havia uma VMER”, diz vangloriando-se de ter conseguido desbloquear o processo e ter agora uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação que é a “que mais sai em todo o país”. Para isso falou com o ministro da Saúde do atual Governo, que diz conhecer bem.

Beneficiou de alguma maneira das boas relações que tem com o atual Governo, que é socialista? O diálogo é mais fácil do que com o anterior Governo?
Como é evidente. É mais fácil e mais sério. O anterior Governo foi assinar quatro protocolos comigo para quatro Centros de Saúde, só que esqueceu-se de ter cobertura orçamental e perdemos um ano com isto. Foi este Governo que meteu no Orçamento a parte deles. Por isso é que os centros de saúde começaram a ser feitos agora. Por isso é que eu digo que é mais sério. Não se brinca com isto.

Daqui salta para o PCP que está contra o novo hospital: “Por uma questão de ortodoxia a que o PCP nos tem vindo a habituar há muitos anos”. Mas depois diz que não é difícil a relação com o vereador comunista na Câmara. “Mas o PCP é outra coisa, quando atua como partido é outra coisa”. Meio caminho andado — e nesta altura já tínhamos percorrido meia IC19 — para voltar à política nacional e à geringonça. Revela que teve “alguma surpresa” com a solução governativa engendrada por António Costa, mas responsabiliza o PSD: “O PSD foi o partido de Vítor Gaspar e de Maria Luís Albuquerque, que fez o que fez, não era exigível que o PS apoiasse um Governo minoritário. Não houve outra solução”.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

“Quando o resultado vier temos de ter um clima de absolvição geral”

E que tipo de geringonças pode articular se voltar a vencer em Sintra sem maioria? Basílio Horta não quer comprometer-se. Ainda que admita que Marco Almeida tenha aprovado “90% das suas propostas”, não se atravessa, sobretudo quando a rivalidade vai tão tensa.

É possível entender-se com ele depois das eleições?
Primeiro vamos ver as eleições e depois falamos disso. Não antes. Mas mesmo que tenha maioria absoluta não prescindirei da colaboração das pessoas para a campanha de Sintra. O poder absoluto deve ser sempre mitigado, mas também é importante tê-lo porque dá responsabilidade.

Não tem confiança em Marco Almeida para dizer já de antemão que se houver necessidade de entendimento vai estender-lhe a mão?
Vamos ver o resultado das eleições. Um candidato que tem apoiantes que me atacam todos os dias… É difícil, mas os problemas do município estão acima disso tudo. No momento das eleições, quando o resultado vier, temos de ter um clima de absolvição geral e pôr os interesses dos munícipes acima de tudo. Claro que se criou um ambiente de grande ódio…

Não há vantagem de transparência me dizer já qual será o desenho pós-eleitoral em que aposta?
Isso não é transparência, é precipitação. Depende do resultado das várias forças políticas.

"Preocupa-me muito que haja pessoas de cabeça perdida que, em período eleitoral, ponham fogo aqui. Isso é uma preocupação"

“Queremos um turismo que venha cá e fique aqui”

No regresso ao centro histórico de Sintra e já perto da Câmara, fala do receio que tem de um grande incêndio. Aliás, mal falamos de fogos dispara: “Eh pá, nem me fale disso”. E até levanta uma suspeita grave: “Preocupa-me muito que haja pessoas de cabeça perdida que, em período eleitoral, ponham fogo aqui. Isso é uma preocupação”.

À entrada da Vila é inevitável, a fila de trânsito adensa-se. Passam alguns minutos de um pára-arranca que quem quer passar de carro até ao largo do Palácio da Cidade já se habituou. Há uma massa de turistas que chega em transporte individual ou de autocarro, tanto faz, para que o caos na circulação se instale.

"Se a Madonna vier viver para Sintra será muito bem recebida, mas também um bom pianista... também era bom"

Já no começo da viagem Basílio Horta tinha falado no “boom” turístico na região, arrastado pelo que aconteceu também em Lisboa. Mas a ambição é mudar a configuração do turista que até hoje visita Sintra por apenas um dia. “Queremos um turismo que venha cá e fique aqui”. E, neste ponto, acredita estar no bom caminho: “Há 40 anos que não se construíam hotéis em Sintra e agora temos quatro”. Para combater os problemas de trânsito diz não estar ainda em condições de interditar o centro histórico aos automóveis, mas quer avançar com uma frota de carros elétricos para a fazer o transporte de visitantes para a Vila, controlando o número de carros que ali entram.

Em matéria de turismo, evita comparações com Lisboa, chega até a afirmar — mais uma vez fintando elegantemente um tema por onde não se quer meter — “desconhecer a realidade” lisboeta. Mas sobre Sintra garante que não vale tudo no Turismo, que há limites, e diz que o objetivo é ter um “turismo de qualidade”. Com Madonna a animar? Não sabe de nada. Mas diz que se a rainha da pop vier viver para Sintra “será muito bem recebida, mas também um bom pianista… também era bom”.

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