892kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Demi Vollering, corredora neerlandesa de 27 anos, marcou presença em dois dias da Web Summit
i

Demi Vollering, corredora neerlandesa de 27 anos, marcou presença em dois dias da Web Summit

Ramsey Cardy

Demi Vollering, corredora neerlandesa de 27 anos, marcou presença em dois dias da Web Summit

Ramsey Cardy

"Olho muito para Kobe, tornou-se uma inspiração. Era um contador de histórias": entrevista a Demi Vollering, vencedora do Tour e da Vuelta

Ganhou um Tour por três minutos, perdeu outro por quatro segundos, tem duas pratas em Mundiais. Começou na patinagem, foi florista, tornou-se uma ciclista de elite. Entrevista a Demi Vollering.

“Bem, já vi que está aí o meu nome mas está também a frase… Queres perguntar sobre isso?”. Numa das salas existentes na Web Summit para entrevistas, onde são “construídos” dois recantos com quatro cadeiras cada e uma mesa onde assentam gravadores e blocos, Jan de Voogd, companheiro e manager de Demi Vollering, sentado num pequeno parapeito junto da janela, dá uma vista de olhos repentina numa folha onde se lê entre várias notas “It all starts with dreaming”. É com esta ideia que a corredora neerlandesa de 28 anos feitos esta sexta-feira se apresenta no site oficial. Encontramos dados biográficos, resultados, agenda, fotografias e contactos, encontramos sempre esta frase que define muito de quem é, como pessoa e atleta. “Tudo começa assim, sonhar com algo e fazer por chegar lá. Isso é o mais importante de tudo”, explica de forma orgulhosa.

Vollering foi uma das caras mais mediáticas ligadas ao universo do desporto que passaram pela Web Summit esta semana, tendo marcado presença em dois painéis como atleta de elite e como corredora que começa a preparar o futuro fora do ciclismo. Aliás, Demi poderia ser tudo o que quisesse. Logo à cabeça, florista. A sua primeira modalidade até foi a patinagem no gelo, desporto que praticava quando subiu pela primeira vez o Mount Ventoux de bicicleta e percebeu como gostava dessa sensação de desafiar montanhas em duas rodas, mas aquilo que esteve sempre presente foi a ligação às flores. Quando era mais nova, ajudava o pai e o tio num berçário que tinham mas aquilo que queria mesmo era poder fazer arranjos florais no outro negócio da família – e era de tal forma interessada que chegou mesmo a tirar curso de design floral aos 20 anos. Até 2018, apesar de andar de bicicleta desde criança, nunca olhou para um futuro nesse sentido. Depois, tornou-se uma inevitabilidade. E um terceiro lugar na Liège-Bastogne-Liège fez o resto.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Em apenas cinco anos, a neerlandesa assumiu-se como uma das melhores corredoras da atualidade com um currículo que lhe permite perceber o melhor e o pior que a competição de alto rendimento pode ter. Após ganhar o Giro dell’Emilia e a Volta Limburg Classic, chegou ao pódio da prestigiada clássica com um sprint que ainda hoje lamenta não poder recordar em imagens por não ter havido transmissão em 2019, não fez mais do que 15 dias de competição em 2020 devido à pandemia e viveu o ponto mais alto e mais complicado da carreira no Tour em anos consecutivos, batendo Lotte Kopecky por mais de três minutos para a vitória em 2023 e perdendo para Katarzyna Niewiadoma por quatro segundos em 2024.

Agora, na sequência de uma temporada que terminou com uma medalha de prata no contrarrelógio dos Mundiais e que já tivera antes um triunfo na Vuelta, Demi Vollering prepara-se para a primeira experiência numa equipa fora dos Países Baixos (FDJ, de França) que coincide com a forte aposta em reconquistar o Tour enquanto não chega o outro momento que espera um dia alcançar: chegar a um pódio nos Jogos Olímpicos. Em entrevista ao Observador e a outros três meios pela agenda cheia que apresentava na visita a Lisboa (a primeira que fez à capital, apesar de já ter passado férias no Algarve), a neerlandesa abordou também o bom que também se pode retirar dos piores momentos, a evolução que o desporto feminino teve nos últimos anos e a figura que se tornou uma inspiração pelo que fez durante e depois da carreira: Kobe Bryant.

Demi Vollering foi uma das presenças mais mediáticas entre o mundo do desporto na última Web Summit, em Lisboa

SOPA Images

Estamos na Web Summit, comecemos pela parte da tecnologia. É uma grande ajuda, faz parte da preparação, até que ponto consegue ajudar?
Uso muita tecnologia, a própria bicicleta tem muita tecnologia. Depois temos tudo monitorizado, da parte da bicicleta ao computador. Conseguimos ver tudo o que fazemos, o desenvolvimento a nível de esforço. É muito importante para termos uma visão genérica de tudo, além de ajudar por exemplo na questão do sono. Já começa a ser tudo normal para mim, quase que tenho de pensar nisso porque estou habituada e não tem nada a ver com o que era quando comecei. Tenho um relógio que mede a qualidade do sono, o descanso, o ciclo menstrual que também é importante ter em conta e ajuda muito ter isso.

Qual é a diferença que existe nesses valores quando se faz um Tour ou uma Vuelta?
É muito interessante seguir os resultados quando estou no Tour ou na Vuelta, se bem que mesmo que os números e os dados não sejam positivos tenho de correr na mesma no dia seguinte… Não se pode fazer muito em relação a isso durante as corridas mas depois conseguimos trabalhar tudo isso. A seguir ao Campeonato do Mundo os valores caíram muito e assim ficou, só mesmo no final das minhas férias é que comecei a voltar ao nível verde. Deu para ver como precisava mesmo de descansar depois da época longa que tive. É muito importante até em termos de paz de espírito ver que estamos de regresso ao nível normal, o tal verde.

Um dos pontos dessa temporada foi perder a revalidação do título no Tour por apenas quatro segundos. Como é que se lida com isso?
Foi devastador perder o Tour como perdi, por apenas quatro segundos… Mas é importante além de ver todos os números que a tecnologia nos dá ver todos os sentimentos que vamos tendo. Às vezes por exemplo temos um sono muito mau e a seguir vem um treino mais duro… Não devemos olhar sempre para aquilo que os números nos dizem. Devemos olhar para os números mas depois pensar ‘Como é que me estou a sentir? É bom fazer um treino mais duro?’. Depois do Tour precisava mesmo de recuperar. É importante olhar para tudo o que os dados analíticos nos passam mas ao mesmo tempo devemos saber que por exemplo podemos precisar de um pouco mais de descanso em termos mentais para recuperar.

Neerlandesa não escondeu frustração após falhar revalidação do título no Tour: ganhou no Alpe d'Huez com mais um minuto de avanço mas perdeu a amarela para Katarzyna Niewiadoma por quatro segundos

E qual é agora o sentimento que impera, felicidade pelo segundo lugar ou aquela sensação de que podia ter sido melhor com o primeiro?
Claro que podia ter ganho o Tour outra vez, foi triste não ter conseguido mas por outro lado deu-me uma enorme lição de vida e estou como que agradecida por isso. Vai ajudar-me bastante no futuro para obter bons resultados nas grandes corridas. Claro que eu queria muito ganhar o Tour mas antes da prova estava quase com mais medo de perder do que propriamente com vontade de ganhar. Depois da derrota, este sentimento e esta vontade de ganhar voltou a ser muito, muito grande porque perdi. Aconteceu-me mas sei a partir de agora que no futuro tenho de focar-me é na vontade de ganhar e não em receios de perder…

Foi isso que funcionou também como estratégia para os Campeonatos do Mundo e para o segundo lugar na prova de contrarrelógio?
Foi uma medalha muito boa, um segundo lugar muito importante na segunda vez que fiz contrarrelógio numa grande competição. Foi algo para o qual trabalhei muito. Fiquei perto da camisola do arco-íris [do vencedor], que é sempre o que mais queremos, mas foi um resultado que me deixou satisfeita.

O que pode dizer a atletas mais jovens que tenham os seus objetivos no ciclismo, que possam eventualmente cair mas que mantenham sempre esse foco?
É algo que faz parte da vida e no final vamos sempre perder mais do que ganhar, é assim mesmo. A parte em que se perde é a parte que nos faz aprender mais. Por isso, devemos também estar gratos por essas partes em que se perde porque trazem-nos muitas lições. Se ganharmos, parece que está tudo bem… O que se aprende? No final também esses episódios funcionam como gasolina para a nossa vontade de ganhar e para as lições que temos de tirar no futuro para o que se segue.

"Perder é algo que faz parte da vida e no final vamos sempre perder mais do que ganhar, é assim mesmo. A parte em que se perde é a parte que nos faz aprender mais. Por isso, devemos também estar gratos por essas partes em que se perde porque trazem-nos muitas lições."
Demi Vollering

Alguma vez passou pela ideia começar a fazer ciclismo de pista? Os Países Baixos sempre tiveram grande tradição e agora nos Jogos Olímpicos voltaram a ser um dos destaques…
Não, acho que não… Gosto mesmo muito de andar de bicicleta no exterior e além disso tenho características mais típicas de um trepador e na pista precisas de outros argumentos. Algumas das disciplinar no ciclismo de pista até se poderiam adequar mas não, acho que não. É uma modalidade diferente, pode ajudar na estrada a nível de velocidade mas nunca pensei em seguir por aí…

E existe algum segredo que explique tanto sucesso dos neerlandeses?
Tem muito a ver com o nosso mindset, a nossa disponibilidade para a modalidade, mas também pela nossa cultura. Os Países Baixos têm muita cultura de ciclismo, é normal para nós fazer tudo de bicicleta, ir para a escola de bicicleta, ir às compras de bicicleta e isso também ajuda, desde pequeno que aprendemos a andar. Temos também muitas equipas, apesar do mau período que estão a viver desde o período da pandemia de Covid-19 tal como as próprias corridas e organizações. Algumas corridas deixaram de existir porque só duas agências agora conseguem organizar as provas, o que não é bom para nós e para o ciclismo.

Tem algum ritual ou costume antes das corridas?
Sim, quando acordo começo sempre o meu dia com 15 minutos de alongamento. Coisas mais leves, apenas para fazer uma ativação inicial. Gosto muito porque depois de sair da cama é a primeira coisa que devemos fazer, quase que a tomar conta do nosso corpo e a fazer a ligação da nossa mente ao corpo. Depois são as coisas normais, tomo o pequeno almoço e, se estiver numa corrida, seja no autocarro ou ainda no hotel, faço um período curto de meditação onde consigo acertar a minha respiração e começo a imaginar os pontos chave que terei na corrida ou na etapa. Com isso, sinto que estou bem preparada para competir.

Dez anos depois, muda de equipa e vai para a FDJ, pela primeira vez uma equipa estrangeira. Porquê essa aposta nesta fase da carreira?
A partir de determinado ponto, comecei a perceber que tinha de mudar, sair da minha zona de conforto e ir para um sítio onde pudesse crescer. Depois começamos a falar com algumas equipas, a FDJ foi uma hipótese interessante porque logo nas primeiras conversas percebi que poderia ser uma possibilidade interessante. Tem pessoas muito apaixonadas, com muita vontade de sucesso e de trabalharem comigo e gostei muito disso. Dou sempre tudo como atleta para ser melhor e claro que gosto de ver isso nas pessoas que trabalham comigo. Foi isso que vi e senti-me ligada de forma direta. Foi uma decisão tomada também por aquilo que senti, mais do que pensar no resto. Não estava muito entusiasmada em relação a uma equipa francesa mas assim que falámos e vi o fogo que tinham, comecei a pensar que seria algo lógico por querer ganhar o Tour, ir para uma equipa francesa que também quer… Não foi assim tão estranho.

Demi Vollering, da Team SD Worx–Protime (a caminho da FDJ), ganhou a última Vuelta com quase dois minutos de avanço sobre a compatriota Riejanne Markus, da Visma

OSCAR DEL POZO

Mas isso não aumenta também a pressão? As corridas femininas entraram numa era em que passam a 90% nas televisões, é uma equipa francesa… Vai existir esse aumento de atenção?
Claro que sim, vou sentir isso. O desporto feminino está a crescer muito, sente-se cada vez mais adeptos e fãs que nos apoiam, que estão nas corridas. Quase triplicou o número de pessoas que nos veem nas corridas. Às vezes também pode ser complicado estar no centro das atenções mas também é um complemento porque as pessoas estão interessadas no desporto. Sinto isso, tenho essa consciência e tento também aproveitar essa maior visibilidade como algo positivo…

Quais são os principais objetivos para a nova temporada de 2025?
Tentarei ir com a equipa ao Tour para ganhar no próximo ano mas também quero ganhar a Vuelta. Mais a médio longo prazo, desejo muito ser campeã olímpica. Os Jogos também são muito especiais mas este ano quero focar-me muito na equipa para criarmos um grupo forte e chegar aos objetivos traçados.

Tens algum ponto ou etapa especial no calendário? Ganhaste este ano Alpe d’Huez, que é algo que nos diz muito a nós portugueses pelo Joaquim Agostinho, há o Col du Tourmalet…
Tourmalet será sempre especial porque foi aí que ganhei o meu primeiro Tour, depois o Alpe d’Huez tem o seu quê de especial também para os corredores neerlandeses. Há também o Mount Ventoux, que foi a primeira montanha que fiz de bicicleta. Era ainda nova, não era corredora. Naquela altura ainda fazia patinagem no gelo e os meus treinadores organizaram um campo de treinos em Mount Ventoux, para irmos andar de bicicleta. Foi muito bom, todos em grupos quase de férias também com alguns franceses. Fomos acampar lá e andávamos de bicicleta por lá, foram bons tempos.

A tua família acreditou sempre em ti, foi uma questão de seguir apenas o sonho ou houve esse apoio?
Bem, venho de uma família onde o meu pai tem a sua própria empresa, uma florista, e ganhei sempre essa ideia de que se tem de trabalhar muito mas também que não nos devemos satisfazer por tudo o que seja menos do que os nossos sonhos. A lição que sempre tirei dos meus pais é que não é importante ir à procura do dinheiro mas sim ir à procura da nossa paixão e com isso tornarmo-nos nos melhores naquela que é a nossa paixão para depois termos um salário que seja bom. Se somos os melhores naquilo que fazemos, de certeza que o resto virá de forma natural.

"A lição que sempre tirei dos meus pais é que não é importante ir à procura do dinheiro mas sim ir à procura da nossa paixão e com isso tornarmo-nos nos melhores naquela que é a nossa paixão para depois termos um salário que seja bom."
Demi Vollering

Ainda te lembras da primeira vitória que tiveste na carreira?
A primeira coisa que me vem sempre à cabeça é o terceiro lugar que consegui em Liège porque foi o meu primeiro ano como profissional e consegui logo chegar ao pódio. Foi muito especial e foi a corrida que me fez ver que estava no sítio onde realmente gostava de estar… É a mensagem que deixo sempre: é preciso perceber todo o caminho, todo o trajeto, todo o percurso. As corridas vão e vêm, mas para mim tem tudo a ver com o processo. A forma como nos preparamos para uma corrida é a razão para nós depois competirmos. Devemos gostar sempre de todo o percurso que fazemos, isso é algo importante.

Tiveste alguma referência durante todo este caminho, no ciclismo ou no desporto?
Nunca tive propriamente uma inspiração mas agora olho muito para tudo o que foi o Kobe Bryant, não só a sua carreira mas também tudo o que fez depois da carreira e como conseguiu contar as suas histórias. Ele era um verdadeiro contador de histórias e achei sempre isso muito interessante, tornou-se uma inspiração para mim por isso. Também tenho o meu diário, que uso muitas vezes para escrever o que sinto no treino e no que estou a pensar e às vezes escrevo também pequenas histórias para mim… Às vezes não são pequenas, já são grandes… De quando em vez ponho-as no Instagram, a maioria são demasiado grandes e por isso acabam por ficar comigo. Acho que no futuro vou fazer alguma coisa com elas, talvez um livro…

Quais são as diferenças que encontras agora no desporto feminino em relação ao momento em que começaste a carreira de profissional no ciclismo e ao masculino?
No início ia a um par de corridas, agora não tem nada a ver… Desde que comecei tudo mudou imenso. Por exemplo, não existe uma única imagem minha a fazer o sprint para conseguir aquele terceiro lugar em Liège que falei há pouco. É complicado pensar que isso foi em 2019, cinco anos depois houve um crescimento impressionante e que me deixa muito orgulhosa. Acredito que nós tivemos sempre de lutar um pouco mais como mulheres do que os homens para termos as mesmas oportunidades e esta geração de mulheres atletas têm essa consciência do que era o desporto feminino. Sabemos que temos sempre de fazer algo mais. Depois também acho que os homens estão mais dispostos a arriscar do que as mulheres, que preferem sempre saber tudo antes. Por exemplo, se um patrocinador for ter com uma atleta a dizer ‘Podes fazer isto ou aquilo’, nós dizemos que sim mas queremos estar envolvidas para tentar fazer o melhor ao passo que os atletas são capazes de dizer apenas ‘Sim, vamos fazer’ e arriscam mais nesse sentido. Estamos mais envolvidas…

Demi Vollering ganhou a medalha de prata no contrarrelógio dos últimos Mundiais, depois de ter terminado em segundo a prova de fundo em 2023

Tim De Waele


Acho que o desporto feminino deve ser um pouco diferente. Ou seja, devemos ter as mesmas oportunidades mas não devemos tentar copiar o que os homens fazem. Por exemplo, termos o mesmo número de dias de corrida ou as mesmas distâncias de corridas porque no final devemos ter orgulho dessa diferença que existe. Ouço várias vezes que as corridas femininas são mais interessantes de acompanhar porque são mais explosivas e isso tem a ver com a distância das etapas e das provas, são mais curtas e começamos mais cedo  tentar atacar. Porque deveríamos mudar isso? Há espaço para essa diferença, desde que no final possamos todos ter as mesmas oportunidades em qualquer desporto.

Quais podem ser os próximos passos nesse desenvolvimento?
Neste momento penso que o nível tem de aumentar ainda mais e para isso é necessário que tenhamos mais corredoras no pelotão. Com mais corredoras podemos ter outra gestão do calendários, podemos fazer mais estágios, podemos ter outra qualidade depois em corrida. Isso só pode acontecer se mais pessoas nos virem, se mais pessoas se sentirem inspiradas, e também tem a ver com o facto de as provas terem transmissão. Também é importante ter parceiros que estejam mesmo envolvidos com o desporto feminino e que não queiram apenas replicar aquilo que se passa no masculino. As pessoas precisam dessa inspiração para agarrem na bicicleta e irem para a estrada, sem isso também não existe a questão de haver um sonho…

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça até artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.