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Paddy Cosgrave, co-fundador da Web Summit, fotografado no Ninho do Torel. Lisboa, 26 de Outubro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR
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O Observador entrevistou Paddy Cosgrave no espaço Ninho, em Lisboa

FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

O Observador entrevistou Paddy Cosgrave no espaço Ninho, em Lisboa

FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

Paddy Cosgrave. “O meu trabalho é organizar a Web Summit, as instalações são o trabalho de outra pessoa”

A menos de uma semana da sétima edição em Lisboa, CEO da Web Summit diz que tem em mãos a organização do evento e nem tanto as questões de espaço. Espera por novidades sobre a expansão da FIL em 2023.

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Na última vez que Paddy Cosgrave, o principal rosto da Web Summit, se sentou para conversar com o Observador, antes do arranque da edição de 2021, ainda existiam planos para ter a tão ambicionada expansão da Feira Internacional de Lisboa (FIL) concluída em 2022.

Um ano depois, não há sinais à vista sobre o crescimento do espaço da FIL – algo que consta, aliás, do acordo estabelecido entre o Governo e a Web Summit para manter a cimeira tecnológica em Lisboa até 2028. Em 2018, quando foi anunciada a continuidade da cimeira na capital por mais dez anos, também foi notícia o montante redondo de 11 milhões de euros de investimento no evento, a cargo do Executivo português.

A menos de uma semana do arranque da sétima edição da Web Summit em Lisboa, Paddy Cosgrave aponta que é devido à limitação do espaço na FIL que não será possível cumprir a ambição de ter 100 mil pessoas no evento, como era ambicionado por Marcelo Rebelo de Sousa na cerimónia de encerramento da edição passada. O número ficará pelos 70 mil, o mesmo de 2019.

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O CEO da Web Summit continua a ter a mesma postura sobre o tema do espaço do evento: está “focado na edição” que se avizinha, lembrando que tem em mãos a organização do evento e nem tanto as questões sobre o local que todos os anos recebe os empreendedores. Sobre as instalações? “Esse é o trabalho de outra pessoa.”

Sem novidades sobre o espaço da FIL, que no ano passado o CEO da Web Summit admitia ser um trabalho rápido – “é apenas um grande barracão com muitas unidades pré-fabricadas”, como disse em entrevista ao Observador  – é inevitável questionar a razão de não haver ainda novidades sobre esta expansão. “Não sei”, diz Paddy Cosgrave sobre o que poderá ter acontecido para os planos de expansão ainda não terem saído do papel. “Estou só focado em organizar a Web Summit.”

O empresário irlandês diz ainda que as relações com a Câmara de Lisboa e o Governo continuam de boa saúde. “Vamos ver o que 2023 trará”, remata sobre a expansão da FIL.

Paddy Cosgrave, co-fundador da Web Summit, fotografado no Ninho do Torel. Lisboa, 26 de Outubro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR Paddy Cosgrave, co-fundador da Web Summit, fotografado no Ninho do Torel. Lisboa, 26 de Outubro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

A Web Summit tem uma "relação incrivelmente boa com a cidade e com o Governo"

FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

“Não me envolvo em políticas internas, apenas organizo a Web Summit”

A Web Summit terá 70 mil participantes, mas o Presidente português queria 100 mil pessoas no evento. Porque é que o número de pessoas na feira ainda anda à volta dos 70 mil? É devido ao espaço no local ou à falta de expansão da FIL?
É só o espaço no local. É isso. Vai ver no primeiro dia que vai estar muito, muito movimentado. Há apenas um número limitado de pessoas que se pode colocar no evento.

Tem dito que está focado apenas nos próximos dias, nos dias do evento. Porém, deve ter planos e conversações com outras entidades, como o Governo, a Fundação AIP ou a Câmara Municipal de Lisboa, sobre este assunto, não?
Sim. O meu trabalho e o nosso trabalho é organizar o evento. Quaisquer que sejam as instalações, esse é o trabalho de outra pessoa. E eu acho que a relação é incrivelmente boa com a cidade e com o Governo. O que quer que aconteça com o espaço, acontece com o espaço. Acolheremos qualquer coisa. É incrível que o evento esteja tão sobrecarregado quando praticamente todas as outras conferências tecnológicas na Europa estão a meio ou a um terço do tamanho que tinham em 2019.

Está ciente de conversações entre a Câmara Municipal de Lisboa e o Governo?
Sim. Quero dizer, nós falamos. O Artur [Pereira, country manager da Web Summit em Portugal], que está ali no canto, particularmente, fala com o Governo e com a cidade aproximadamente a cada 30 minutos. Então, estamos em constante contacto e vamos ver o que 2023 vai trazer. Eu estaria muito otimista.

Lemos algumas entrevistas suas e disse que a expansão da FIL seria algo simples, cerca de seis meses de trabalho. Acho que o estou a citar bem…
Sim, possivelmente, possivelmente.

E o plano era ter a expansão terminada este ano. O que aconteceu?
Eu não sei…Eu estou só focado em organizar a Web Summit e acho que temos sido muito sortudos, sabe? Existiu uma altura, em 2021, em que não era claro se a Web Summit sobreviveria, poderia ir à falência…

Isso foi por causa da Covid-19, mas agora a situação da Covid-19 está, digamos, controlada e vão ter a mesma quantidade de pessoas na mesma quantidade de espaço.
Bem, vamos utilizar mais espaço do que nunca. Expandimos o número de tendas que estamos a construir, os registos são feitos em dois pontos de entrada diferentes, estamos a utilizar muito mais espaço exterior. E, portanto, a pegada do evento expandiu-se em comparação com o seu pico anterior.

Como está a sua relação com Carlos Moedas? Sei que o conhece há muito tempo.
Sim. Conheço-o há muito tempo.

O partido político de Carlos Moedas aumentou o orçamento da Web Summit em dois milhões de euros. Porque precisa de mais dinheiro se disse que a expansão da FIL está no mesmo estado?
É uma muito boa pergunta. O meu entendimento é que o evento no ano passado estava a cerca de metade da escala do que é este ano e do que foi 2019.

PS dá a mão a Moedas e aprova mais dois milhões para a Web Summit

Por causa da Covid-19?
Sim, por causa da Covid-19. Os números são diferentes e no período de tempo entre 2019 e 2022 tem havido algum grau de inflação e, por isso, tanto quanto sei — não é realmente uma pergunta para mim — [o aumento da verba] apenas segue essas duas variáveis: inflação e escala.

Como responde às críticas dos partidos políticos da oposição (à exceção do PS) na Câmara, que disseram que lhe estão a dar mais dinheiro para ter o mesmo tipo de evento?
Eu não me envolvo em políticas internas, apenas organizo a Web Summit. É esse o meu trabalho.

Paddy Cosgrave, co-fundador da Web Summit, fotografado no Ninho do Torel. Lisboa, 26 de Outubro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR Paddy Cosgrave, co-fundador da Web Summit, fotografado no Ninho do Torel. Lisboa, 26 de Outubro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

Paddy Cosgrave: "Talvez aumentemos" o preço dos bilhetes da Web Summit no próximo ano

FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

“Nós não pagamos aos oradores”

Quanto pagam a um orador, em média? E o facto de o preço dos bilhetes de avião e alojamentos ter aumentado devido à inflação foi um eventual encargo financeiro para a empresa?
Nós não pagamos aos oradores.

Então, os oradores vêm de graça?
Sim.

Todos?
Sim.

Até os “grandes”?
Sim.

Até no Collision [evento irmão da Web Summit, organizado pela empresa no Canadá]?
Sim. Nós não pagamos a oradores.

E quanto dinheiro paga, em média, um expositor para estar na Web Summit? O preço aumentou, tendo em conta o contexto económico e a inflação?
Acho que tenho que tirar do panorama geral 2020. As receitas colapsaram, perdemos uma enorme quantidade de dinheiro, em 2021 recuperámos…

Covid-19 deixou a Web Summit “à beira da falência” e “perto da catástrofe”

Mas ainda assim não ganharam dinheiro em 2021, disse isso…
Talvez, sim… talvez entre 2020 e 2021 tenha acabado por ser neutro. Um [ano] cancelou o outro. Este ano seremos, definitivamente, rentáveis. É o nosso maior ano de sempre para receita. Todos os detalhes estão disponíveis, as nossas contas estão disponíveis para o público, online, vá ao gabinete de registos da empresa na Irlanda, que está disponível online. Temos que publicar contas anualmente e é possível analisar tudo.

Qual é o crescimento de que estamos a falar? Não quer dizer um número, só estou a perguntar se é a um dígito, dois dígitos.
Estamos a falar de 80% de crescimento homólogo.

Comparado com o ano passado? Que foi um ano pandémico.
Sim, sim.

E comparado com 2019?
É maior do que 2019, portanto é o nosso maior ano de sempre.

“A marca de Lisboa aumenta” com Web Summit noutras regiões do globo

Este ano, em maio, anunciou a chegada da Web Summit ao Rio de Janeiro. Lisboa ainda tem exclusividade na Europa, mas este anúncio causou desconforto com o Governo e outras entidades?
Eu acho que o mais importante é que vamos continuar a fazer lançamentos regionais e eventos em todo o mundo. A razão pela qual queremos fazer isso é para aumentar a participação [de outras nacionalidades]. A Web Summit é um evento global, mas é muito centrada na Europa e na América do Norte. O impacto de lançar no Rio — ainda nem organizámos um evento lá — é que a participação de startups do Brasil aumentou 30%, há mais 2.000 brasileiros a participar nesta Web Summit, o maior número de sempre. O impacto de meramente anunciar um evento regional no Rio tem sido fazer aquilo que esperávamos, que era aumentar radicalmente a participação. E talvez alguns portugueses vão ao Brasil também, o que eu acho que seria importante para o comércio. Mas a coisa mais importante é que a participação da América do Sul, em particular do Brasil, tenha aumentado massivamente. E esperamos, se formos para África ou para o Médio Oriente — algo que esperamos fazer nos próximos anos —, que o mesmo aconteça.

Web Summit avança para o Rio de Janeiro em 2023. Lisboa mantém evento na Europa

Esta oportunidade de ir para África e para o Médio Oriente significa o quê para Lisboa?
Significa que a marca de Lisboa aumenta e a participação de delegações internacionais aumenta juntamente com ela. Esse é o propósito da estratégia.

E como é que a Web Summit, enquanto empresa, está em Portugal? Estão a planear contratar?
Sim. Estamos atualmente à procura de um escritório maior. Eu acho que talvez amanhã [quinta-feira] vou visitar alguns escritórios que pré-selecionámos. Contratámos muitas pessoas em Portugal ao longo do último ano. Posso tentar dar-lhe os números, que foram os maiores que já tivemos. Contratámos um enorme número de engenheiros ao longo do último ano em Lisboa. Posso dar-lhe os números todos, sim.

Estão a contratar mais engenheiros ou pessoas ligadas ao marketing?
Não sei se contratámos alguém em marketing, acho que podem ter sido 20 engenheiros, talvez, em Portugal. É principalmente engenharia, mas há outras funções também.

Estão todos a trabalhar para a Web Summit e outros eventos?
Sim.

CEO da Web Summit abre a porta a novo aumento de preço dos bilhetes. Há “enorme procura”

Está a planear algum aumento no preço dos bilhetes para o próximo ano?
É uma boa pergunta…

Aumentou o preço dos bilhetes no ano passado, se não estou em erro.
Sim, sim. Não tivemos essa discussão ainda, mas… Sim, talvez aumentemos.

Mas devido ao contexto macroeconómico ou porque estão a planear mais eventos noutras partes do mundo?
Há alguma inflação, uma enorme quantidade de procura… Portanto, talvez aumentemos os preços.

Paddy Cosgrave, co-fundador da Web Summit, fotografado no Ninho do Torel. Lisboa, 26 de Outubro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

"Eu não me envolvo em políticas internas, apenas organizo a Web Summit", afirma Paddy Cosgrave

FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

Falando sobre procura: muitas empresas levam os seus trabalhadores à Web Summit e muitas empresas estão a sofrer com a economia. Sentiram alguma tendência de redução de participação de empresas na Web Summit ou notam algo do género?
Obviamente notámos…

E a mesma questão em relação aos expositores, também.
A procura por espaço de exposição aumentou 60% comparando com 2019, temos o maior número de expositores de sempre. Esgotámos três semanas antes do tempo, apesar de aumentar radicalmente os preços numa fase final do ciclo de venda de bilhetes. Por isso não estamos a ver nenhuma quebra, isso é num nível macro. Num nível individual, claro que há empresas no setor da tecnologia que estão a falir. Algumas empresas estão bem, a Microsoft apresentou resultados acima das expectativas…

Mas a Microsoft também está a fazer despedimentos — pelo menos duas vezes este ano.
E a Google apresentou resultados abaixo das expectativas, também. Algumas empresas estão a ter um desempenho melhor do que esperado, outras pior do que se esperava. É a natureza das coisas. Não estamos a experienciar ou a ver nada, mas talvez comecemos a ver em 2023.

Microsoft vai voltar a reduzir número de trabalhadores este ano

Voltando à questão do aumento de 60% de expositores…
(Interrompe) De espaço, é de espaço.

Porque acho que na última apresentação disse que era um aumento de 60% dos expositores.
De espaço.

Esse aumento é usando então o espaço exterior?
Sim, passámos muito do espaço de networking e lounges para o exterior e criámos mais estruturas temporárias para criar mais espaço de exposição dentro dos quatro pavilhões principais [da FIL] e no quinto que construímos.

Há responsabilidade na escolha dos oradores? “Não podemos deixar toda a gente feliz”

Como falou de empresas, tem algum sentido de responsabilidade quando está a escolher os oradores? Por exemplo, o fundador da Celsius e antigo CEO, Alex Mashinsky que se demitiu em setembro, estava na Web Summit do ano passado e a empresa declarou insolvência este ano. Durante este criptowinter que estamos a viver, a responsabilidade é ainda maior?
Bem, acho que não se pode prever. Infelizmente acho que há centenas de pessoas que já discursaram na Web Summit cujas empresas não existem hoje. É a natureza da indústria. Por isso, claro que tentamos fazer o nosso melhor para olhar para os oradores com uma equipa gigante. E eles não querem convidar pessoas que estão a fazer algo de mal ou prestes a falir. E fazem o melhor para saber mais sobre essas pessoas. O outro ponto que diria é que, quando se tem mais de mil oradores, inevitavelmente uma percentagem desses oradores vai deixar alguém chateado. Por exemplo, o whistleblower da Uber. Acham que a Uber ficou contente? A whistleblower do Facebook, acham que a empresa ficou feliz? Se se tem alguém que é muito crítico da América ou que está do lado da China… Se o CTO [chief technology officer] da Casa Branca está a criticar a China em palco e o ministro dos Negócios Estrangeiros da China dá uma conferência de imprensa em Pequim no dia seguinte… A uma escala de mais de mil oradores há sempre oradores que têm empresas que podem falir, podem estar expostos a coisas que não deviam fazer ou ter opiniões que não são apoiadas ou que há pessoas que não concordam com elas. Já tivemos isso no evento com Israel e Palestina, com o Irão, África do Sul, França. Não podemos deixar toda a gente feliz.

Mark MacGann, denunciante dos “Uber Files”, é um dos oradores da Web Summit

E estão de boas relações com o Facebook/Meta e agora com a Uber, depois de terem convidado os whistleblowers a participar?
A Microsoft, Amazon, Apple, Google, Facebook estão todas a participar. Tentamos ter discussões difíceis e tentamos incluir o maior número possível de pessoas.

Em relação ao orador principal na cerimónia de abertura, já há notícias? Na semana passada disse que estava dependente de acontecimentos mundiais.
(Sorri). Sim. Vamos ver. Vai ser muito interessante.

Mas estamos a falar de alguém da Ucrânia ou de qualquer outra parte do mundo…? Até porque já tiveram desafios ao longo dos anos, tiveram o Snowden…
Posso confirmar que não é o Xi [Jinping] da China.

Certo, isso até agora parecia bastante óbvio.
Ou o Putin.

Por falar em Putin, tomaram em março a decisão de não ter nenhum orador da Rússia ou da Bielorrússia ou de empresas no evento. Isso tornou o planeamento para este ano mais difícil?
Somos uma empresa europeia e temos de seguir as regras da União Europeia e regulações. É a forma como as coisas acontecem. Há russos que podem vir ao evento, também há russos a viver em Lisboa. De certeza que alguns vão ao evento.

Então startups russas podem participar?
Empresas russas não podem participar no evento, mas se for um russo que também é cidadão da União Europeia pode vir ao evento. Não é o que as regras determinam. E os executivos de nível C (CEO, CFO) de algumas das maiores empresas são russos. Incluindo o Gary Kasparov, que é um dissidente russo.

Paddy Cosgrave, co-fundador da Web Summit, fotografado no Ninho do Torel. Lisboa, 26 de Outubro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

Paddy Cosgrave indicou que empresas russas não podem participar na Web Summit deste ano

FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

[O Observador pediu aos partidos políticos portugueses para enviarem alguma pergunta que lhe quisessem fazer. O PAN foi o único a enviar uma questão antes da entrevista.]

O combate às alterações climáticas é um dos grandes desafios do nosso tempo. Considerando o papel que uma tal organização pode e deve ter como aliado na defesa do ambiente, gostaríamos de saber, ao longo das diversas edições da Web Summit em Lisboa, que políticas e medidas de redução do impacto ambiental de um tal evento têm sido tomadas e com que resultados?
É o evento de maiores dimensões mais amigo do ambiente, já ganhou distinções notáveis nesse campo. Tivemos um evento chamado Planet:tech durante anos, sempre tivemos um grande registo de startups de impacto no evento. Não sei se há um evento de grandes dimensões no mundo que faça mais. Saúdo a oportunidade de conhecer qualquer pessoa desse partido, são muito bem-vindos a participar na Planet:tech, temos muitas parcerias com as Nações Unidas para chamar à atenção para questões ambientais, são questões existenciais para o nosso planeta. Boa pergunta.

[Após a realização da entrevista, o Chega enviou ao Observador a questão que pretendia fazer a Paddy Cosgrave. O CEO da Web Summit respondeu, por escrito.]

Tem ideia de qual é o impacto da Web Summit para Portugal, nomeadamente em termos de criação de postos de trabalho e de criação de empresas? Se sim, quantos destes contribuem para o emprego jovem e para a valorização dos talentos jovens portugueses?
O impacto da Web Summit vai muito além dos dias do evento. A Web Summit contribuiu para elevar o perfil de Portugal enquanto centro tecnológico internacional. A Web Summit continua a ter um efeito positivo na economia portuguesa. Em anos anteriores, a Web Summit teve um efeito de aproximadamente 72 milhões de euros na procura interna e um impacto na receita fiscal nacional de 24,9 milhões de euros (2019); adicionou 64,4 milhões de euros à indústria hoteleira portuguesa durante os quatro dias do evento (2019), de acordo com a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), com os participantes a gastarem cerca de 125 euros por dia só em alojamento; gerou uma média de 400 euros de receitas para os anfitriões da Airbnb com sede em Lisboa durante os quatro dias do evento em 2021, de acordo com os números da Airbnb.

Isto representa quase metade do salário mínimo nacional durante um mês inteiro. Durante o segundo trimestre de 2022, a Airbnb viu um aumento de mais de 80% nas procuras de alojamento em Lisboa, para os dias próximos à Web Summit. O impacto a longo prazo da Web Summit também pode ser visto pela decisão de empresas como Mercedes, BMW, Google, Cisco, Revolut, Nokia, Uber, Zalando, Pipedrive, que recentemente abriram escritórios em Portugal, demonstrando o apelo que o país tem para os negócios internacionais.

 
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