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Pê-u-tê-a. O manual prático do palavrão

AVISO

Este artigo contém linguagem e descrições que podem ferir a sensibilidade dos leitores

As asneiras surgem quando todas as outras palavras falham. Expressam emoções e atuam como analgésicos. Mas tudo o que é de mais enjoa. Afinal, porque temos asneiras na ponta da língua?

Em 10 palavras, 11 eram palavrões. A asneira era como uma vírgula numa afirmação comum, nunca dita num tom ofensivo, recorda Cátia, 38 anos, natural de Vila Verde, no Minho. Em casa da agora jornalista não se dizia uma asneira que fosse, regra imposta pelos pais. Na rua, Cátia encontrava uma realidade particularmente diferente: da língua dos vizinhos fugiam palavrões atrás de palavrões, ditos de forma corriqueira, carinhosa até: “Anda cá, ó meu caralho”, exemplifica ao Observador.

Isadora, 30 anos, lembra-se do dia em que disse “foda-se” à frente da mãe, enquanto folheava uma revista da La Redoute. “Tinha menos de 12 anos. A mão dela voou e, depois, mandou-me para o quarto. Foi a primeira e última vez que isto aconteceu.” Fora de casa, quando ainda era pré-adolescente, chegou a usar os palavrões como forma de defesa e inserção social numa escola com colegas mais problemáticos. “Não que tivesse resultado”, diz, divertida. “Mas era cool dizer asneiras. Ao menos tentei.”

Os palavrões são “um hábito”, “convenção que se aprende” e à qual é difícil escapar, como já defendeu o psicólogo norte-americano Timothy Jay ao Observador. São parte do nosso reportório linguístico e mudam consoante os tempos, as vontades e os tabus. Há gerações que herdam asneiras, outras que acrescentam palavras feias ao dicionário atual.

A maior parte dos palavrões existe há várias centenas de anos — o hábito de usar a palavra feia em determinados contextos vem desde o tempo dos romanos, segundo Melissa Mohr, especialista em literatura medieval e autora de Holy Sh*t: A Brief History of Swearing. “Os romanos são importantes na história dos palavrões porque as asneiras que usavam eram baseadas nos tabus sexuais e de excreção, como acontece na maioria das línguas modernas”, explicou a autora ao Observador em setembro de 2015, num especial dedicado a conhecer a origem das asneiras que usamos no dia a dia. Muitos palavrões têm origem latina — são exemplos palavras como “merda” (“mierda”, em espanhol, e “merde”, em francês) ou “puta” (“puta”, em espanhol, e “putain”, em francês).

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Palavrão a palavrão: de onde vieram as asneiras

De um modo geral, é possível encaixar o palavrão em quatro grandes categorias, tal como explica o The Economist: religião, sexo, excreção e insultos. Dentro desta classificação, existem asneiras mais tabu do que outras. Exemplo disso é quando os palavrões são dirigidos a determinados grupos — mulheres, etnias ou homossexuais, por exemplo. Mas há palavras que estão praticamente proibidas de sair boca fora: é o que acontece com “negro” em inglês no contexto norte-americano.

O que diz a ciência sobre praguejar

Há muitas investigações e todas parecem ter algo a acrescentar. É o caso do trabalho encabeçado pelo psicólogo Richard Stephens, da Universidade de Keele, que começou por estudar os palavrões na sequência da segunda gravidez da mulher, que compreensivelmente praguejava de cada vez que sentia uma contração mais forte. O investigador britânico tem sido particularmente feliz nas experiências que faz, as quais mostram que dizer asneiras em determinados contextos é capaz de aumentar a resistência física — uma descoberta que já lhe valeu um IgNobel (prémio dado à descoberta científica mais estranha do ano), em 2010.

Emma Byrne, autora do livro "Swearing is Good for You: The Amazing Science of Bad Language", sugere que dizer palavrões pode contribuir para reduzir a dor física e social, e equipara as asneiras mais fortes a analgésicos — se "fogo" atua que nem um ben-u-ron, "foda-se" é mais facilmente equiparada à morfina.

Numa de mais experiências, o académico pediu a um grupo de voluntários para pedalarem durante 30 segundos numa bicicleta contra uma “resistência intensa”. Resultado? Praguejar melhorou a performance. Noutra investigação, pediu a voluntários para pôr as mãos dentro de baldes de água gelada. Se uma parte podia praguejar com liberdade, a outra tinha de se remeter ao uso de palavras neutras: os participantes que aguentaram mais tempo com a mão dentro de água foram os que praguejaram. Segundo Stephens, dizer palavrões é uma forma de gerir a dor e até mesmo de empoderar uma pessoa. Não é o único a pensar assim: Emma Byrne, autora do livro Swearing is Good for You: The Amazing Science of Bad Language, sugere que dizer palavrões pode contribuir para reduzir a dor física e social, e equipara as asneiras mais fortes a analgésicos — se “fogo” atua que nem um ben-u-ron, “foda-se” é mais facilmente equiparado à morfina.

“Quando se diz um palavrão a temperatura corporal pode aumentar, bem como a frequência cardíaca, e as pupilas dilatam. Alguma investigação descobriu que ler e escrever asneiras tem um impacto emocional, mas não tanto como dizê-las ou ouvi-las”, diz a psicóloga clínica Filipa Jardim da Silva. Dizer asneiras tem um efeito catártico, sobretudo se ditas na língua materna, mas usá-las constantemente implica uma redução de benefícios, uma vez que é possível criar habituação aos palavrões — tal qual uma peça de roupa que fica desbotada, depois de usada demasiadas vezes, ou o uso excessivo de acessórios. É precisamente isso que Manuela, 49 anos, quer evitar, uma vez que acredita que os palavrões têm um efeito libertador — só os usa em momentos de urgência, não vá correr o risco de “gastar os palavrões”. Ao Observador, reconhece que apenas profere asneiras como forma de libertar o stress, pelo que lhe faz confusão a vizinha da frente que, em média, diz “100 palavrões por dia”. “Todos temos relações diferentes com a asneira, não é?”

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As asneiras são descargas emocionais sinalizadas pelas palavras. Ao contrário dos berros, elas legendam as emoções, explica ao Observador Pedro Ferreira Alves, neuropsicólogo no Instituto Terapêutico Analítico Psicologia Aveiro (ITAPA). Neste contexto, os palavrões podem atenuar tensões ou contagiar terceiros. “Também podem servir como estimulantes no sexo porque são fora da regra, quase imorais, o que torna as coisas mais afrodisíacas”, continua. A asneira é uma forma de gerir a emoção, é o “cruzamento entre a fala, a parte mais racional e aquela puramente emocional”.

"Os palavrões permitem-nos expressar emoções e comunicar de uma forma efectiva e espontânea o que sentimos, algo por vezes difícil de conseguir com recurso a outras palavras mais pensadas. É uma forma de se ventilar e libertar sentimentos mais intensos. A expressão de uma única asneira/palavrão pode transmitir de imediato o estado de uma pessoa — se está com raiva, chateado, excitado, surpreso — e a intensidade desse estado." 
Filipa Jardim da Silva, psicóloga clínica

Se, por um lado, verbalizar asneiras estimula pensamentos agressivos, por outro, deixa-nos menos propensos a ser violentos fisicamente. Um paradoxo interessante. Pedro Ferreira Alves explica que a asneira é a tradução que o cérebro faz da emoção, ao dar-lhe uma etiqueta. Ao verbalizar determinada emoção, o comportamento impulsivo é inibido. Dizer asneiras pode, assim, ter uma componente benéfica, atesta o neuropsicólogo, que deixa um aviso: “Quanto mais madura for uma pessoa, quanto mais a sua personalidade estiver desenvolvida, mais léxico ela tem para legendar as suas emoções”.

A utilidade das asneiras vai além do sentido prático do dia a dia. A existência de palavrões contribuiu para o desenvolvimento da neurociência, uma vez que estes atuam como “um barómetro para as nossas emoções”. Há mais de 150 anos que as asneiras são usadas como uma “ferramenta de investigação” capaz de ajudar o ser humano a compreender a estrutura do próprio cérebro, bem como o papel da amígdala na regulação das emoções. Segundo a publicação The Economist, a parte do cérebro que usamos para praguejar está próxima da parte que usamos para chorar ou gritar: “Praguejar parece ativar circuitos diferentes daqueles usados no discurso normal”. Praguejar é imediato, isto é, as asneiras saltam da boca de cada vez que batemos com o pé na esquina da mesa porque, naquele momento, ainda não processámos as palavras de forma consciente (ao contrário do que acontece quando selecionamos vocabulário para contar uma história).

De acordo com um artigo da Elle norte-americana, que também se dedicou a explorar a ciência do palavrão, aquilo que é considerado calão parece estar alojado no córtex frontal do cérebro, ligado às emoções. Já a linguagem do dia a dia está alojada no lado esquerdo do cérebro — isto permite perceber porque é que algumas vítimas de AVC perdem capacidade de falar, mas continuam a conseguir praguejar. O ato de dizer asneiras tem raízes tão profundas nos nossos cérebros que, apesar de um derrame derrubar todas as estruturas que nos permitem usar a linguagem, os palavrões permanecem, acrescenta Emma Byrne, que assegura que esta é a linguagem que surge quando todas as outras palavras falham. “É a língua que tem maior probabilidade de durar além dos danos cognitivos da idade.”

"Quando se diz um palavrão a temperatura corporal pode aumentar, bem como a frequência cardíaca e as pupilas dilatarem. Alguma investigação descobriu que ler e escrever asneiras tem um impacto emocional, mas não tanto como dizê-las ou ouvi-las."
Filipa Jardim da Silva, psicóloga clínica

“Os palavrões permitem-nos expressar emoções e comunicar de uma forma efetiva e espontânea o que sentimos, algo por vezes difícil de conseguir com recurso a outras palavras mais pensadas”, acrescenta Filipa Jardim da Silva, psicóloga clínica e coach profissional. “É uma forma de ventilar e libertar sentimentos mais intensos. A expressão de uma única asneira pode transmitir de imediato o estado de uma pessoa — se está com raiva, chateada, excitada, surpresa — e a intensidade desse estado”, continua. O hábito de dizer palavrões atravessa todos os extratos sociais e persiste ao longo da vida.

Certo que as asneiras são mais facilmente associadas a tabus e a injúrias, mas também são capazes de expressar pensamentos positivos. Exemplo disso é o que acontece num estádio de futebol, onde da boca dos adeptos, sejam eles de que equipa forem, saem asneiras descontroladas pelos maus e bons passes. E vai um “foda-se” de espanto pela defesa que, à partida e a olho nu, parecia impossível. As asneiras são também um recurso para lidar com a nossa própria frustração ou para divertir outra pessoa. Há ainda uma diferença entre dizer asneiras e insultar: os palavrões podem fazer parte de um discurso automático, “modelado no contexto sociocultural”, ser muleta verbal ou ligação entre palavras ou ideias distintas, diz a psicóloga clínica Filipa Jardim da Silva, ou, então, usados com o objetivo de ofender terceiros. “De qualquer forma, é um sinal social complexo, carregado de significado emocional e cultural”, escreve Emma Byrne no The Guardian.

O que as asneiras dizem de nós

O palavrão — seja ele “caralho”, “merda” ou “foda-se” — é socialmente incorreto. Disso ninguém tem dúvidas. Mas tal não impede a palavra obscena ou indecorosa de ser assunto estudado e debatido. Além da injúria, investigações recentes mostram o outro lado das palavras feias: afinal, dizer asneiras pode fazer bem à saúde individual e aumentar a nossa autoestima. Há até estudos que fazem uma correlação entre a inteligência e as asneiras — isto é, as pessoas mais inteligentes parecem ter maior propensão para praguejar.

Dizer profanidades pode ser visto como um sinal de sinceridade, honestidade e compromisso, escreve ainda Emma Byrne. “Encontrámos uma relação positiva e consistente entre profanidade e honestidade; ao nível do indivíduo, a profanidade estava associada a menos mentiras e enganos e a uma maior integridade a nível social”, lê-se neste estudo, realizado em conjunto por quatro universidades distintas.

A mesma investigadora reconhece as vantagens do palavrão mas opta por assinalar diferenças de género que prevalecem na sociedade: comparativamente com os homens, as mulheres que usam palavrões no seu discurso não são tão bem vistas.

A alegada divisão de género foi tema de estudo para Robert O’Neill, da Universidade Estatal do Louisiana, que em 2001 pediu a 377 pessoas para classificar palavrões por grau de ofensa. Aos participantes foi-lhes mostrado uma transcrição da conversa que incluía alguém a praguejar — quando a pessoa que dizia as asneiras era identificada enquanto mulher, esta era considerada “fraca” e “repelente”; quando era identificada enquanto homem, este era tido como mais dinâmico e tão atraente como se não tivesse praguejado de todo. “Não interessa se perguntamos a homens ou a mulheres, todos fomos educados a acreditar que praguejar no masculino é a normal, enquanto praguejar no feminino é merdoso”, continua Byrne.

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Praguejar é pouco profissional, mas o poder de persuasão associado aos palavrões tem que se lhe diga. De acordo com um estudo citado pela The Atlantic, os testemunhos inventados de um perpetrador e sua vítima carregados de profanidades foram considerados mais credíveis do que aqueles que não continham quaisquer asneiras.

Viremo-nos para a dimensão política. Uma sondagem recente mostrou que quase 80% dos americanos disseram que as eleições presidenciais de 2016 não foram civilizadas. Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, é um dos políticos que usa calão. Durante a campanha era fácil apanhar uma asneira nos muitos discursos que fez. O uso de asneiras vai de encontro, na opinião da socióloga Sofia Aboim, do Instituto de Ciências Sociais, com a onda populista em que Trump se insere. A linguagem do agora presidente “apela a uma espécie de sentimento de inclusão”. No outro lado da barricada, o Comité Nacional Democrata começou a vender t-shirts com o seguinte slogan: “Democrats give a shit about people” (um equivalente a “os Democratas preocupam-se com as pessoas, porra”).

O facto de as pessoas praguejarem cada vez mais em público, sem que consequências de maior recaiam sobre os protagonistas do palavreado pouco simpático, faz vir à tona outra questão: será que existem benefícios sociais em dizer asneiras? Há investigações que garantem que dizer palavrões é uma forma de convencer os outros, desde os eleitores aos colegas de trabalho, acrescenta a The Atlantic. Um estudo italiano com o título “Porque a vulgaridade funciona” mostrou que, quando candidatos políticos ficcionais praguejavam em posts, os eleitores ficavam com uma melhor impressão deles. Ainda no contexto político, é possível que o palavrão ajude quem o usa a tornar-se numa figura mais real e mais próxima do seu público.

Praguejar também pode ser útil no local de trabalho, uma vez que ajuda a criar equipas, além de aumentar o moral e reduzir os níveis de stress entre trabalhadores. De acordo com um artigo publicado no The Guardian, em novembro do ano passado, a ciência já mostrou que as equipas que partilham um “léxico vulgar” tendem a ser mais eficientes em conjunto, com os respetivos membros a sentirem-se mais próximos uns dos outros e a serem também mais produtivos.

Trabalhadores no Reino Unido, em França e nos Estados Unidos dizem usar palavrões para dar nas vistas ou para passar uma ideia de urgência, bem como desenvolver amizades, segundo um estudo deste ano, citado pela The Atlantic. Outro trabalho mostra que “foda-se” pode significar amizade, quando a asneira é dita entre colegas de trabalho. A utilização do asneiredo varia ainda consoante o sexo: as mulheres dizem-no para mostrar assertividade em ambientes de trabalho dominados pelo sexo oposto ou para ganhar o respeito de colegas masculinos.

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Praguejar lá fora e cá dentro

Em termos gerais, a sociedade ocidental está mais desperta para as asneiras. Não é incomum ouvi-las em canções, muito menos em filmes diversos. O palavrão é, aliás, recorrente na indústria cinematográfica. Em “Nascido para Matar”, de Stanley Kubrick, os atores dizem um total de 193 asneiras e em “Cães Danados” diz-se a palavra começada “f” uma média 2.71 vezes por minuto. “O Lobo de Wall Street”, de Martin Scorsese, é provavelmente o filme de Hollywood em que mais vezes se diz a palavra “fuck”. De acordo com a The Atlantic, em três horas de filme as personagens usam esse palavrão (e seus derivados) mais de 500 vezes. Um exemplo nacional? “Larga a boca dessa merda que só te faz mal, caralho” é a primeira frase do filme “Zona J”, que estreou em dezembro de 1998.

Nem o pequeno ecrã se safa. O uso censurado de “foda-se” na televisão, no horário nobre norte-americano, aumentou 2.409% entre 2005 e 2010, de acordo com o estudo“Habitat for Profanity” (“Um Habitat para a Profanidade”, em português). Ou seja, passou de ser ouvido 11 vezes para ser ouvido 275 vezes.

Comparativamente com a língua inglesa — e até com o português do Brasil — os palavrões ditos em português de Portugal têm uma violência simbólica diferente. No Brasil, diz a socióloga Sofia Aboim, a aceitação da asneira é muito maior do que em Portugal. “Somos, sem dúvida, mais reservados no uso de palavrões.”

Existe mais flexibilidade linguística em inglês e uma maior informalidade no tratamento das pessoas, comparativamente com o que acontece em Portugal. “Fuck off”, exemplifica a socióloga, tem uma conotação muito mais ligeira do que a sua tradução para português. Outro exemplo é a palavra “bitch”, um tratamento coloquial entre as raparigas que resulta da banalização do palavrão. Em Portugal existe uma “menor porosidade da linguagem”, num país onde o palavrão está mais associado a algumas regiões e a uma linguagem muito informal.

https://www.youtube.com/watch?v=AivxGS5_wkk

“Há palavras impensáveis de serem ditas fora de contextos mais formais. Trazê-las para um contexto de maior formalidade, como um discurso político ou um telejornal, não acontece. Não chega a esse ponto”, diz Sofia Aboim, descurando alguns reality shows que mais recentemente invadiram a televisão portuguesa. “Mas isso não é para todos. Há um pudor muito grande na linguagem pública. Merda só é aceitável no teatro, em Portugal. De resto é considerado ofensivo.”

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