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Tem como defeito mais tolerável nos outros a estupidez e o menos tolerável a ingratidão, que não costuma perdoar a ninguém seja na vida ou no desporto. Valoriza a solidariedade, tem como herói Nuno Álvares Pereira, mas Humberto Delgado foi o seu primeiro ídolo. E aprecia, cada um na sua área específica, nomes como Soares dos Reis, José Régio, António Nobre ou Pedro Burmester. Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa, que completa esta quinta-feira 80 anos, é conhecido pelas três décadas e meia na liderança do FC Porto, mas foi ganhando um espaço muito maior do que aquele enraizou no país desportivo.
Ao longo desse tempo, o sócio 808 dos dragões nunca passou ao lado nem foi indiferente a ninguém. E, pelo meio, sem qualquer tipo de oposição interna, conquistou um total de 58 títulos no futebol (entre os quais os sete internacionais, como as duas Taças dos Campeões Europeus/Liga dos Campeões ou as duas Taças Intercontinentais) num total de 1.752 jogos oficiais com 67,3% de vitórias que atravessam nesta altura o maior jejum (não ganha nada desde a Supertaça de 2013), ao mesmo tempo que ganhou dezenas e dezenas de títulos nas modalidades como no hóquei em patins, onde chegou a passar como dirigente da secção e que nunca tinha conseguido um Campeonato, ou no andebol, onde quebrou um jejum de 31 anos.
Entre as muitas entrevistas (que foram sendo reduzidas com o passar dos anos) e milhares e milhares de declarações, foram escolhidas 80 de diferentes perspetivas para resumir um reinado com rivalidades, polémicas e conquistas, mas também de alguém com um gosto especial por poesia, teatro e animais.