Índice
Índice
Uma lua-de-mel, mergulhos na piscina, um Soares fixe para a JSD, partidas ao presidente do Tribunal de Contas, um aluno que se candidatou pelo PS, um Rajoy contra o Portunhol ou a oferta de um coelho vivo. As histórias da Universidade de Verão (UV) — que celebra 15 anos este ano e vai para a 16ª edição — ajudam a perceber como o PSD consegue manter a vitalidade de um modelo que nunca resultou noutros partidos.
Carlos Coelho é reitor desde a primeira edição e há apenas um conceito sobre o qual se mostra inflexível: a pontualidade. Consta da memória coletiva da UV que não conseguiu disfarçar o desconforto quando, no verão de 2004, o primeiro-ministro Pedro Santana Lopes decidiu falar individualmente para cada uma das televisões à beira da piscina, atrasando a sessão formal de encerramento com Juan Luís Cebrián.
Há uma curiosidade que não surpreende: o atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi o orador que mais vezes participou como “professor” na Universidade de Verão, onde esteve por nove vezes.
A história que une os dois grandes incêndios de Monchique
Rui André estava na primeira edição da Universidade de Verão do PSD, em 2003, quando começou a ver num dos ecrãs um grande incêndio na sua terra, Monchique. Pela televisão, o jovem de 28 anos conseguiu identificar que a sua casa estava a arder. Preocupado, ligou ao pai, que lhe disse para não descer até ao Algarve e continuar concentrado no que estava a aprender em Castelo de Vide. Assim fez, não tendo vivido in loco o primeiro grande incêndio de Monchique.
Licenciado em Educação Visual e Tecnológica, foi na UV que fez uma parte importante da sua formação política. O jovem tinha então como livro preferido a biografia de Cavaco Silva e, quanto ao que queria ser no futuro, a resposta não podia ser mais simples: “Mais do que hoje.” Dez anos depois de Castelo de Vide chegaria mesmo a presidente da câmara de Monchique. Ganhou uma, duas, três vezes.
A terceira — num último mandato que decorre até 2021 — foi aquela em que enfrentou o momento mais difícil. No início de agosto, Rui André viveu momentos dramáticos como autarca, passando várias noites sem dormir, num incêndio que durou sete dias, destruiu 32 casas, fez 39 feridos, um deles grave, e em que as chamas consumiram mais de 27 mil hectares.
Quinze anos depois, Rui André acabaria assim por viver no local, como responsável político, aquilo a que tinha sido poupado da primeira vez por estar a investir na sua formação política. Entre o jovem aluno da UV e o autarca que enfrentou o fogo passaram 15 anos. Tantos quantos tem a Universidade de Verão do PSD.
A aula que terminou com gritos de “Soares é fixe!”
Mário Soares foi um dos maiores adversários do PSD ao longo da sua vida política, mas isso não o impediu de aceitar o convite do amigo Carlos Coelho. O social-democrata participou na segunda campanha presidencial de Mário Soares (MASP II), eleições em que o PSD apoiou a recandidatura do então Presidente da República.
Quando Soares foi à UV, em 2011, Passos Coelho tinha sido eleito primeiro-ministro há pouco mais de dois meses e o programa de ajustamento da troika estava no início. Nessa edição, outro dos convidados era Mariano Rajoy, meses antes de se tornar primeiro-ministro espanhol. O fundador do PS — ali carinhosamente chamado de “pai da democracia” — deixava duas sugestões aos alunos. Como livro, a Decadência dos Povos Peninsulares, de Antero de Quental. Como filme, Inside Job — A verdade da crise.
Soares estava divertido, em grande forma. Chegou de carro apenas na companhia do motorista para um “jantar-conferência”, um modelo habitual na Universidade de Verão. A “ata” da conferência mostra bem como foi a sessão. Soares começou por dizer aos jovens que “devem estar empenhados no futuro”. Para logo acrescentar: “É do futuro que acho que devemos falar e não do passado, e muito menos de mim, isso não interessa a ninguém senão a mim”.
O socialista confessava-se fã de Barack Obama: “Não sou fã de nenhum político a não ser dele, tenho uma grande admiração por ele”. Sobre a crise, Mário Soares advertia que não se devia aplicar rigorosamente o ajustamento, avisando que “a troika e o texto da troika não são uma bíblia, todos os textos políticos têm várias interpretações e podem ser lidos com várias interpretações e nós não temos de estar subservientes em relação a essa troika, sem ter em conta as realidades político-sociais e económico-financeiras que são mutáveis.” Soares, que era primeiro-ministro durante o resgate do FMI em 1983, acrescentou ainda: “Nós não temos de estar sempre de chapéu na mão e subservientes em relação à troika, é que, afinal, os tipos da Troika são uns tipos complicados“.
Aos jovens, Mário Soares contou que conheceu Sá Carneiro “logo a seguir ao 25 de Abril” num “cocktail da embaixada francesa” para o qual ambos foram convidados. Soares ficou sentado ao lado de Sá Carneiro e atirou:
– “Ó Dr. Sá Carneiro, o senhor é social-democrata.”
– “Pois sou”, respondeu Sá Carneiro.
– “Então, porque é que não entra para o Partido Socialista?”, questionou Soares.
– “Eu não entro no Partido Socialista por várias razões e até porque vocês lá são marxistas, mas seria uma coisa a estudar”, terá dito Sá Carneiro, segundo contou Soares em 2011 em Castelo de Vide.
– “Pode estudar perfeitamente, entre no partido [PS], entre”, insistiu Soares.
– “Não, eu já estou a caminho de formar um novo partido”, respondeu Sá Carneiro.
Segundo Soares, o que se passou de seguida era o expectável: Sá Carneiro fundou o Partido Social Democrata, aquele que seria o maior adversário político — na disputa do eleitorado — do PS de Soares. Assim contou o histórico socialista a história de como tentou levar Sá Carneiro para o PS antes do PSD nascer.
Ainda antes do final das perguntas, o então presidente da JSD, Duarte Marques, retribuía a simpatia de Soares, dizendo que compreendia a razão de “durante tantos anos muita gente dizer ‘Soares é fixe’. Os jovens estavam contentes e começaram a circular SMS para que fosse preparada uma despedida apoteótica.
Depois de Duarte Marques dar o mote, no final da sessão, o jovem aluno André Couceiro — natural da Marinha Grande e que tinha feito uma pergunta sobre a famosa chapada da Marinha Grande –, começou a gritar: “Soares é fixe!”. Os restantes foram atrás e toda a sala gritou: “Soares é fixe! Soares é fixe!”
A edição desse ano foi das que teve um maior impacto mediático da história da UV. Num dos dias da semana, o jornal da noite da SIC chegou a ter quatro peças a partir do que se passava na Universidade de Verão. Nesse ano, além de Soares e Rajoy, também tinham marcado presença na UV o sociólogo António Barreto e o recém-empossado ministro das Finanças, Vítor Gaspar.
Gaspar foi aliás, como conta Carlos Coelho, uma dor de cabeça para os repórteres de imagem das televisões. O então ministro das Finanças vestiu a pele de professor e andou de um lado para o outro da sala a fazer piscinas. “Só se via os cameras lá atrás da sala de um lado para o outro como se estivessem a acompanhar um jogo de ténis”, lembra o reitor da UV ao Observador.
Como Rajoy dispensou o “Portunhol” e o congresso laranja de Cebrián
Mariano Rajoy disse na UV que estava confiante de que ia ser primerio-ministro. E foi o que aconteceu, em dezembro desse ano de 2011. Aos alunos, sugeriu apenas um livro em causa própria: “En Confianza”, do qual é autor, sugerindo ainda “A Lista de Schindler” de Spielberg como filme. Como é galego, Mariano Rajoy percebe bem o português. Por isso, fez questão de dizer aos alunos: “Podem fazer as perguntas em português ou espanhol, não façam é em Portunhol, que em Portunhol eu não consigo“.
Ao longo das 15 edições já realizadas — embora muitas tivessem contado com a presença do então primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho — o evento de Rajoy foi o que teve mais atenção mediática por parte da comunicação social. Como lembra Carlos Coelho ao Observador, “foram a Castelo de Vide 12 a 13 televisões, porque também vieram as televisões espanholas, e 30 a 40 jornalistas na sala”.
Antes de Mariano Rajoy, em 2011, um outro espanhol influente tinha ido à Universidade de Verão: Juan Luis Cebrián, homem forte da Prisa e fundador do El País, que surpreendeu todos ao lembrar que só teve uma vez num Congresso de um partido político… o PSD. E explicou que isso aconteceu porque era amigo de Sá Carneiro:
“Tive uma amizade fraternal com Francisco Sá Carneiro, sou um amigo íntimo de Francisco Pinto Balsemão e assisti, há quase 30 anos, ao primeiro Congresso Nacional do PSD em Lisboa. Foi o único congresso de um partido político a que assisti na minha vida, porque pouco tempo depois fundei o El País, em Espanha, e como queria que fosse um jornal independente, prometi a mim mesmo não voltar assistir a um congresso.”
Mergulho vestido na piscina e a origem do 31 da Armada
Na Universidade de Verão do PSD, os alunos estão divididos em grupos, que têm até sete elementos. Cada grupo tem uma cor e um conselheiro, que é uma espécie de mentor da equipa. Quando há jantares-conferência, um dos grupos fica responsável pelo brinde ao convidado da noite. Em 2005, Rodrigo Moita de Deus era conselheiro do grupo encarnado e prometeu aos alunos que se o surpreendessem no brinde ele mergulhava, vestido, para piscina do Hotel Sol e Serra, em Castelo de Vide.
O convidado era Vasco Graça Moura e o brinde foi um sucesso. De forma original, o grupo decidiu que fosse lida a “Carta a meus filhos sobre os fuzilamentos de Goya” de Jorge de Sena, enquanto um antigo aluno acompanhava à viola o recitar do texto. O prometido foi cumprido. Ao Observador, Rodrigo Moita de Deus — atualmente diretor-geral e sócio da agência Nextpower, mas que nunca se afastou do partido — lembra, 10 anos depois, que teve mesmo de ir a banhos: “Confirmo que esse mergulho aconteceu. E confirmo que fui vestido, como tinha prometido.”
Outra história curiosa é que foi neste ano que Rodrigo Moita de Deus e Carlos Nunes Lopes — ambos membros do staff — começaram a esboçar a criação de um novo blogue, que se viria a tornar um dos mais famosos da blogoesfera portuguesa. “Foi aí que eu e o Carlos Lopes começámos a brincar e a testar aquilo que mais tarde seria o 31 da Armada“, conta Moita de Deus. Em junho de 2007, o 31 da Armada credenciou-se como “comunicação social” para acompanhar a Convenção do Bloco de Esquerda, sendo a primeira vez que um blogue foi credenciado em Portugal para uma reunião magna de um partido.
O mergulho de Rodrigo Moita de Deus está longe de ser um caso isolado. A piscina da UV conta muitas histórias. Uma das mais marcantes ocorreu logo na primeira edição, em 2003, quando estava instituída a prática do mergulho noturno. Teixeira, o funcionário do PSD que garante que nada falha no som dos eventos do partido, estava à janela e viu que havia movimento na piscina e atirou: “Se o Carlos Coelho vos apanha aí, estão feitos“. No escuro, não reparou num pequeno pormenor: Carlos Coelho era uma das pessoas que estava na piscina.
O breve regresso de Oliveira Martins à JSD
Guilherme d’Oliveira Martins era presidente do Tribunal de Contas quando foi à Universidade de Verão em 2010. Carlos Coelho fez questão de dizer na introdução da conferência que era amigo do antigo ministro socialista desde os tempos da “jota”: “Conheço-o há muitos anos desde que ambos estávamos na JSD porque o Dr. Oliveira Martins foi fundador da JSD. Eu entrei um bocadinho mais tarde, quando fiz 16 anos, e recordo-me sempre com saudade das dificuldades e dos combates que tive e do apoio que ele me deu sempre, quando estávamos na mesma organização política de juventude.”
O grupo roxo não deixou passar o registo e um dos membros do grupo, Nuno Santos, avançou: “Permita-me esta pequenina brincadeira: a única mancha no seu curriculum terá sido a desistência da JSD”. Ao que Guilherme d’Oliveira Martins prontamente respondeu no meio de sorrisos: “É que eu nunca desisti da JSD, devo dizer-lhe, a idade é que passou…”
No final da conferência, os alunos — cuja esmagadora maioria eram dos quadros da “jota” — não dispensaram uma pequena provocação ao fundador da JSD, que se tornaria mais tarde ministro e uma das figuras do PS, e começaram a gritar “JSD, JSD, JSD”, para que Guilherme d’Oliveira Martins os seguisse. O presidente do Tribunal de Contas ficou constrangido e a cara era de indecisão: devia seguir os alunos nos cânticos ou manter a equidistância que se exige ao presidente do Tribunal de Contas? Optou pela segunda e ainda não foi daquela vez que voltou a cantar pela “jota” de um partido que já não é o seu.
A Universidade de Verão do PSD tem tido várias personalidades do PS e, para além de Mário Soares, ali já foram nomes como Jaime Gama, Sérgio Sousa Pinto, António Vitorino, Luís Amado, Correia de Campos, João Proença ou Carlos Silva (que será convidado este ano).
Há uma história curiosa que envolve um socialista mais anónimo. Um dos alunos da UV, João Diogo Félix, não só era militante do PS como no mesmo ano foi candidato a vereador pelo PS à câmara de Castelo de Vide, onde se realiza a Universidade de Verão. Ou seja: o PSD ajudou com a sua formação um potencial candidato autárquico do PS. Mas o dano não foi grande: o PSD venceu a câmara e ainda é hoje o partido que lidera a autaruia.
Lua-de-mel na Universidade de Verão e o jogo do Coelho e do Rato
As histórias entre os participantes são muitas. Muitos tiveram futuro no partido e são membros da JSD ou dirigentes do PSD. A título de exemplo, Rui André — que, como relatado, participou em 2003, tornou-se presidente da câmara de Monchique, Hugo Carneiro, que participou em 2011, é hoje secretário-geral adjunto do PSD e o homem das contas do partido e Simão Ribeiro (mais tarde líder da JSD) fez questão de ser aluno quando já era deputado, o que para muitos foi um risco.
Recuando a 2006, dá-se uma das participações mais curiosas. Jorge Varela tinha-se candidato algumas vezes para eventos do partido e raramente era escolhido. Em 2006, já com 30 anos, decidiu candidatar-se à Universidade de Verão do PSD, mas sem grande esperança de entrar. De tal forma, que quando soube que tinha sido escolhido, apercebeu-se que na data da UV estaria de lua-de-mel. Só havia duas soluções: ou não ir à UV ou levar a mulher com ele para Castelo de Vide. Optou pela segunda e acabou por passar o tempo da lua de mel naquela vila do Alentejo. O aluno em questão é dos mais dedicados membros do staff, continuando a fazer, aos 42 anos, parte da equipa que organiza a UV há vários anos. Na altura, queria ser primeiro-ministro.
E se há mel, também há fel na UV. No ano de estreia, houve um momento pouco simpático para Miguel Relvas na aula que deu sobre o “Retrato de Portugal”. O então secretário de Estado da Administração Local não fez referência aos números das regiões autónomas da Madeira e dos Açores, e os alunos das ilhas ficaram incomodados. A meio da sessão, justificou assim a ausência desses números: “Mais importante do que apresentar os números era depois termos a capacidade de aplicação das medidas e políticas do Governo, para poder contrariar a atual situação. Como sabem a Madeira e os Açores são, no plano constitucional, regiões autónomas que têm competência, Governo e Parlamento próprios para poderem aplicar essas medidas. Portanto, não havia razão para apresentar os números da Madeira e dos Açores porque depois, para além do diagnóstico, em matéria de terapêutica não teríamos nunca a resposta.” Ainda assim, não se livrou que alguns alunos das ilhas abandonassem a sala, nem de alguns “1” (a nota mínima) na hora da avaliação informal feita pelos alunos.
A história mais animalesca teve lugar em 2005. Carlos Coelho, reitor da UV, enganou-se e chamou por lapso “Ricardo Gato” ao aluno Ricardo Rato, um jovem de Santarém, então com 18 anos. O aluno não perdoou e, no final da Universidade de Verão, ofereceu a Carlos Coelho um coelho vivo. Ricardo Rato fez questão de dizer que era uma prenda “de animal para animal”.
A partida a Zeca que atingiu Jorge Moreira da Silva
O antigo ministro e ex-líder da JSD, Jorge Moreira da Silva, foi um dos oradores que mais vezes foi à Universidade de Verão. Como o próprio reconhece, a brevidade na exposição de argumentos não é propriamente o seu ponto forte. Em 2014, num jantar-conferência, estava a dar uma longa exposição sobre fiscalidade verde sem grande interesse noticioso e provocando alguns bocejos nos alunos.
Como já era tarde, os jornalistas aproveitaram para beber o café no exterior da sala onde decorria o jantar. Certificando-se de que a comunicação social já não estava presente o histórico assessor do partido Zeca Mendonça, também saiu para tratar dos assuntos do dia seguinte. Mas cá fora, os jornalistas reparam e decidem fazer uma pequena partida ao experiente Zeca. Com a ajuda de um dos membros da organização, comunicam então que, afinal, precisavam de falar com Jorge Moreira da Silva (o que era mentira) porque ele teria acabado de defender uma descida de impostos (o que era igualmente mentira), assim contrariando o que tinha dito nessa manhã a então ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque.
Zeca Mendonça tentava não dar sinais de surpresa, mas agarra-se de imediato ao telefone e caminha de um lado para o outro tentando antecipar soluções para um problema inesperado com potencial para gerar muita confusão. De tal forma, que foi mais rápido que o elemento da organização que estava a par da brincadeira, e faz chegar a Hugo Soares (então presidente da JSD, sentado ao lado de Moreira da Silva) a informação de que os jornalistas queriam falar com o ministro por causa do que teria defendido em matéria de impostos). Soares passa discretamente um bilhete a Moreira da Silva a alertá-lo para o problema.
As televisões colaboraram na brincadeira e os repórteres de imagem colocaram os tripés como se quisessem, realmente, declarações do então ministro do Ambiente. Entretanto, os jornalistas decidem desfazer a partida e tentam avisar Hugo Soares antes que isso influenciasse a declaração de Moreira da Silva. Tarde demais. O ministro já ia lançado e começa a mandar indiretas críticas aos jornalistas, que ficaram registadas na gravação da sessão: “Espero, obviamente, que este debate possa ser feito sem demagogia e sem o simplismo daqueles que querem só falar de mais impostos ou menos impostos. Como disse a Ministra das Finanças esta tarde, é evidente que todos desejamos um desagravamento fiscal. Só mesmo quem for masoquista não defende um desagravamento fiscal.” E assim continuou: “Bem sei que muitos gostariam que apenas falássemos do tema como mais impostos ou menos impostos.”
Os jornalistas esperaram pelo final da sessão para finalmente revelar a Zeca Mendonça que tudo não passava de uma partida. O assessor de imprensa não disfarçou o alívio de quem já adivinhava uma noite complicada. E reagiu com sentido de humor. “Chapeau!”