Índice

    Índice

“Incerteza”, “preocupação”, “medo”. São algumas das palavras que saem da boca de Joseph, Alistair, Alena e Kevin, nos telefonemas que mantiveram com o Observador nas últimas semanas. Todos eles vivem atualmente no Reino Unido e todos — uns por causa do seu trabalho, outros pelas características da sua comunidade — podem vir a sentir na pele os efeitos da saída do Reino Unido da União Europeia (UE). Na terça-feira, o parlamento britânico vota a proposta da primeira-ministra, Theresa May, de acordo para o Brexit. Enquanto em Londres se discute se a proposta de acordo é boa o suficiente para entrar com calma num período de transição ou se é melhor dar um salto no escuro que é um Brexit sem acordo, os britânicos (e europeus) comuns vão matutando sobre as suas vidas — incluindo estes quatro.

Dois não votaram no referendo (uma porque não podia, um porque se absteve), os outros preferiram dizer Remain (Ficar). Mesmo esses, contudo, sentem-se abalados pelo vendaval político que se seguiu à consulta popular. Um admite que os argumentos dos que preferiram o Leave (Sair) também têm peso; o outro resignou-se a apoiar o acordo de Theresa May e fala na “ansiedade” em que Westminster mergulhou por estar disposto a chumbá-lo.

Numa coisa todos concordam: quer seja aprovado este acordo, quer o Reino Unido saia “à bruta”, as consequências são imprevisíveis. Estes quatro residentes, habitantes de zonas diferentes do país, sentem-se todos presos no limbo. Diariamente, acompanham as decisões políticas com perplexidade. E, mesmo assim, são cidadãos interessados e todos eles participam em organizações para tentar influenciar a política do país de alguma forma. Uma tentativa para repor o controlo sobre as suas vidas, talvez.

Este artigo é exclusivo para os nossos assinantes: assine agora e beneficie de leitura ilimitada e outras vantagens. Caso já seja assinante inicie aqui a sua sessão. Se pensa que esta mensagem está em erro, contacte o nosso apoio a cliente.