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O que são os fundos de investimento?

Os fundos de investimento são instrumentos de investimento coletivo em que muitos participantes ou investidores aplicam quantias variáveis de dinheiro para formar uma carteira de ativos para investimento. O fundo está sujeito ao princípio da diversificação e repartição de riscos, e é gerido por profissionais da área também conhecidos como gestores de fundos ou da carteira.

Os investimentos podem implicar ações de empresas, obrigações ou instrumentos do mercado monetário, até outros como as chamadas commodities (ex: ouro ou petróleo).

A ideia base é comprar um destes valores mobiliários na expetativa de que este valorize para quando o vender conseguir obter lucro.

Os investidores têm uma participação no fundo proporcional ao montante que investem, materializada em número de unidades de participação. As unidades do fundo podem ser subscritas ou resgatadas diariamente.

Com as atuais taxas de juro em torno de zero, os fundos de investimento podem possibilitar um maior valorização do dinheiro do que se este estiver depositado no banco, mas existe sempre uma margem de incerteza. O rendimento não é garantido e pode mesmo implicar perdas, sobretudo em prazos de investimentos curtos.

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Que tipo de fundos de investimento existem?

É possível enumerar uma grande variedade de fundos de investimento. Alguns dos mais conhecidos são:

Fundos de ações: investem predominantemente em ações (ações de empresas), tanto nacional como internacionalmente.

Fundos de obrigações: investem predominantemente em obrigações (títulos de dívida) emitidos por governos, regiões, municípios e empresas. Mas o que é uma obrigação? Trata-se de um valor mobiliário representativo da dívida de uma empresa ou do Estado em relação a terceiros.

Fundos do mercado monetário: investem em instrumentos do mercado monetário, por exemplo depósitos a prazo e títulos de investimento com prazo de vencimento inferior a um ano.

Fundos multiativos: também são conhecidos como fundos mistos e investem em diferentes instrumentos (ações, obrigações, mercado monetário, etc.) dependendo da estratégia, do perfil de investimento, horizonte temporal ou do objetivo de investimento.

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E o que são os tão falados ETF?

Os ETF (Exchange Traded Funds) correspondem a fundos cotados em bolsa, que podem ser negociados como se fossem uma ação. São fundos em que a gestão está reduzida ao mínimo porque replicam de forma automática um índice de mercado como é o caso do português PSI-20 ou do europeu Eurostoxx 50.

Por serem fundos normalmente passivos implicam menos custos – a comissão cobrada pelo gestor do fundo é menor – em comparação com os denominados fundos de investimentos ativos (que selecionam e combinam títulos individuais, implicando um acompanhamento constante e alterações se necessário).

Por exemplo, imagine que está interessado em investir na bolsa portuguesa, em vez de comprar ações de todas as empresas do PSI-20 poderá investir através de um ETF que replique a evolução deste índice. Existe uma grande variedade de ETF e alguns deles permitem ao investidor ganhar dinheiro com a queda de um índice (são os denominados Inverse ETF).

No entanto, face aos fundos de investimento tradicionais, não procuram otimizar a rendibilidade ao ultrapassar o desempenho dos respetivos índices.

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Quais as vantagens dos fundos de investimento?

Uma das principais vantagens é a diversificação, ou seja, os investidores não precisam colocar “todos os ovos no mesmo cesto”. Os ativos estão distribuídos por diferentes valores mobiliários (por exemplo, ações, obrigações,…), mercados e moedas, o que reduz o risco em geral. Assegurar uma ampla diversificação de investimentos – e, assim, distribuir os riscos individuais – é uma das principais características dos fundos de investimento. Oferecem também uma elevada liquidez, na maioria dos casos é fácil colocar o dinheiro no fundo e também retirá-lo.

O acompanhamento profissional é outro dos benefícios. Ao investir num fundo irá delegar a gestão dos ativos em especialistas de investimento, que gerem o portfólio sem que tenha de se preocupar em acompanhar as tendências económicas e dos mercados. Desta forma, poupa tempo e conta com a ajuda de quem sabe. O objetivo de um fundo é valorizar o seu investimento e neste ponto os interesses entre os investidores e os gestores de fundos estão alinhados, porque o objetivo é atingir bons resultados, para que todos fiquem a ganhar.

A vantagem da união do dinheiro dos pequenos investidores encontra-se nas economias de escala: torna-se mais económico investir. Reduzem-se os custos de transação, e a criação das carteiras face ao que o investidor individual teria que suportar por cada operação se quisesse atingir o mesmo nível de diversificação. O dinheiro de todos os investidores do fundo somado permite construir uma carteira que, só com esforço individual, seria difícil atingir por parte de pequenos e médios investidores, devido ao elevado montante de capital necessário.

Os fundos de investimento beneficiam também de um regime fiscal que é muitas vezes favorável, como o caso do investimento em fundos poupança e reforma, devido aos benefícios fiscais de que usufruem.

Uma outra vantagem é que respeitam o princípio da transparência, na medida em que, no âmbito das competências de supervisão da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), estão obrigados à prestação periódica de informação sobre a sua atividade e evolução, estando sujeitos, tal como as entidades que o gerem, a apertada regulamentação. Acresce ainda que as sociedades gestoras são obrigadas a publicar um valor diário da Unidade de participação e que pode ser comparada com os seus fundos concorrentes.

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A quem se direcionam os fundos de investimento?

Os fundos de investimentos são acessíveis a todas as pessoas que queiram começar a investir a partir de pequenos montantes ou que queiram aplicar as suas poupanças. Existem várias soluções no mercado adequadas a diferentes perfis de risco, horizontes temporais e objetivos de rendibilidades.

Antes de dar o passo no sentido de investir é importante que se tenha em consideração o seu perfil, conhecendo de forma realista a sua situação financeira, avaliando a sua personalidade e circunstâncias pessoais, metas a alcançar e tolerância ao risco, entre outros fatores, de modo a escolher as soluções de investimento mais adequadas às suas necessidades concretas. Existem vários perfis de investidores, dos conservadores aos agressivos, sendo que os primeiros preferem investimentos mais seguros e previsíveis, em detrimento de investimentos mais voláteis em que, por norma, o retorno potencial é mais elevado.

Um profissional pode ajudá-lo a escolher os investimentos mais adequados para o seu grau de tolerância ao risco e situação financeira de modo a delinear o melhor plano de investimento com o objetivo de fazer o seu dinheiro crescer.

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E de que forma podem ser adquiridos?

Para adquirir fundos de investimento pode subscrever unidades de participação através do seu banco ou através de instituições financeiras independentes com plataformas de distribuição de fundos de investimento.

Para investir em fundos e fazer as opções certas é necessário refletir em algumas questões: Quanto tempo é que gostaria de investir o seu dinheiro? Que nível de risco está disposto a suportar? Tomando em consideração como base a sua situação financeira atual, a sua tolerância ao risco e a sua disposição para aceitar flutuações de valor?

Antes de investir, compare os desempenhos históricos obtidos pelos fundos, averiguando os resultados alcançados pelo menos no prazo de cinco anos, mas tenha em atenção que estes indicadores não garantem que um fundo possa continuar a gerar rentabilidades semelhantes no futuro. É fundamental procurar todas as informações disponíveis (prospeto ou documento informativo) e perceber se a solução se enquadra ao seu perfil de investidor. Compare também as comissões de subscrição, gestão e resgate que são cobradas por cada fundo.

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Qual a diferença entre um fundo de investimento e um depósito a prazo?

Os depósitos são, tradicionalmente, o produto mais escolhido pelos portugueses para colocarem as suas poupanças, mas existem outras alternativas. Quando poupa dinheiro através de um depósito a prazo, a sua prioridade é guardá-lo num lugar seguro e de fácil acesso num curto espaço de tempo. A hipótese de perder o dinheiro que está depositado no banco é extremamente reduzida, mesmo no caso de insolvência da instituição bancária os depósitos estão protegidos por lei e serão devolvidos até aos 100 mil euros. Mas riscos mínimos correspondem também a retornos mínimos, especialmente quando as taxas de juro estão em torno de zero. Nestes casos, estará mesmo a perder o valor do seu dinheiro face à inflação que anda em torno dos 1,5%.

A finalidade de um fundo de investimento é pôr o dinheiro a render para obter proveitos superiores à taxa de inflação. Neste caso o potencial para fazer crescer o capital é maior pois investe em valores mobiliários com maiores retornos, como são as ações de empresas por exemplo, não existindo no entanto a garantia de rendibilidade nem de capital.