Uma partilha no Facebook sugere que os jovens que protestaram este mês, em Lisboa, a favor da luta climática deixaram os cartazes abandonados junto ao lixo. A fotografia partilhada repete-se em várias publicações acompanhada de legendas semelhantes. Contudo, a imagem não é atual. 

“Não furem o futuro”, “Contra a precariedade ambiental”, “Justiça climática já”. Estas são algumas das frases que é possível ler-se nos cartazes visados na fotografia que está — de novo — a ser partilhada. Através de uma breve pesquisa no site TinyEye (uma ferramenta de pesquisa inversa, que permite, entre outras funcionalidades, encontrar o registo mais antigo de uma imagem na internet), é possível verificar que a mesma já circula online pelo menos desde 2018.

Nesse ano, vários estudantes de Lisboa reuniram-se para protestar contra o furo do petróleo em Aljezur. A fotografia tirada na Praça de Londres, logo depois nas manifestações, acabou por ser publicada na plataforma Reddit. Depois disso, já foi partilhada fora de contexto inúmeras vezes. Em 2019, voltou a tornar-se viral.

Este ano, grupos de estudantes protestaram em várias escolas de Lisboa a favor da luta climática. O movimento “fim ao fóssil” manifestou-se na escola António Arroio, no Liceu Camões, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) e no Instituto Superior Técnico (IST). Os protestos dos estudantes, que chegaram a reunir-se com o ministro da Economia e a quem exigiram a sua demissão, já acabaram. 

Conclusão

Uma fotografia onde é possível ver-se vários cartazes com mensagens a favor da luta climática abandonados junto ao lixo está a espalhar-se nas redes sociais. As partilhas apontam o dedo aos estudantes que se manifestaram em Lisboa, durante o mês de novembro. Contudo, a fotografia foi originalmente tirada em 2018.

ERRADO

No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é:

FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.

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