Surgiram várias publicações nas redes sociais que davam conta de que o líder supremo e aiatolá do Irão, Ali Khamenei, estaria em coma, após sofrer um problema de saúde grave.

As publicações, algumas das quais que redirecionam para alguns sites, referem que “algumas fontes” estão a avançar a informação de que Ali Khamenei, “com 85 anos, está em coma”.

Um artigo do jornal norte-americano New York Times, publicado a 26 de outubro de 2024, indiciava que o aiatolá sofria de um problema de saúde.

Contudo, numa correção logo a 27 de outubro, o jornal indicou que o artigo “assinalava incorretamente” o que “se sabia sobre o atual estado de saúde do líder supremo do Irão”. A passagem no texto sobre a doença do aiatolá foi, por conseguinte, apagada.

À exceção deste artigo do New York Times, que foi entretanto corrigido, não foram publicadas quaisquer notícias de sites credíveis que indiquem que o líder supremo iraniano esteja doente ou em coma. E as publicações que apontam que Khamenei se encontra numa situação crítica de saúde são posteriores, em várias semanas, à versão corrigida da notícia do New York Times.

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No X (antigo Twitter), Jason Brodsky, diretor da organização Unidos Contra o Irão Nuclear e especialista em política iraniana, desmentiu igualmente que o aiatolá estivesse em coma. “Não há nenhum jornal credível que tenha reportado isso”, notou. Jason Brodsky sinalizou que “a última vez” que Ali Khamenei “foi visto em público” foi a 7 de novembro de 2024 — e que não havia sinais de que estivesse doente.

Conclusão

Não existem quaisquer notícias credíveis que apontem para a possibilidade de Ali Khamenei estar em coma. O New York Times publicou realmente um artigo que indicava que o aiatolá estaria doente, mas foi entretanto corrigido. Analistas e especialistas em política iraniana também negam a veracidade dessas informações.

Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:

FALSO

No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:

FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.

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