A informação é apresentada como sendo de “última hora” numa página que se auto-intitula de fãs de Taylor Swift. Num post no Facebook, de 24 de setembro, alega-se que a cantora norte-americana enfrenta uma “proibição de assistir aos próximos 10 jogos da NFL [liga de futebol americano] na sequência do seu controverso envolvimento político”.

Há precisamente um ano, Swift foi fotografada pela primeira vez ao lado de Travis Kelce, estrela dos Kansas City Chiefs. Chegaram de mãos dadas a um restaurante e, como já tinha acontecido com outras relações da cantora, o gesto foi suficiente para fãs e imprensa serem informados do novo relacionamento.

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Seguiram-se meses de aparições públicas de parte a parte nos eventos que tornam cada um dos membros do casal estrelas nas áreas da música e do desporto. Taylor Swift torceu vezes sem conta por Kelce nas bancadas dos estádios da NFL e o atleta fez questão de marcar presença em muitas das noites da Eras Tour, a tour mundial de Taylor Swift que passou por Lisboa.

A 5 de setembro, Swift chegou ao Arrowhead Stadium para a abertura da temporada dos Kansas City Chiefs.  Na altura, como informa a revista Rolling Stone, calou os rumores de uma alegada separação do casal. Nos dias que se seguiram, porém, acabou por atiçar os também rumores de que poderia estar a preparar-se para não apoiar publicamente a candidata democrata à presidência norte-americana Kamala Harris, ao contrário do que tinha feito com Joe Biden em 2o20.

A amizade de Taylor Swift com a apoiante de Trump, Brittany Mahomes levantou um coro de críticas entre os fãs e muito se especulou sobre a demora no apoio público da estrela global à candidata democrata. A tão aguardada mensagem de apoio chegou poucas horas depois do fim do debate televisivo entre Kamala Harris e Donald Trump, a 1o de setembro. “Vou votar em Kamala Harris e Tim Walz nas eleições presidenciais de 2024”, revelou Swift através do Instagram, deitando por terra todas as especulações.

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Cinco dias depois, a 15 de setembro, marcou presença no jogo dos Kansas City Chiefs contra os Cincinnati Bengals, provando-se que não está nem nunca estave sujeita a qualquer ordem de afastamento dos eventos desportivos da NFL. É a própria liga de futebol norte-americana a confirmar que a alegação é completamente falsa. “Não, isso não é verdade”, garantiu Brian McCarthy, porta-voz da NFL à Reuters.

Na publicação de apoio a Kamala Harris Taylor Swift refere os “perigos das Inteligência Artificial” que a colocaram a “apoiar falsamente a candidatura presidencial de Donald Trump”, conteúdo que, como refere, foi publicado pelo próprio candidato republicano. “Isso despertou os meus receios em relação à IA e aos perigos de espalhar desinformação. Cheguei à conclusão de que preciso de ser muito transparente sobre os meus planos reais para estas eleições enquanto eleitor. A forma mais simples de combater a desinformação é com a verdade”, defendeu.

Conclusão

Não existe qualquer evidência de que Taylor Swift tenha recebido uma ordem que a impeça de assistir a dez jogos da NFL após ter demonstrado o seu apoio publicamente a Kamala Harris, candidata às presidenciais dos EUA pelos democratas. A liga de futebol americano já veio desmentir a alegação que circula nas redes sociais e a presença da cantora em jogos do namorado poucos dias depois da mensagem desmente todos os rumores.

Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:

ERRADO

No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:

FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.

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