Portugal não sai da armadilha do empobrecimento.
Há mais de 20 anos que a economia portuguesa não cresce.
Vivemos o mais longo período de divergência económica com a Europa dos últimos 100 anos.
Fomos ultrapassados pela República Checa, Malta, Eslovénia, Estónia e Lituânia, países que quando aderiram à União Europeia, em 2004, eram mais pobres do que Portugal.
O poder socialista não capturou apenas o Estado, instalou uma anestesia acrítica na sociedade que não nos permite ver o que está à frente dos nossos olhos.
Hoje estamos totalmente dependentes do BCE e dos dinheiros da Comissão Europeia.
Esta cultura de dependência é fomentada pelos socialistas e pelos seus aliados marxistas, que olham para o Estado como o princípio e o fim da economia.
Esta visão arcaica, adversa à criação de riqueza, à meritocracia, ao empreendedorismo, às empresas, ao risco e à mudança, manter-nos-á fatalmente na imobilidade e no conformismo.
Portugal, com o socialismo no poder, está a caminho de ser o país mais pobre de toda a Europa.
É triste. Sobretudo para aqueles, como nós, que nunca desistiram de ter em Portugal um país mais desenvolvido e mais próspero.
É bom lembrar: entre 1986 e 1996, durante o vilipendiado período “cavaquista”, o crescimento anual médio do PIB no nosso país foi de 4,3%.
Nesse período o rendimento per capita subiu em média quase 5% ao ano. O PIB per capita passou de cerca de 55% da média europeia para quase 70%.
Tudo isto no espaço de dez anos e graças a reformas estruturais e às políticas reformistas executadas pelos governos de Cavaco Silva.
Se tivéssemos mantido este nível de crescimento, Portugal teria em 2019 o triplo da riqueza que tínhamos em 1996.
Infelizmente não foi isto o que aconteceu. Nos últimos 20 anos Portugal cresceu em média 0,5% ao ano, um crescimento medíocre que não nos leva a lado nenhum, aumentando o fosso que nos distancia dos níveis de vida dos países do centro e do Norte da Europa.
Para os socialistas que governam (?!) 19 anos nos últimos 26 anos, a culpa deste falhanço monumental não é deles nem dos seus “compagnons de route”, nem do modelo estatizante a que submeteram o país. É, como se sabe, dos “neoliberais”, e “dos fascistas”, que ainda não emigraram.