No dia da Europa que se comemora a 9 de Maio, é crucial refletir sobre os desafios que a União Europeia enfrenta. A próxima batalha será travada nas urnas no dia 9 de junho, aquando da eleição dos deputados ao Parlamento Europeu. Com a ascensão dos partidos soberanistas em diversos países europeus, a Europa poderá seguir um rumo radicalmente diferente do que tem seguido, e ainda bem.

A imigração descontrolada, a instabilidade causada pela guerra na Ucrânia, o crescimento do wokismo, o aumento do custo de vida, a incerteza económica, o excesso de burocracia europeia, são apenas alguns dos desafios que enfrentamos e que necessitam de respostas urgentes. As atuais lideranças Europeias são claramente incapazes de dar estas respostas pelo que é imperativo que o poder em Bruxelas mude de mãos.

A questão da imigração descontrolada tem dividido a opinião pública na Europa. Sem prejuízo dos nossos compromissos humanitários, históricos e estratégicos, é necessário definir regras que garantam a segurança e a estabilidade dos europeus. A União Europeia deve despir-se dos preconceitos ideológicos e adotar políticas de imigração eficazes, que defendam as nossas fronteiras combatendo de forma eficaz o tráfico de seres humanos, de drogas e de armas.

A guerra na Ucrânia lembra-nos do quanto a paz e estabilidade na Europa são frágeis. É crucial criarem-se formas de diálogo com as partes envolvidas, mas para isso, é imprescindível que a União Europeia se apresente como uma força de paz, neutral e descomplexada, para assegurar o seu contributo na resolução deste conflito assim como prevenir novas crises na região.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A segurança e a integridade territorial dos Estados-membros devem ser preservadas a todo o custo.

Uma NATO europeia, independente da agenda extra união, protegerá os nossos interesses de segurança e geoestratégicos, ao mesmo tempo que contribuirá para a revitalização dos exércitos nacionais que deverão manter a sua total independência.

O crescimento do wokismo, uma ideologia promovida pela esquerda que divide, que incentiva ao ódio e à inveja, mascarada de defensora da justiça social e da igualdade, tem tido resposta na sociedade europeia, já que parte significativa dos europeus começa a ser confrontada no seu quotidiano, com as sistemáticas ameaças à liberdade de expressão, à democracia e à autoridade do estado. Estas eleições serão uma oportunidade de juntos encontrarmos um equilíbrio entre a promoção da justiça social e a preservação da diversidade de opiniões.

O custo de vida na Europa está em constante aumento, tornando cada vez mais difícil para as famílias europeias manterem um padrão de vida decente. A inflação, o desemprego, os preços da habitação, são problemas que carecem de ações imediatas, sob pena de se agravarem as clivagens sociais que tão mal têm feito à Europa. A União Europeia deve adotar medidas para estimular o crescimento económico e proteger o poder de compra dos seus cidadãos. A desburocratização das diretrizes europeias, a reposição da soberania alimentar e energética dos Estados Membros, o incentivo à produção de energia nuclear limpa e estável, a reindustrialização e a inovação tecnológica devem avançar, e a sua implementação deverá superar os interesses ideológicos da classe política europeia.

A incerteza económica, resultado da instabilidade política e das tensões comerciais globais, está a minar a confiança dos investidores na Europa. É fundamental garantir um ambiente de negócios favorável e criar oportunidades de emprego atrativo para impulsionar a economia e promover o desenvolvimento sustentável.

À medida que nos preparamos para as eleições para o Parlamento Europeu, é vital que os eleitores considerem as consequências das suas escolhas.

Estas eleições não são para ajudar o nosso partido habitual, são para decidir o rumo da Europa e consequentemente o nosso destino, o das nossas famílias, das nossas empresas, do nosso país. Há que votar num programa, num projeto europeu.

Há que votar com coragem, ousadia e inteligência.

A Europa não está bem, cabe-nos melhorá-la.