A madeira de pinho é mais do que um simples recurso natural em Portugal: é um símbolo de engenhosidade, resiliência e orgulho nacional. Ao longo dos séculos, este material versátil e robusto tem sido a espinha dorsal de muitas das nossas conquistas e inovações, refletindo a capacidade dos portugueses de transformar desafios em oportunidades.

Desde a era dos Descobrimentos, a madeira de pinho foi a protagonista das grandes aventuras marítimas de Portugal. Com a sua durabilidade e abundância, o pinho tornou possível a construção das caravelas que nos levaram a explorar o mundo. Estes navios, resistentes e confiáveis, não só abriram novas rotas comerciais, mas também colocaram Portugal no centro do mapa global. Mas a importância da madeira de pinho não se limitou ao mar

Em 1755, quando Lisboa foi devastada por um terramoto, foi novamente o pinho que se destacou como o herói silencioso da reconstrução. A Gaiola Pombalina, uma estrutura inovadora que incorporava madeira de pinho, trouxe segurança e resiliência à arquitetura da cidade. Esta solução engenhosa não só permitiu a rápida recuperação da capital, mas também demonstrou ao mundo a capacidade dos portugueses de inovar sob pressão.

Hoje, a madeira de pinho continua a ser um pilar da construção em Portugal, simbolizando uma ponte entre a tradição e a modernidade. Com um crescente compromisso com a sustentabilidade, a utilização do pinho tratado permite criar construções duradouras e amigas do ambiente, podendo reduzir até 40% a emissão de CO2 face à construção em betão, segundo um parecer do Comité Económico e Social Europeu.

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A madeira de pinho é mais do que um material; é uma parte intrínseca da nossa identidade. Cada estrutura de pinho, seja um edifício histórico ou uma moderna casa sustentável, conta uma história de inovação, resistência e orgulho.

Quando olhamos para as florestas de pinheiro que cobrem o nosso país, vemos mais do que árvores; vemos as raízes da nossa história e as sementes do nosso futuro.

Num mundo em constante mudança, a madeira de pinho permanece como um testemunho da capacidade dos portugueses de se adaptar e prosperar. É uma lembrança de que, tal como o pinho, somos fortes, versáteis e resilientes. E enquanto continuarmos a valorizar e utilizar este recurso precioso, estaremos a honrar não apenas a nossa história, mas também a construir um futuro mais sustentável e promissor.