O mês de novembro é muitas vezes apelidado de «mês dos santos», porque tem início com a solenidade de Todos-os-Santos e por nos seus dias se recordar o primeiro dos santos não mártires – São Martinho de Tours. Mas, afinal, quem são os «santos» e o que é a «santidade»?

Na perspetiva católica, os santos são os cristãos que viveram de forma heroica a fé e que estão junto de Deus, intercedendo pelos que ainda peregrinam no mundo. A santidade é viver e agir o mais parecido com Jesus de Nazaré. Numa linguagem mais simples – ser santo é ser feliz e fazer os outros felizes, pois um cristão triste é um triste cristão. Os santos são pessoas comuns que quando caem se levantam e não ficam o chorar no chão.

Os santos são homens e mulheres de todas as idades, desde crianças a idosos, de todos os povos, línguas e nações, de todos os estados de vida (solteiros, casados, religiosos ou clérigos) e de todas as profissões.

A este propósito tenho pensado, nas motivações que levaram e levam muitas pessoas de todos os tempos a optarem pela santidade de vida, querendo ser como o Mestre da Galileia.

Cheguei a uma conclusão: as palavras convencem, mas os exemplos arrastam… As pessoas querem imitar aqueles que são os seus modelos de vida.

A título de curiosidade, no dia missionário mundial, assinalado a 20 de outubro, o Papa Francisco canonizou José Allamano, sacerdote italiano, de Turim, fundador dos Missionários da Consolata e reitor no século XIX do Santuário da Consolata.

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Não foi coincidência, José Allamano ter sido aluno e discípulo de S. João Bosco, fundador dos Salesianos, que por sua vez foi aluno de S. José Cafasso que também era tio materno de José Allamano.

Ao pensar sobre isto e vendo a rede de conexões entre estes santos posso ainda inscrever no rol, a mãe de Dom Bosco, conhecida entre os salesianos como Mãe Margarida; S. Domingos Sávio aluno salesiano seu contemporâneo; o sucessor de Dom Bosco, Beato Miguel Rua. Bem como o facto de S. Daniel Comboni, primeiro bispo da África Central e de origem italiana, ser correspondente com Dom Bosco, bem como a fundadora das Doroteias, Santa Paula Frassinetti, ser amiga e confidente também de Dom Bosco.

A santidade parece ser «contagiosa», pois se numa região da Itália tantas pessoas porque se conheceram, conviveram e comunicaram são hoje exemplos para os católicos, inscritos no Martirológio Romano (lista dos santos), o que seria do nosso mundo se todos seguissem o caminho do bem e da santidade?

Certamente, as sementes do Reino de Paz e Harmonia (o reino dos Céus) já teriam brotado em abundância e o nosso mundo estaria mais parecido com o paraíso…

Ao olhar para a minha vida, além de inúmeras pessoas que conheci e que para mim viveram a santidade, tive a graça de ter contactado com alguns já canonizados como S. João Paulo II, Santa Teresa de Calcutá, Beato Carlo Acutis, ou a caminho da beatificação como a Irmã Lúcia de Fátima.

Oxalá a «santidade» seja contagiosa!