Desde o início da pandemia Covid-19, ocorreram mais de 40 milhões de casos e mais de um milhão de mortes em todo o mundo. O vírus teve um enorme impacto na política global, emprego, economia, comércio e sistemas financeiros, e teve um impacto significativo nos esforços globais para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS da ONU).
Graças aos esforços unidos de todo o seu povo, Taiwan respondeu às ameaças representadas por esta pandemia através de quatro princípios: acção prudente, resposta rápida, implementação antecipada e abertura e transparência. Adoptando estratégias como a operação de sistemas de comando especializados, a implementação de medidas meticulosas de controlo de fronteiras, a produção e distribuição adequada de abastecimentos de recursos médicos, o recurso à quarentena domiciliária e medidas de isolamento e serviços de cuidados relacionados, a aplicação de sistemas de TI, a publicação de informações transparentes e abertas e a execução de triagem e testes precisos, tivemos a sorte de conter o vírus. A 24 de Outubro, Taiwan tinha apenas 550 casos confirmados e sete mortes; entretanto, a vida e o trabalho continuaram normais para a maioria das pessoas.
O surto global de Covid-19 lembrou ao mundo que as doenças infecciosas não conhecem fronteiras e não discriminam segundo critérios políticos, étnicos, religiosos ou culturais. As nações devem trabalhar juntas para enfrentar a ameaça de doenças emergentes. Por esse motivo, depois de Taiwan ter estabilizado a sua contenção do vírus e garantido que as pessoas tinham acesso suficiente a recursos médicos, começamos a compartilhar a nossa experiência e trocar informações sobre a contenção de Covid-19 com profissionais de saúde pública e académicos globais através de fóruns relacionados com a CovidD-19, da Reunião de Alto Nível da APEC sobre Saúde e Economia, da Global Cooperation Training Framework (Quadro de Formação para a Cooperação Global) e outras reuniões bilaterais virtuais. Em Junho de 2020, Taiwan já tinha realizado cerca de 80 conferências online, compartilhando o Modelo de Taiwan com especialistas de governos, hospitais, universidades e grupos de reflexão em 32 países.
As doações de equipamentos médicos e materiais anti-pandémicos de Taiwan para países necessitados também continuam. Em Junho, já havíamos doado 51 milhões de máscaras cirúrgicas, 1,16 milhões de máscaras N95, 600 mil batas de isolamento e 35 mil termómetros de testa para mais de 80 países.
Para garantir o acesso às vacinas, Taiwan juntou-se ao COVID-19 Vaccines Global Access Facility (COVAX), co-liderado pela GAVI, a Vaccine Alliance; a Coalition for Epidemic Preparedness Innovations e a Organização Mundial da Saúde. E o nosso governo está a ajudar activamente os fabricantes nacionais na esperança de acelerar o desenvolvimento e a produção de vacinas de sucesso, trazendo-as ao mercado o mais rápido possível e pondo fim a esta pandemia.
Para se preparar para uma possível próxima vaga de pandemia, bem como para a próxima temporada de gripe, Taiwan está a manter as suas estratégias de encorajamento dos cidadãos a usar máscaras e a manter o distanciamento social e a fortalecer as medidas de quarentena nas fronteiras, prevenção baseada na comunidade e preparação médica. Além disso, estamos colaborando activamente com parceiros nacionais e internacionais para obter vacinas e desenvolver tratamentos ideais e ferramentas de diagnóstico precisas, garantindo, em conjunto, a segurança da saúde pública global.
A pandemia Covid-19 provou que Taiwan é parte integrante da rede global de saúde pública e que o Modelo de Taiwan pode ajudar outros países a combater a pandemia. Para se recuperar melhor, a OMS precisa de Taiwan. Instamos a OMS e as partes relacionadas a reconhecer as contribuições de longa data de Taiwan para a saúde pública global, prevenção de doenças e o direito humano à saúde, e apoiar firmemente a inclusão de Taiwan na OMS. A participação abrangente de Taiwan nas reuniões, mecanismos e actividades da OMS permitir-nos-ia trabalhar com o resto do mundo na realização do direito humano fundamental à saúde, conforme estipulado na Constituição da OMS, e a visão de não deixar ninguém para trás, consagrada nos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.