Hoje, dia 1 de Junho, é Dia Mundial da Criança, mas infelizmente nem todos temos a sorte de viver a  infância e a juventude na sua plenitude. Hoje, mais do que nunca, não nos podemos esquecer disso, e devemos sim, ser uma força em prol da paz e liberdade.

Desde 2005, mais de 104 mil crianças foram mortas ou mutiladas em conflitos por todo o mundo. 93 mil crianças foram recrutadas por grupos armados, 26 mil foram sequestradas e mais de 15 mil sofreram violência sexual. Segundo a organização Save the Children, pelo menos 230 milhões de crianças vivem em zonas em conflito, com a educação a ser gravemente comprometida.

Na Faixa de Gaza, desde 7 de outubro, 33 mil pessoas morreram, das quais mais de 12 mil eram crianças. Morreram mais crianças em Gaza nos últimos 6 meses do que em todas as guerras nos últimos 4 anos. Embora o combate contra o terrorismo e a defesa de Israel sejam direitos legítimos, assim como a luta sem tréguas contra o Hamas, o que se passa em Gaza, e agora em Rafah, há muito que ultrapassa a guerra contra o terrorismo: é uma forma de terrorismo de estado contra civis, muitos deles crianças indefesas. Não podemos, nem temos o direito, de permanecer calados perante a passividade global face a esta tragédia. O que diferencia um estado de direito de um grupo terrorista é não responder à barbárie com mais barbárie, e isso deve ser exigido a Israel.

Neste dia 1 de junho, também não nos podemos esquecer das crianças ucranianas vítimas do ditador Putin. Quase 4.000 escolas ucranianas foram destruídas, interrompendo a educação de cerca de 7 milhões de crianças e adolescentes. Mais de 400 crianças ucranianas foram mortas e milhares ficaram feridas. Não podemos deixar que o tempo nos vença pelo cansaço e não podemos falhar no apoio à Ucrânia e na condenação diária e veemente de Vladimir Putin.

Condenar o ditador Putin não é ser de direita, condenar o comportamento de Israel em Gaza não é ser de esquerda. É ser a favor da paz, da humanidade, é ser pelo direito das crianças: das palestinianas e ucranianas, de todas as crianças do mundo, sem esquecer as inocentes crianças russas e israelitas.

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