Longe vai o tempo em que as empresas procuravam, na Formação Executiva, o simples desenvolvimento de competências técnicas ou comportamentais dos seus quadros. Embora esses aspetos ainda sejam obviamente muito relevantes, as expectativas das organizações evoluíram, e a formação customizada é entendida hoje como um aliado estratégico na consecução dos seus objetivos de negócio.

Quando as empresas atualmente abordam a nossa Escola na procura deste tipo de Programas, há quatro vertentes que me parecem cada vez mais consensuais:

1.Integração Estratégica 
A formação executiva deixou de ser vista como uma ferramenta isolada de desenvolvimento e passou a ser uma componente integral da estratégia corporativa. As empresas esperam que os programas sejam desenhados com base numa compreensão profunda da sua realidade, alinhando-se diretamente aos seus desafios e metas. Esse alinhamento exige uma abordagem consultiva por parte das Business Schools, onde o processo envolve várias reuniões para entender o contexto do cliente, identificar necessidades específicas e desenhar um programa que ofereça soluções práticas e estratégicas.

2.Medição de Impacto 
Uma das expectativas mais significativas é a necessidade de demonstrar o impacto tangível da formação nos resultados da empresa. Isso significa que, antes do início do programa, é essencial definir indicadores de desempenho (KPIs) claros, que permitam avaliar como a formação contribuiu para melhorias operacionais, financeiras ou na cultura organizacional. A apresentação de relatórios pós-programa, oferecendo insights sobre o impacto e sugerindo planos de continuidade, torna-se cada vez mais uma prática indispensável.

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3.Envolvimento dos Colaboradores
Garantir o envolvimento dos colaboradores é um dos grandes desafios da formação executiva uma vez que se espera que a formação seja vista como uma oportunidade muito valorizada pelos participantes, o que requer um plano de comunicação eficaz e estratégias de mobilização que despertem interesse e motivação. Trabalhar o “antes, durante e depois” do Programa revelam-se cada vez mais como dimensões cruciais. Acresce ainda a experiência de aprendizagem e o desafio de a tornar de alguma forma memorável, oferecendo também oportunidades de networking e vivências que fortaleçam os laços entre os participantes e os próprios docentes.

4.Flexibilidade
A customização vai além do conteúdo, incluindo também a metodologia e a escolha dos instrutores, de modo a refletir as especificidades e desafios de cada cliente. Com a transformação das formas de trabalho, como a realidade do trabalho remoto e dos modelos híbridos, as empresas também esperam flexibilidade na execução dos programas, seja em termos de formato ou de horários, sempre sem comprometer a qualidade da experiência de aprendizagem.

Em resumo, diria que a Formação Executiva Customizada atualmente vai muito para além do desenvolvimento de competências. As empresas esperam que ela seja uma ferramenta estratégica, com impacto direto e mensurável nos resultados de negócio, e que promova o envolvimento e a motivação dos colaboradores, oferecendo ao mesmo tempo uma experiência de alguma forma memorável. As Business Schools devem posicionar-se como parceiros estratégicos, oferecendo programas que não só atendam, mas superem essas expectativas, contribuindo para o sucesso e a transformação das organizações.