A Inovação em saúde pode ser definida como ‘um conjunto de novas tecnologias e metodologias para a prevenção, diagnóstico e tratamento das diversas doenças e condições que afetam a população. É por meio dela que a medicina evolui e a qualidade de vida das pessoas aumenta’.’
Especialmente depois do contexto pandémico mundial que atravessámos, a Medicina, a Investigação Científica e a Inovação ganharam um papel ainda mais preponderante nas nossas vidas, assistindo-se a uma aproximação sem precedente da ciência à sociedade, o que naturalmente gerou uma mudança do paradigma de funcionamento do setor farmacêutico.
A Indústria Farmacêutica, que procura sempre adaptar-se e reinventar-se, assume um importante compromisso perante todos: continuar a trazer terapêuticas inovadoras para o sistema de saúde, respondendo às necessidades médicas não satisfeitas em diversas áreas, de forma a garantir que todos os doentes têm acesso célere aos melhores tratamentos e à inovação mais recente.
Mas para que a Indústria Farmacêutica consiga levar a cabo esta missão, é fundamental que se fomente e aposte na investigação, conjugada com o desenvolvimento e aperfeiçoamento da tecnologia. É também imprescindível que aprendamos uns com os outros através da colaboração entre empresas, universidades e entidades regulamentares, que se reconheça o valor dos ensaios clínicos, dos estudos que permitem obter “dados de vida real” (real world data) e dos projetos de educação.
Desta forma, é possível apoiar e criar condições que promovam o rápido desenvolvimento de inovação na área da Saúde, nomeadamente de medicamentos e vacinas, apontados como os maiores responsáveis pelo aumento da esperança de vida, melhorar a qualidade de vida e consequentemente gerar benefícios sociais e económicos.
Estamos a viver numa época sem precedentes no que respeita a inovação tecnológica na medicina moderna, com a comunidade científica empenhada em desenvolver tratamentos cada vez mais eficazes e mais seguros. Áreas que antes pareciam distantes, estão cada vez mais próximas, a trabalhar em conjunto, com os mesmos objetivos.
Contudo, é crucial que Portugal avance com medidas concretas que visem a promoção da inovação em saúde no país. Algumas das áreas de atenção prioritárias passam, entre outras, pela criação de um ambiente mais favorável para a realização de ensaios clínicos, simplificando os processos burocráticos e acelerando a aprovação de estudos clínicos, o que facilita a atração de investimentos estrangeiros e o acesso dos doentes a tratamentos inovadores em estágios mais precoces.
Trazer inovação em saúde é garantir que os doentes têm acesso às soluções terapêuticas de que necessitam. Portugal tem um enorme potencial para se tornar um hub de inovação em saúde na Europa e é fundamental que as partes interessadas trabalhem em conjunto para alcançar esse objetivo.
Temas como a Cidadania Europeia têm de ser trazidos para a agenda pública e política, de forma a assegurar a todos os europeus o acesso atempado a medicamentos, tratamentos de ponta e ensaios clínicos. Infelizmente, tal ainda não sucede.
A inovação em saúde não só melhora a qualidade de vida das pessoas, como impulsiona o progresso económico e social do país.
É hora de investir no futuro da saúde em Portugal.