Portugal está já a menos de 3 meses das eleições legislativas, no próximo dia 10 de março. No entretanto, os vários partidos políticos têm iniciado o processo de apresentação das listas de candidatos e, em alguns casos, propostas legislativas inicias. Apesar de ainda não existirem programas eleitorais públicos, aquilo que é a história governativa ou legislativa do partido, a par das pistas que têm sido publicadas nas últimas semanas, permite aos nossos jovens (que ainda vivem em Portugal) começar a discernir aquilo que será a sua escolha no próximo ato eleitoral. Vamos por partes.
O Partido Socialista, saído de uma experiência governativa de oito anos, e sendo responsável por 21 dos últimos 28 anos no poder, apresenta-se ao país com uma candidatura encabeçada por Pedro Nuno Santos. Em primeiro lugar, há que referir que o complicado e ambíguo exercício deste partido, em aceitar e simultaneamente rejeitar o capital político de António Costa, para além de incoerente é ridículo. Ainda mais preocupante, é a constante tentativa de culpabilizar o PSD pelo estado da nação, não só porque o governo que Pedro Nuno Santos integrou foi responsável pela atividade política nos últimos oito anos, como também porque o governo PSD de Pedro Passos Coelho que o PS tanto se foca em diabolizar foi confrontado com um memorando da Troika assinado pelo próprio Partido Socialista. De qualquer modo, ignorando esta escusa de responsabilidade que já se tornou característica do PS, os nossos jovens devem estar conscientes de que quem se candidata agora a Primeiro-Ministro pelos socialistas foi ministro da Habitação nos últimos anos, quando a habitação é um dos principais problemas que leva os nossos jovens a emigrar. Qual é exatamente a credibilidade deste homem para resolver agora o problema que não resolveu nos últimos anos? Aliás, qual é exatamente a credibilidade deste Partido Socialista para resolver agora os problemas que não resolveu (e os que criou) nos últimos anos? Certamente que não a ganhará quando deixa portas abertas a uma eventual coligação à esquerda, não só porque os resultados palpáveis desta passada solução governativa dogmática foram desastrosos para o nosso povo (veja-se o excelente exemplo da saúde) como também porque foi uma solução instável (por alguma razão não concluiu a última legislatura).
De facto, quando os nossos jovens se apercebem da falta de credibilidade e capacidade do Partido Socialista e Pedro Nuno Santos para responderam aos seus problemas na habitação, no emprego e nos salários, tem-se tornado tendência (talvez por grande influência das redes sociais) converterem os seus votos para o Partido Chega. Ora para infelicidade de muitos, deixem-me que vos diga que este partido não é alternativa. Não é alternativa, em primeiro lugar, por se tratar de um partido de protesto, que por ter esta função nunca pode entrar na equação para um governo. Isto seria até evidente quando se apresentou ao último ato eleitoral (que recorde-se, ocorreu em 2022) com apenas 9 páginas no programa eleitoral. No entanto, observemos brevemente as propostas que saíram da última convenção do Chega. Ventura apresentou um pacote de medidas que custam o equivalente a 4,4% da riqueza produzida no país (isto é, 11.5 mil milhões de euros). Evidentemente que um partido que se apresenta a eleições com medidas tão dispendiosas sem referir concretamente onde é que vai obter a respetiva receita não pode ser levado a sério pelas novas gerações. Até porque caso este valor se acumule em dívida no futuro, serão precisamente estas gerações a pagar a respetiva fatura. Para além disso, é essencial que os nossos jovens reconheçam que medidas como a equiparação das pensões mais baixas ao salário mínimo nacional, se não forem bem ponderadas e executadas, poderão significar um maior esforço dos trabalhadores ativos (incluindo estes jovens).
É então claro, que para todos aqueles jovens que não querem ter de optar entre o seu projeto de vida e o seu país há uma escolha clara a realizar. A Aliança Democrática. Não só pela falta de alternativa que acima procurei demonstrar e justificar, mas sobretudo por aquilo que a Alternativa Democrática representa. Um projeto transformador que, ao longo da última legislatura, antes da convocação de eleições, já tinha apresentado propostas reformistas para áreas fulcrais da governação e para os nossos jovens. Sim, porque um governo da AD executará uma taxa máxima de IRS Jovem de 15%. Sim, porque um governo da AD executará uma isenção de IMT na compra da Habitação. Sim, porque um governo da AD enquanto está preocupado com os jovens, não cai em demagogia nem em escusa de responsabilidades. Sim, porque um governo da AD é a única solução para inverter a decadência do bem-estar jovem em Portugal.