Terminou o prazo de envio das candidaturas aos órgãos nacionais da Iniciativa Liberal no dia 6 de janeiro. Resumidamente existem três listas à CE (Comissão Executiva), cinco listas ao CN (Conselho Nacional), quatro listas ao CF (Conselho de Fiscalização), e quatro listas ao CJ (Conselho de Jurisdição. Um total de 16 listas aos vários órgãos nacionais do partido. Mais um mês e era capaz de dobrar o número de candidaturas.

Se só olhar para as candidaturas à CE, apenas terei de me dedicar a um total de 230 páginas em duas semanas. Tudo isto para perceber as diferenças de cada candidatura para que o meu voto não seja pelas caras, mas pelas ideias, tal como se diz aqui no partido.

Depois vou analisar as cinco listas ao CN, algumas sem documentos neste momento. Supostamente a documentação seguirá no dia 11 deste mês. Segundo o regimento, só devo precisar de 10 dias entre a receção da documentação e a convenção para analisar e ter opinião fundamentada sobre as candidaturas. Documentos que variam de uniformidade, até há listas que me obrigam a fazer o download de três documentos. Alguns com os nomes das pessoas, outros sem os nomes. Algumas com documentos, outras com um site, outras no Facebook. Encontrei um site em que não consegui entrar. Tudo bem. Ainda bem que tenho tanto tempo para pesquisar, analisar, estudar e escrutinar as listas.

Certamente que com duas semanas, ainda consigo analisar as propostas das quatro listas ao CF e das quatro listas ao CJ. Sim, porque sou membro a tempo inteiro e como tal disponibilidade total para este tipo de leituras.

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Há assim tantas ideias diferentes para obrigar a cinco listas ao CN? Eu devo andar muito distraído, mas não encontro diferenças significativas que obriguem à criação de tantas listas. Porque não arranjar consenso e agregar propostas, e, em vez de cinco listas, porque não duas ou três? Já sei, não cabem todos na lista. Toda a gente quer aparecer e dizer-se presente. Não vá um dia calhar um lugar qualquer. Há que preparar já os caminhos para uma vereação, deputado, eurodeputado, gabinetes, assessoria… Havemos de chegar lá. O trabalho começa agora. Que pena o CN levar só 50 pessoas. Precisamos de mais gente a aconselhar.

Com tantas listas, deve haver meia dúzia de membros isentos que não estão em lista alguma, nem são proponentes, nem são subscritores de nada. Coitados, devem ser os únicos que terão de ler tudo, porque os outros votam, naturalmente, pela sua vocação de conselheiros.

Não sei porquê, faz-me lembrar as mais de 1600 propostas de alteração ao orçamento de Estado que os partidos apresentaram ao orçamento do Estado de 2023. É para ninguém ler. É para os deputados votarem sem saber o que estão a fazer. É a democracia portuguesa… Felizmente a IL está a integrar-se bem nela. Daqui a uns tempos aparecerão os casos e casinhos…

Bem, vou começar a ler, não vá estar a chegar à convenção e ainda não ter percebido as diferenças das candidaturas. Felizmente a convenção é em Lisboa, para promover a descentralização. Há uns meses que já não ia lá. Eu estava demasiado centrado em Aveiro.