Para 7 em cada 10 jovens portugueses (69%), a saúde física e emocional é o mais importante nas suas vidas, mais do que o bem-estar económico (42%) ou o sucesso profissional (37%) e mais ainda do que o lazer (25%), revela um estudo Merck realizado junto de mais de seis mil jovens com idades entre os 18 e 35 anos de dez países europeus, um dos quais Portugal. Um trabalho que quis perceber o que querem do futuro, sobretudo porque serão eles os agentes desse futuro.

Seja qual for o motivo que os leva a privilegiar a saúde, os resultados deste estudo confirmam que esta preocupação das gerações mais jovens se manifesta a vários níveis. Mostram, por exemplo, que quando questionados sobre quais os problemas que resolveriam, se tivessem o poder para isso, a geração Z e os millennials em Portugal (53%) reconhecem o cancro como prioritário. Uma área que é, de resto, prioritária também para a Merck, apostada cada vez mais em procurar a inovação capaz de transformar a forma como o cancro é tratado.

E é por isso que estes dados nos fazem ter esperança: ao perceber que esta temática é uma preocupação das novas gerações, podemos esperar que venham também elas a ser inspiradas pela curiosidade e pela ciência para, num futuro não muito distante, encontrarem novas abordagens capazes de fazer uma diferença significativa para as pessoas que vivem com cancro.

Porque a verdade é que esta doença continua a ter um impacto muito significativo, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. E, apesar de todos os avanços e do progresso extraordinário alcançado nas últimas décadas ao nível da sobrevivência dos doentes, não deixa de ser um facto que muitos tipos de cancro continuam a ser fatais.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Costuma dizer-se que para grandes males têm mesmo de existir grandes remédios e a ciência e a tecnologia são uma ferramenta poderosa na sua descoberta. Já transformaram a forma como entendemos as doenças, oncológicas e não só, e prometem continuar a fazê-lo, sobretudo se depender dos jovens. Mais uma vez, é o estudo da Merck que confirma que tanto a geração Z como os millennials têm consciência da importância do desenvolvimento científico/tecnológico e da investigação médica (97%), uma percentagem que está 5 pontos percentuais acima da verificada no conjunto dos restantes países europeus.

Todos estes dados contribuem para uma reflexão maior sobre o futuro dos cuidados de saúde e dos tratamentos das doenças, onde estes jovens terão um papel preponderante, não só enquanto utentes, mas também como agentes de uma mudança que já começam a exigir.

Falamos de gerações, como a geração Z, a primeira geração a nascer num mundo completamente digital, onde a Internet, os dispositivos inteligentes e as aplicações são uma extensão de tudo o que fazem. Será, por isso, expectável, que a sua forma de ver a saúde e a prestação dos seus cuidados tenha como foco a digitalização, que tem sido uma constante nas suas vidas.

A tudo isto é preciso estar atento e é sobretudo preciso compreender, até porque os millennials começam agora a assumir funções de liderança e a integrar a próxima onda de jovens profissionais, da geração Z, reconhecendo que são diferentes e procurando dar resposta a essas diferenças.