Em 2050 Portugal será o país mais envelhecido na União Europeia, dizem-nos os números do Eurostat divulgados recentemente. Esta é uma realidade alarmante em conjunto com o número de cuidadores informais que tem vindo a aumentar de ano para ano e já atinge 8% da população portuguesa.

O Estudo Embracing Carers que colocou Portugal no mapa, diz-nos que 37% dos cuidadores informais afirma desempenhar este papel há mais de 10 anos e 92% afirma que seria útil se um amigo, vizinho ou membro da família lhes oferecesse apoio no seu papel de cuidador.

Em média um cuidador exerce o seu papel ao longo de 9 anos e apesar de, em julho deste ano, ter sido aprovado o estatuto do cuidador informal este é um trabalho que continua ainda a não ser totalmente quantificado. No estudo Embracing Carers, em Portugal, a maioria dos inquiridos revelou gastar em média 21 horas por semana no papel de cuidador informal, um dado alarmante que se traduz numa média de 3 horas diárias.

Na Merck acreditamos que ainda há um longo caminho a percorrer e que esta deve ser uma área de intervenção prioritária. Algumas recomendações do caminho a seguir passam por:

  • Apoiar o desenvolvimento de capacidades e a colaboração de organizações de cuidadores e entre associações de doentes para apoiar iniciativas de prestadores de cuidados
  • Aumentar a discussão a nível global e trazer para a agenda os problemas por resolver dos cuidadores e soluções práticas para os apoiar
  • Partilhar e promover políticas de melhores práticas entre países, organismos legislativos e decisores políticos
  • Avaliar as melhores práticas nos principais sistemas médicos

A iniciativa Embracing Carers não só reconhece a necessidade de chamar a atenção aos desafios que os cuidadores enfrentam todos os dias, como também procura fazer parte da solução. A importância de incluir Portugal neste estudo, feito a nível europeu, foi já um passo na procura de mais e melhores soluções para os  800 mil cuidadores informais que já existem.

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