As palavras deste título foram repetidas muitas vezes relativamente a atrocidades como as que aconteceram neste sábado passado em Israel. E no entanto as atrocidades continuam a repetir-se, de forma insistente mesmo.

As atrocidades repetem-se na Ucrânia, no Médio Oriente, em Xinjiang (China), na Coreia do Norte, em África, cometidas deliberadamente por regimes autoritários e grupos terroristas, que se definem prioritariamente pelo total desprezo pelas pessoas e pela sua dignidade.

Não se trata de efeitos colaterais da guerra: são crimes planeados e decididos em Moscovo, em Teerão ou Beijing, e executados com a frieza do pior dos criminosos.

O Ocidente tem de perder a ingenuidade. Desde a queda do muro de Berlin (já antes, mesmo) vivemos pensando que podemos acomodar os maiores patifes dentro da comunidade internacional, que eles no fundo são bons e que só querem negociar umas concessões às suas patifarias.

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Para não falar daqueles que têm a lata de dizer que eles só são uns patifes porque nós fomos maus com eles, e que no fundo nós é que somos os culpados.

Está na hora de perceber que esses regimes, esses grupos, querem simplesmente acabar connosco, com a civilização ocidental, com os valores que nos definem da liberdade e democracia.

O massacre de inocentes em Israel, incluindo famílias e bébés nas suas casas, são perfeitamente ilustrativos dos objectivos reais desta gente. Eles não são libertadores do seu povo, para o qual se estão a ralar, eles são destruidores das pessoas, da cultura e dos valores ocidentais.

A esquerda, aqui no Ocidente, apressou-se a congratular-se com o massacre de israelitas. Não tenhamos ilusões de que se os deixássemos, eles fariam o mesmo connosco. A mesma crueldade, o mesmo desrespeito pela dignidade de cada ser humano, impregna a ideologia da extrema esquerda. Caiu-lhes a máscara.

O Ocidente tem de perder a complacência com o mal. E isso significa reagir com firmeza inquebrantável, com todos os recursos que temos, para pôr em cheque os promotores das atrocidades e fazer justiça. Pela força, se for necessário.

A guerra na Ucrânia já teria acabado se o Ocidente (especialmente os EUA e a Alemanha) não arrastassem tanto os pés no fornecimento dos meios necessários para a vitória da Ucrânia. Esse atraso de meses está a causar a morte de milhares de ucranianos e de russos.

Este ataque em Israel foi tornado possível com o abrandamento das sanções ao Irão, que com isso conseguiu meios para financiar o terror no Médio Oriente.

Reagir com firmeza e unidade, mas sempre tendo presente que não somos como eles; os seus crimes não são o modelo do nosso actuar.

Não é pela vingança que agimos, mas pela justiça e para que os nossos filhos possam realmente dizer: nunca mais!