Those who have lost respect for their dead have ceased to be trustees of their inheritance” (Roger Scruton)

Por cada céu na Terra, existem mil e um infernos. E se à nossa querida e amada Nação foi concedido o privilégio de fazer nascer uma das mais brilhantes mentes da ecologia europeia, é também à desgraça da Pátria que assistimos ao aparecimento das menos brilhantes (e mais prepotentes) jovens mentes do idealismo ambiental.

Entenda-se que nós, jovens, possuímos uma tal sanguinolência de espírito que nos faz acreditar que, só por sermos jovens, adquirimos naturalmente o espírito da inovação ou do etimólogo brilhantismo.

A realidade não poderia ser mais contraditória que esta perceção míope e imatura, dividindo-nos em duas categorias. A primeira, dos esperneios esquizofrénicos que revoltam sem alternativa, sem pensamento e sem o apoio do cidadão-comum, cuja vida se prende entre o atraso e não-atraso ao trabalho, ou entre a chegada e não-chegada do transporte médico. A segunda, dos camaleões de velharias que acomodam e transportam o vírus da “superior moderação”, ambicionando, não a mudança ou a reforma do que está mal, mas a permanência sistémica dos defeitos dos “mais velhos”.

Ora, um dos problemas inerentes a esta visível realidade reside no facto de, por muito diferentes que estes dois grupos aparentem ser, ambos, não só vituperam a porção de jovens que não se rende a qualquer uma destas mediocridades, como entendem a finitude da capacidade do Homem como um presságio estático e estrutural. No caso do primeiro grupo, o escolhido felizardo para este meu desabafo, dá-se uma transformação na resolução da problemática geral: a da Catástrofe e da superior urgência a combater a Catástrofe (baseada num pressuposto totalmente ideológico).

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Esta previsão catastrófica do Mundo castra qualquer entendimento alternativo à narrativa dominante. Até porque, afinal, o marialvismo, o feminismo, o queerismo, o refugiadismo… estão todos interligados como forma interdependente e multipolar de todas as bandeiras da malvadez humana. Isto, para que a solução se resuma à total dependência ideológica da coisa: do radicalismo que não cessa a destruição, em nome da salvação humanitária.

Que iluminados são estes seres, que aprenderam tudo do nada e com o nada querem fazer tudo.

Quem, por outro lado, de tudo fez, com o quase todo que aprendeu, para que todos nós pudéssemos ter tudo o que é essencial para a nossa vivência, foi a assustadora figura do Homem branco, Centenário, Monárquico, Conservador e Católico. Aquele “monstro” que os seres subservientes à tosca modernidade nos avisaram que nos quer magoar.

Pois bem, magoado estou eu. De pensar naquilo que Ribeiro Telles sentiria se visse o que aconteceu na passada semana. De pensar no pouco que nós, jovens, escolhemos aprender dele.