O socialismo é frequentemente alvo de críticas, nomeadamente pela ideia de que tende a empobrecer a população e aumentar a dependência do Estado. Por esse motivo, é importante olhar para a social-democracia como uma alternativa mais equilibrada. O Estado deve desempenhar um papel fundamental na garantia de educação, saúde, justiça e segurança social, mas não deve sufocar o investimento privado nessas áreas.

A atual ideologia adotada pelo Partido Socialista tem impactado negativamente a economia e a sociedade. Sobretudo porque tem empobrecido a população, devido aos baixos salários, mas também devido aos recordes consecutivos na carga fiscal. Isso ocorre devido às políticas de redistribuição de rendimentos que, geralmente, têm o efeito colateral de desencorajar o investimento privado. Empresas e indivíduos podem sentir-se menos motivados a gerar riqueza, ou declará-la, quando sabem que uma parcela significativa dos seus ganhos será redistribuída para outros.

O socialismo tende a resultar numa perda das liberdades individuais. Isso ocorre porque, em muitos casos, o Estado exerce um alto grau de controlo sobre a economia e a vida das pessoas, o que pode ser percebido como uma ameaça à liberdade individual. Qual a razão que levou à maioria absoluta de António Costa? Uma dependência do Estado como subsidiário. A sensação de que sem a ajuda do Estado não se consegue fazer face às dificuldades financeiras da vida. No entanto, sabe-se que a interferência excessiva do Estado na economia pode levar a um declínio na inovação e na eficiência, o que, por sua vez, prejudica o bem-estar económico.

Perante este cenário, será possível olhar para a social-democracia como uma alternativa ao socialismo? A social-democracia também reconhece o papel importante do Estado em garantir serviços essenciais, como educação, saúde, justiça e segurança social. No entanto, não proíbe, nem desincentiva através de impostos o investimento privado em nenhuma dessas áreas. A abordagem social-democrata procura equilibrar os benefícios do Estado de bem-estar social com a liberdade económica e a inovação.

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A social-democracia é por essa Europa fora um sistema que alcança um equilíbrio entre a igualdade e a liberdade individual. O equilíbrio que se consegue, através de políticas direcionadas, entre a justiça social que apoia os menos privilegiados e o incentivo ao empreendedorismo são a marca original da social-democracia.

No histórico do Partido Socialista em Portugal temos o seu envolvimento em três bancarrotas ao longo de quase 50 anos de democracia. Essas crises financeiras tiveram impactos significativos na vida dos cidadãos, incluindo a implementação de medidas de austeridade e cortes nos serviços públicos. Sim, o período da troika é da responsabilidade do Partido Socialista, ainda que tenha sido o PSD a aplicar o memorando. As bancarrotas devem-se a alguns fatores que podem variar entre a falta de prudência fiscal até à ausência de estratégias de crescimento sustentável. Parece que continuamos a sofrer do mesmo mal.

Questiono-me por que continua o Partido Socialista a receber apoio nas eleições, apesar de seu histórico económico problemático. Para mim, uma possível explicação é a falta de alternativas políticas convincentes. Neste contexto, destaco a importância de o Partido Social Democrata, como o maior partido de oposição, comunicar o seu projeto político de forma clara e eficaz.

É crucial que o Partido Social Democrata não se limite a criticar o socialismo, mas também apresente uma visão clara para o país. Os eleitores precisam de propostas e soluções concretas, não apenas de retórica. Se o partido não o fizer, corre o risco de perder eleitores para os outros partidos, que têm capitalizado a insatisfação popular com a política tradicional.

É crucial que os partidos de oposição, em particular o Partido Social Democrata, apresentem projetos sólidos e detalhados para o país, caso desejem conquistar a confiança dos eleitores.

Com a antecipação das eleições legislativas devido à demissão de António Costa, só cumprindo com essa premissa é que o PSD pode aspirar ser o vencedor e assim não depender de partidos terceiros para governar.