A educação deveria ser o alicerce para o desenvolvimento, um pilar essencial para a evolução das nossas sociedades. É um direito básico de todos, mas hoje há muitas crianças ucranianas para quem a educação deixa de estar ao seu alcance. E é aqui que entra a tecnologia, que pode desempenhar um papel importante para mudar este cenário.
Num momento em que o fantasma da guerra voltou, assistimos a uma luta pela sobrevivência e à perda de direitos elementares e que deveriam ser de todos. É o caso da educação. A suspensão das aulas é logo um dos primeiros passos em período de guerra. Milhares de crianças são também obrigadas a fugir do seu país natal e, enquanto deslocadas de guerra, podem perder o acesso ao ensino.
As escolas podem ser alvo de bombardeamentos, enquanto outras servem de abrigo. Nos últimos anos, mais de 750 estabelecimentos foram destruídos pelo conflito, entre jardins da infância e escolas, segundo dados da UNICEF. E mesmo quando encontram novo país de abrigo, as famílias deparam-se com um novo obstáculo, a língua, como será, certamente, o caso de muitas crianças ucranianas, tendo em conta que se trata de uma língua que não é falada em muitos países.
Como a História nos tem mostrado, quando acontecem estes conflitos o desenvolvimento da aprendizagem fica limitado e as desigualdades sociais são acentuadas. Tudo isto é potenciado ainda mais após termos vivido uma pandemia. Por isso, devemos também parar um momento para repensar a educação e analisar de que forma é que podemos adaptá-la aos novos tempos, tirando partido dos recursos tecnológicos que hoje temos ao nosso dispor.
Hoje em dia, os recursos tecnológicos de que dispomos são muito variados. Permitem-nos simplificar processos de gestão, mapear necessidades de aprendizagem, otimizar a comunicação e conexão entre escolas e famílias ou complementar processos pedagógicos. O facto de existirem em diferentes idiomas assegura uma acessibilidade que vai além-fronteiras, conectando professores e estudantes por todo o mundo. Toda esta inovação tecnológica permite fortalecer a literacia digital, mas também – e tão importante em momentos como este – a inclusão educacional.
Porque ninguém pode ficar para trás. E neste novo contexto bélico, temos mais alternativas que impedem que tantas crianças percam a sua oportunidade de desenvolver o seu conhecimento. A educação é um direito básico, mas a sua aplicação não pode nem deve ficar parada no tempo. O ensino sempre mostrou ser a chave para o crescimento e inovação. Devemos continuar a lutar para que assim seja.