O combate ao insucesso escolar foi a grande bandeira do governo. Mas a definição deste conceito não é clara e os indicadores utilizados nem sempre são os apropriados.
O sucesso é muitas vezes medido pelo número de alunos retidos, mas esta é uma medida de desperdício orçamental e não de sucesso. Como repetir um ano pouco ou nada contribui para a melhoria das aprendizagens, a poupança por esta via é muito bem-vinda, mas não garante por si melhorias na aprendizagem. No biénio 2016-2018 reprovaram menos 25.000 alunos do que seria expetável se nada tivesse sido feito. Esta diminuição terá representado para o orçamento de estado uma poupança na ordem dos 125 milhões de Euros.
Portugal surge como um caso de sucesso no que se refere a educação e temos, pelo menos, dois grandes motivos de orgulho: (1) o percurso de crescimento sustentado da média dos resultados das provas internacionais (PISA, TIMMS), inesperado por parte de um país pobre; (2) os alunos de topo que estão muito bem preparados e são muito competitivos a nível internacional. Este último traz um desafio adicional, não para a escola, mas para os mercados de trabalho que têm de ganhar estofo para os empregar.
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