Durante 8 anos os professores “berraram” e os “berros” não chegaram aos céus.

De tanto berrarem, não se cansaram e viram as suas preces atendidas. Outros berram, agora, pela mesma razão inspirados pela luta dos professores e com razões idênticas.

Oito anos de uma política injustiça laboral, a juntar a quatro anos de Troika, causada pelo mesmo tipo de políticas têm, um términos iniciado este ano.

Os professores conseguiram justiça. Depois de uma campanha eleitoral em que todos se lembraram de piscar o olho aos professores, o actual Ministro da Educação conseguiu surpreender os sindicatos. Ninguém estava à espera de uma proposta de acordo que acudisse a quase todas as reivindicações de recuperação de tempo de serviço congelado como a que foi negociada e assinada por sete sindicatos.

Os sindicatos que não assinaram o acordo, ou nunca assinaram nenhum, ou assinaram apenas em “modo” de plataforma – em que todos os sindicatos de professores se uniram por uma causa –  vêm, agora, pedir e reivindicar o que nunca esteve em cima da mesa durante todos estes anos. Não é que seja de inteira justiça, mas quando não se quer concordar, até da cor das folhas de outono se discorda.

A verdade é que os professores estão satisfeitos com o acordo negociado pelos sindicatos da FNE e assinado por mais alguns sindicatos.

A recuperação do tempo de serviço congelado vai permitir que a maioria dos professores tenha a possibilidade de conseguir chegar ao topo de carreira. Até agora, toda uma geração estava impedida de conseguir chegar ao topo e consequentemente de se aposentar com uma reforma digna. O socialismo aplicado aos professores durante todo este ano não era originário do centro partidário.

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Outros vêm no mesmo caminho. Forças de segurança, oficiais de justiça, enfermeiros, médicos (são poucos como me disse um uma vez) e as Forças Armadas estão a preparar caminho.

A Função Pública é a bússola do sector particular, se uns não veem as suas condições de vida melhorada os outros lhe seguirão os passos.

Um país de baixos salários, nunca evolui na sua plena potencialidade, tanto a nível económico como a nível social fazendo com que a Democracia nunca seja alcançada na sua plenitude.