Decorrido o XXXI Congresso Nacional do CDS-PP que reafirmou Nuno Melo como o homem forte do Partido, há que efetuar um exercício de consciência acerca do papel atual do Partido, que culminou com o regresso do partido à Assembleia da República.
Depois do sucesso nas eleições através da AD, o percurso governativo em coligação torna-se num desafio demasiado oneroso para o CDS-PP 50 anos depois da revolução de abril de 74.
Para além da sua oposição a uma esquerda que está sempre a falar de liberdade, mas que não aceita a liberdade dos outros, assim como do radicalismo económico, onde o lucro e meritocracia são uma utopia, assim como da tradicional e sindicalista outra esquerda, o CDS-PP acaba por ser também uma oposição ao populismo do Chega e à sua irracionalidade na gestão dos dinheiros públicos, compromissos assumidos internacionalmente, e das liberdades mais elementares.
O CDS-PP foi claramente o partido que marcou a diferença na magra vitória da AD. Distribuídos estrategicamente os Ministros e Secretários de Estado, resta saber se o desempenho deste Governo liderado por Luís Montenegro será suficientemente forte para fazer valer o valor do PSD e fazer crescer o CDS-PP.
O Partido Socialista espreita perante uma onda de esquecimento de quem não teve vontade política para resolver os problemas do País e não o fez.
Neste Congresso foram várias as caras e personalidades eleitas em lugares de destaque e que deram uma imagem de mudança.
Neste momento urge governar e renovar internamente o Partido através dos seus quadros mais bem preparados e competentes no sentido de preparar o CDS-PP para o próximo desafio que são as Autárquicas de 2025.
Este é o grande desafio do CDS-PP perante o Futuro dos Portugueses e é na promoção da união interna que o Partido poderá ou não crescer e renovar-se.