Um país do costume, esquizofrénico claro está, parece que se espantou com as detenções do Joe, do Vieira do Benfica e do Rei dos Frangos, e mais com todas as imputações do MP. Como se não desconfiasse há que séculos.

Tutti buona gente, dizem na velha Itália dos mesmos figurões. Os donos disto tudo. Dos negócios fabulosos, dos milhares de milhões. Sem par.

Só para os que têm olho, só para os que sabem! Sempre a rolar, sempre a crédito. Sempre a custo perdido dos pacóvios. As operações sem propósito, nem sanidade. Projectos redondos, da malandrice mais cara. Sem garantia ou cenário de cobrança possível.

De fatos cinzentos brilhantes ordinários ou fatos de treino.  Sempre com o furo de petróleo do imobiliário e do futebol à mistura. Com aparências digitais, carros de cilindrada, praias selectas e muitas saídas e entradas pela gare VIP do aeroporto da Portela. Vidas coloridas, sonhadas e invejadas, em permanente projecção e mobilização pela rasquice das TVs e pelas vertiginosas redes socias. Um suposto ar jovem de um mundo velho da treta. É fácil, um super sucsexo.

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Toda a gente jura que não viu. Que não vê. Que não sabe.

O rei vai nu. E o regime também. O Chega, por exemplo, para isto não chega.

É melhor abrirmos os olhos antes que seja tarde demais.