“Nós hoje temos um nível de despesa social maior do que aquele que tínhamos quando a crise começou. Despendemos mais dinheiro do Estado e dos contribuintes do que no princípio na crise”, disse Passos Coelho durante um discurso no Lar Residencial da Associação de Solidariedade Social de Souselo, em Cinfães. Considerou também que é preciso cumprir certos limites porque senão aqueles que precisam deixarão de ter.
Na opinião do primeiro-ministro, se hoje se gasta mais nesta fatura e “aqueles que têm mais rendimentos, contribuem mais do que antes para este sistema”, é preciso “cumprir certos limites porque senão aqueles que precisam deixarão de ter”. “Às vezes as pessoas não têm noção disso e muitas vezes a forma como nós nos relacionamos com a comunicação social e como ela divulga as notícias, não deixa espaço para este esclarecimento. Transformamos as nossas intervenções numa série de ‘slogans’. Debitamos imensos ‘slogans’ na esperança de que eles caibam naqueles 10 ou 15 segundos que são transmitidos”, justificou.
Pedro Passos Coelho defendeu ainda que “os governos não podem dar mais do que aquilo que têm”. “Quando dão mais do que aquilo que têm, ficam a dever e nós não queremos voltar a esse tempo em que acrescentamos só responsabilidades que depois não conseguimos satisfazer”, garantiu. Passos Coelho dedica o dia de hoje aos concelhos de Cinfães e de Arouca.