O príncipe Al-Waleed bin Talal, neto de Ibn Saud, fundador da Arábia Saudita, vai manter a sua participação no grupo Euro Disney e assim ajudar a salvar a Disneyland Paris. Esta pode assim ser uma das saídas possíveis para resgatar o parque de diversões que anunciou na semana passada dever mais de mil milhões de euros.
Este saudita, que é conhecido por ter processado a Forbes depois de esta ter avaliado a sua riqueza por baixo, detém uma fortuna de cerca de 25 mil milhões de euros e ao contrário da sua família que tem no petróleo a sua fonte de riqueza, investiu em empresas como a Apple, Citi Group, detendo ainda os hóteis George V em Paris, o New York Plaza e o Savoy de Londres.
Al-Waleed bin Talal diz que esteve recentemente no recinto, após a construção da nova atração Ratatouille, e que o parque continua a ser “um destino de primeira classe”. “Operacionalmente não há nenhum problema. Eu fui aos hotéis, estive no parque. Passei por tudo, meticulosamente. E um destino de primeira classe”, disse o saudita ao Daily Mail. Atualmente, Talal é o segundo maior acionista do parque com uma participação de 10%, enquanto a Disney detém quase 40%.
“Há dois anos tínhamos 16 milhões de visitantes na Euro Disney, com metade a vir de França. Atualmente caiu para os 14 milhões e a grande perda vem da parte dos franceses. Mas já estamos a ver os números a melhorar neste trimestre”, disse o príncipe ao Daily Mail
A Disneyland Paris abriu em 1992 e apenas conseguiu ter lucro em oito anos desde a sua inaruguração. No ano passado perdeu mais de 78 milhões de euros. A Disney vai transformar 600 milhões de euros de dívida do parque temático em participações e fracionar o pagamento de dívida até 2024. A Disneyland Paris tem quase tantos visitantes anualmente como a Torre Eiffel e o Museu do Louvre em conjunto.