Nas operações da operação Labirinto, que investigou a atribuição de luvas a vários altos elementos do Estado, os inspetores da PJ encontraram o atual diretor do SIS, Horácio Pinto, a com outros dois elementos entrando no gabinete de um dos principais suspeitos com uma mala. O suspeito era o presidente do Instituto dos Registos e Notariado, António Figueiredo, o seu gabinete era no Campus da Justiça e, segundo explica uma fonte ligada ao processo ao jornal Expresso, o diretor do SIS foi ajudá-lo a verificar se estava sob escuta ou com o computador monitorizado. A pedido do próprio.

António Figueiredo foi entretanto preso e já estava sob vigilância das autoridades. Em março, segundo lembra o semanário, já tinham saído notícias dando conta de que poderia estar sob investigação.

A despistagem de escutas telefónicas não é autorizada ao SIS, menos ainda a pedido. De resto, a possibilidade de o SIS poder vir a fazer escutas tem sido longamente debatida, com vários responsáveis e ex-responsáveis do serviços de informações a defendê-lo abertamente. Os vários governos nunca fizeram qualquer alteração legislativa nesse sentido.

Quanto a Horácio Pinto, o DN dizia em outubro que está de saída do cargo, ao fim de nove anos no cargo. É um defensor da fusão dos serviços de informações.

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