João Proença admitiu a vontade de suceder a José Silva Peneda na presidência do Conselho Económico e Social (CES). Em entrevista ao Dinheiro Vivo e à TSF, o ex-líder da UGT comentou a oposição da CGTP a essa hipótese como “um bocado absurda”.
“Sim, tenho disponibilidade. É um cargo para o qual me sinto motivado”, disse, lembrando que “compete aos partidos políticos escolher”. O Presidente do CES é um dos órgãos do Conselho e é eleito pela Assembleia da República, por maioria de dois terços dos deputados. Depois de José Silva Peneda se ter demitido para se tornar adjunto do presidente da Comissão Europeia, o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, sugeriu ao líder socialista António Costa que o PS defenda João Proença para o cargo.
João Proença é dirigente do PS e apoiou a candidatura de António José Seguro para a liderança do PS. Se for escolhido por António Costa e pelos restantes partidos, promete “um forte empenhamento no reforço do diálogo social”, antes de lembrar a experiência que acumulou ao longo da carreira e que pode ajudar ao mandato como presidente.
A CGTP já se mostrou contra a ida de João Proença para a presidência, lembrando que o ex-presidente da UGT assinou acordos que prejudicaram os trabalhadores. João Proença não se mostrou preocupado com a crítica. “É um bocado absurda, mas também não me preocupa. Nunca os parceiros sociais foram consultados sobre o presidente do CES”, disse.