O ministro da Agricultura irlandês, Simon Coveney, diz que a Irlanda e os outros países europeus devem “encontrar formas de ajudar a Grécia“, o que poderá passar por uma revisão do calendário de reembolsos da dívida. Mas deixa o alerta: “Iremos insistir que um novo ou um melhor acordo [para a Grécia] se aplique, também, à Irlanda”.

Em entrevista à RTE Radio One, citada pelo Irish Times, Simon Coveney salientou esta segunda-feira que há formas de aliviar drasticamente o fardo da dívida pública e que a Irlanda, tal como Portugal, já beneficiaram de extensões de maturidades. Um expediente que, apesar de não implicar um corte no valor nominal, representa, de facto, uma melhoria das condições de pagamento e um alívio do peso real da dívida.

“O que encorajaríamos a Grécia a fazer é exatamente o que a Irlanda já fez, que é reestruturar e alterar a forma como a dívida é reembolsada, com o objetivo de reduzir o fardo da dívida”, afirma Simon Coveney, ministro das Agricultura da Irlanda.

A Irlanda e os outros países europeus vão tentar “encontrar formas de ajudar a Grécia a fazer isso”, diz Coveney. “Mas temos de certificar-nos de que as mesmas regras que se aplicarem à Grécia se aplicam a todos“, sublinha o responsável.

Esta será a posição defendida pelo Governo irlandês na reunião dos ministros das Finanças esta quarta-feira, em que a crise na Grécia será o principal tema em discussão. O ministro das Finanças da Irlanda, Michael Noonan, disse no final de janeiro, após as eleições na Grécia: “Não tenho dúvidas de que existe boa vontade em relação ao povo grego e pode haver disponibilidade entre os colegas [do Eurogrupo] para se ser prestável”.

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