É a terceira vez que António Costa se dirige aos militantes do partido através de um SMS. A primeira aconteceu quando José Sócrates foi detido, em novembro último. Seguiu-se uma segunda para desejar feliz Ano Novo e, esta quinta-feira à tarde, uma terceira para justificar o discurso que fez perante a comunidade chinesa, a 19 de fevereiro, e que foi divulgada esta quarta-feira.
Ainda a polémica sobre o assumir que Portugal está hoje melhor do que em 2011. Usando as mesmas palavras que proferiu durante a tarde numa conferência de imprensa na sede do PS, sobre o novo jornal oficial do partido, frisou aos militantes que fazer oposição não o impede de “defender o país”.
“Fico perplexo que pensem que a oposição ao governo me impede de defender o país. E que ao dirigir-me a investidores estrangeiros, no exercício de funções institucionais, em vez de valorizar os fatores positivos de Portugal, me centre no aumento da pobreza, do desemprego, da emigração, da estagnação económica, dos cortes de salários e pensões. Para destruir a confiança já basta o governo. Não confundo oposição com bota abaixismo”, escreve.
A longa mensagem, assinada “António Costa”, prossegue: “Todos sabem bem o que penso do estado do país e da urgência de mudar de políticas e de Governo. Por mais que digam, não alteram a dura realidade, que a Comissão Europeia confirma: Portugal mantém desequilíbrios excessivos, que determinam vigilância reforçada; cortes nos apoios sociais afetaram mais os mais pobres; e foi o país que sofreu maior aumento da pobreza (mais 210.000 pessoas). A essa realidade respondemos com a nossa alternativa”.